Apagão cibernético global reúne razões para Anac avaliar revisão de normas na aviação, diz especialista | Brasil

“Hoje, o impacto que teve no Brasil foi muito pequeno comparado ao da Europa. Então, talvez isso mostre a robustez dos nossos serviços”, disse o especialista.

Para o ValorBertolino explicou que os principais órgãos responsáveis ​​pela aviação civil no Brasil, citando a própria Anac e o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea)manter iniciativas para cuidar do cibersegurança na aviação e “eles trabalham dia após dia nesta questão”. Segundo ele, grande parte desse esforço gira em torno do painel de discussão técnica do Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci).

“Um exemplo é que o Decea, que opera o controle de tráfego aéreo, faz grandes investimentos nessa área para garantir a integridade dos dados”, disse o consultor, lembrando que a interrupção do serviço não teve relação com ataque hacker, mas sim à atualização do sistema operacional do computador que interferiu no software que protegia os serviços aéreos. “A Anac, por sua vez, faz a mesma coisa e, logicamente, as companhias aéreas e os aeroportos também”, acrescentou.

Segundo Bertolino, a proteção do sistema envolve a utilização de um programa de segurança, que “Firewall”, e redes que operam com redundância para aumentar a confiabilidade. “Existem vários níveis de segurança e backups exatamente para evitar a degradação do serviço. Mas, mesmo que haja degradação, existem procedimentos específicos e treinados para enfrentar essa degradação”, afirmou.

Ele, que até recentemente trabalhou no Conselho Internacional de Aeroportos (ACI World), destaca que, a cada falha inesperada, o setor busca melhorar os procedimentos.