Willis Carrier precisava controlar a umidade do local, um espaço projetado para acomodar 60 impressoras, para que o papel utilizado pela empresa não sofresse mais variações Ar condicionado iStock / Getty Images Em 1902, o engenheiro Willis Carrier, de 25 anos, precisou resolver um problema de produção no segundo andar de uma gráfica no Brooklyn, Nova York. Ele foi encarregado de controlar a umidade do local, espaço projetado para acomodar 60 impressoras, para que o papel utilizado pela empresa não variasse mais. A umidade no local desalinhava as cores da impressão e fazia com que as bordas ficassem onduladas, o que atrapalhava o funcionamento das máquinas e retardava a secagem da tinta. Foi para acabar com este problema que surgiu o primeiro sistema moderno de ar condicionado. Mas entre sua instalação na gráfica Sacket & Wilhelms, em NY, e sua chegada às fábricas, áreas de lazer e residências, ainda havia um longo caminho a percorrer. Willis Carrier Reprodução/Site Carrier Segundo Ricardo Yogui, especialista em inovação e tecnologia da ESPM, a invenção da Carrier demorou a chegar às casas porque a aplicação inicial do produto era para atender desafios de fabricação. Anos depois, viu-se o potencial para residências. “Esse processo ganhou aplicação nos cinemas na década de 1920, começou a ter maior espaço nas empresas na década de 1940 e somente em 1950 se popularizou nas residências. Demorou quase 50 anos para que esse conceito de ar condicionado fosse mais comum como o vemos hoje”, afirma. Por que é chamado de ar condicionado e o que ele faz? Um ar condicionado fornece ar fresco e seco para um espaço interno, removendo calor e umidade e transferindo-os para fora. Segundo a Carrier, empresa fundada por Willis, em 1906, o engenheiro industrial Stuart W. Cramer discursou em uma reunião que cunhou o termo “ar condicionado”. Pouco tempo depois, Carrier e seus engenheiros começaram a usar o termo, que foi adotado universalmente. O que é a chuva negra, fenômeno produzido pela fumaça das queimadas no Rio Grande do Sul Kakebo: o antigo método japonês para controlar despesas e economizar dinheiro Como os gorilas automedicados podem nos ensinar sobre novos medicamentos O ar condicionado é uma invenção de um pai solteiro? Em 1904, Carrier solicitou a patente de sua invenção, denominada “aparelho para tratamento de ar”, que foi emitida dois anos depois. Mas antes dele, além das tentativas rudimentares de resfriar o ar mesmo em civilizações antigas, outras também podem ter contribuído para essa criação. Segundo o site da NPR, um cientista chamado William Cullen, por exemplo, é responsável pela demonstração da primeira refrigeração artificial em 1748, na Universidade de Glasgow, na Escócia. O médico John Gorrie, que se mudou para a Flórida para estudar doenças tropicais, começou a usar gelo para resfriar os quartos dos pacientes em 1850 e mais tarde desenvolveu o que muitos chamam de base para a geladeira e o ar condicionado. moderno. Depois de seu trabalho inovador com pacientes com febre amarela, Gorrie obteve a patente da geladeira, não do ar condicionado. Ele buscou apoio financeiro para sua invenção, mas não avançou devido a problemas com os fabricantes de gelo, que não quiseram lhe fornecer o produto. Segundo o The New Yorker, quase 40 anos depois, em Nova York, Alfred R. Wolff projetou um sistema de ventilação para o Carnegie Hall, que usava blocos de gelo e ventiladores movidos a vapor para resfriar os espectadores. Basicamente, o ar dos ventiladores passava sobre o gelo, resfriando o ambiente. Dez anos depois, ele projetou um sistema para a sala de dissecação do Cornell Medical College que antecipou mais diretamente a invenção que viria a ser conhecida como o início do ar condicionado moderno. Texto inicial do plugin Como o ar condicionado mudou a maneira como vivemos? O ar condicionado trouxe uma mudança global ao proporcionar conforto térmico em diversos ambientes, como residências, fábricas, restaurantes, shoppings, escritórios e automóveis. Sem ar condicionado, a produtividade global cairia 40%, as pinturas de Michelangelo na Capela Sistina deteriorar-se-iam, livros e manuscritos raros desmoronariam, a mineração profunda de ouro, prata e outros metais seria impossível, o maior telescópio do mundo não funcionaria e , no Vale do Silício, a indústria de computadores entraria em colapso, lista a revista Time. Mas, para Yogui, o ar condicionado enfrenta desafios e questões que estão em linha com a agenda ESG (Ambiental, Social e Governança). “A eficiência energética é um ponto extremamente desafiador. Se olharmos, principalmente no verão, a conta de luz, grande parte do custo, vem do ar condicionado. Então, a busca pela eficiência energética é um ponto importante”, afirmou. Para ele, a qualidade do ar também é outra questão. “Vivemos agora um momento de desafio climático no Brasil, com secas, incêndios, regiões sem chuvas há muito tempo. Ele [ar-condicionado] será um instrumento para melhorar de alguma forma o ar que respiramos”, acrescentou. Mais lido
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