O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, disse estar disposta a “abrir mão de algumas coisas”, referindo-se a certos subsídios dados a segmentos da setor elétrico e ideias antigas sobre benefícios proporcionados ao segmento. As afirmações foram feitas durante o seminário ‘Justiça tarifária e liberdade do consumidor’, promovido pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), nesta sexta-feira (12).
Actualmente, os subsídios têm um peso cada vez maior na conta de eletricidade. Somente em 2023, os custos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) – fundo financiado pelos consumidores para cobrir políticas públicas – totalizou R$ 40,3 bilhõessegundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Uma enguia), e representou 13,21% da tarifa.
“Erramos ao permitir a implementação destas ‘pseudopolíticas’. A sociedade tem dificuldade em abrir mão dos “direitos” que pensa ter adquirido. Vamos ter que abrir mão de algumas coisas (…), e estou bastante disposta”, acrescentou.
O setor eólico tem sido amplamente beneficiado pelo Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), programa criado em 2002 com o objetivo de aumentar Sistema Interligado Nacional (SIN) a participação de energia renovável. Porém, o setor vive uma crise em sua cadeia de fornecimento devido a um longo período sem contratos.
Por outro lado, Gannoum considera legítimo que os setores busquem mecanismos de incentivo fiscal, criação de marcos regulatórios que proporcionem segurança aos investidores, como a criação de um quadro jurídico para parques eólicos offshore.
A fala de Gannoum converge com a posição do presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (abraçar)Marisete Pereira, que avalia que o fontes eólica e solar eles são competitivos e, portanto, não precisam mais dos benefícios concedidos. Segundo ela, seria importante alocar melhor custos e riscos e a participação dos consumidores nas decisões do setor, além de estimular a demanda por energia, já que o Brasil vive um excedente de energia que inviabiliza a criação de novos empreendimentos.
O governo também planeja melhorar o setor e reduzir as contas de energia elétrica dos consumidores. Porém, recentemente, a Medida Provisória (MP) nº 1.212/2024, que prorrogou por mais 36 meses o prazo para os empreendimentos iniciarem operações e garantirem desconto na tarifa de transmissão e distribuição (Tust e Tusd, na sigla do setor) provocou uma corrida por subsídios com quase 2 mil pedidos de habilitação à Aneel.
O presidente de Absoluto, associação que representa as empresas de energia solar, afirma que não há garantias de que os setores honrarão os “pactos” firmados, como isso já ocorreu no passado. Ele abre divergência ao entender que o setor fotovoltaico foi o último a receber benefícios e não pode ser o primeiro a ter os subsídios retirados. Porém, a fonte solar já está madura, ocupando a segunda posição no matriz elétrica e é o que mais cresce no Brasil.
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