O ArcelorMittal Pecémunidade de Grupo ArcelorMittal no segmento de aços planos no litoral cearense, busca alternativas para a utilização do carvão siderúrgico em suas operações de produção de aço, a fim de reduzir as emissões da empresa.
Durante o Fiec Summit 2024, evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará, o presidente da empresa, Erick Torres, destacou que o setor siderúrgico está comprometido em neutralizar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 e vem buscando combustíveis alternativos menos poluentes e melhorias de processos para reduzir sua pegada de carbono na atmosfera.
Atualmente, a empresa utiliza cerca de 1,5 milhão de toneladas de carvão importado dos EUA e da Austrália para produzir 3 milhões de toneladas de aço. Torres destaca que a transição energética para combustíveis menos poluentes já está em andamento, com adaptações do alto-forno para utilização do gás natural, embora o alto custo dessa fonte de energia ainda seja um desafio. “O custo da molécula é duas ou três vezes mais caro que outros mercados próximos de nós”, explica.
Por outro lado, o terminal de gás natural liquefeito (GNL) do Porto do Pecém foi desativado no final do ano passado. Isso poderia fazer com que a demanda cearense por gás natural ficasse restrita ao que pode chegar ao estado por meio de gasodutos. Tais fatores dificultam o processo de abertura do mercado de gás devido à dificuldade de abastecimento de grandes consumidores.
“O [consumo do] o alto-forno a gás natural é quase igual ao consumo de toda Fortaleza, estamos falando de 500 mil metros cúbicos por dia. Com um custo viável, o projeto, que já está em andamento, em breve estará em condições de consumo”, explica.
Com a sanção da Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono, Lei 14.948, de 2024, que regulamenta a produção de hidrogênio considerado de baixa emissão de carbono, o hidrogênio é visto no horizonte como um combustível importante na transição e o Estado do Ceará é visto apontado como o principal pólo de combustíveis para atender o mercado externo e, em segundo lugar, grandes consumidores, como a Arcelormittal.
Porém, a empresa não tomou uma decisão sobre isso, já que, segundo o executivo, “é preciso amadurecer os processos industriais na siderurgia”. No curto prazo, ele vê as melhorias de processos baseadas na eficiência energética como passos importantes em direção ao Net Zero.
“No último ano de 2022 e 2023, reduzimos em 4,5% as emissões de CO2 apenas com a melhoria da nossa planta de Pecém, apenas com a melhoria de desempenho e melhor uso de combustível”, afirma.
Nos próximos cinco anos, a empresa quer aumentar esse percentual ampliando a sucata e aumentando o uso de gás natural e biomassa. Para a diretora executiva do instituto E+ Transição Energética, Rosana Santos, não faz sentido que as indústrias intensivas em energia e emissões adiem a descarbonização da produção para além de 2050.
Segundo Santos, a vocação do Brasil para as energias renováveis permite que essas empresas sejam mais ambiciosas em seus objetivos. Ela destaca, no entanto, a importância de criar uma demanda por aço de baixa emissão, o que estimularia o desenvolvimento desse mercado e tornaria economicamente viável acelerar os investimentos em descarbonização.
*O repórter viajou a convite da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec)
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