O relatório da Polícia Federal no âmbito do Operação Última Milha destaca que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu-se com o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ)então chefe da Abin, e general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional – GSI) para encontrar uma forma de auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso de “rachaduras”. A PF tem em seu poder um áudio de 1 hora e 8 minutos da reunião ocorrida em agosto de 2020, que foi gravado por Ramagem, segundo investigadores.
Segundo o texto, as operações clandestinas da Abin tinham como objetivo encontrar “relações podres e políticas” entre os auditores da Receita Federal que elaboraram os relatórios que deram início às investigações fiscais contra o filho de Bolsonaro. Teria sido sugerido, segundo a PF, a abertura de processos administrativos contra o Fisco que investigou as irregularidades do senador, bem como o cancelamento das investigações contra ele. Um advogado de Flávio Bolsonaro também participou da reunião, segundo investigadores.
“Neste áudio é possível identificar a atuação do delegado Alexandre Ramagem, indicando, resumidamente, que seria necessária a instauração de procedimentos administrativos contra os auditores da receita com o objetivo de anular a investigação, bem como afastar os auditores do seus respectivos posicionamentos”, aponta o relatório da PF. A transcrição da conversa não consta do relatório divulgado nesta quinta-feira.
As ações se concretizaram, segundo os investigadores, no que a PF entende serem provas que corroboram a atuação da estrutura paralela no interesse político.
Hoje (11), a PF lançou a quarta fase da Operação Last Mile. A ação mirou nomes que trabalharam com Alexandre Ramagem na cúpula do órgão e ligados ao chamado “gabinete do ódio”. O deputado foi alvo direto de uma ação da PF referente a esse caso em janeiro deste ano. Atualmente é pré-candidato do PL à candidatura à prefeitura do Rio.
O que diz Flávio Bolsonaro
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Flávio Bolsonaro afirmou que “o grupo especial de Lula na Polícia Federal volta a atacar”. Ele alegou que estava apenas tentando obter acesso, supostamente por meios legais, aos auditores da Receita Federal que acessaram seus dados.
“Quando fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente meus dados confidenciais na Refeita Federal, eles conseguiram transformar isso em usar a Abin para me ajudar de alguma forma. A própria imprensa da época noticiou: ‘Receita acessou indevidamente dados fiscais de Flávio Bolsonaro , aponta o TCU’ obviamente fui vítima de um crime cometido por pessoas da Receita Federal”, alegou Flávio.
O senador disse ainda que, na época, solicitou acesso a quem teve acesso aos seus dados, mas o pedido foi rejeitado por se tratar de informação confidencial. Afirmou ainda que não recebeu respostas aos pedidos feitos ao Judiciário para tentar reverter a decisão.
“Parece que houve uma força-tarefa criminal dentro do IRS contra mim. Tudo isso não tem absolutamente nada a ver com a minha defesa legal na época, que dizia respeito a questões processuais, nada de mérito. processo acabou. Então, nada a ver com nada da Abin, não posso exercer meus direitos como vítima de criminosos dentro da Receita Federal que estão usando isso contra mim, vou aceitar”, declarou o parlamentar.
OPERAÇÃO DE ÚLTIMA MILHA: ABIN PARALLEL
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