Anglo American inicia venda de ativos de níquel no Brasil | Empresas

A Anglo American informou que já contratou assessores financeiros para a venda e identificou potenciais interessados, “mas ainda não há negociações em estágio avançado”, disse Sanches.

A empresa venderá as operações de níquel em Goiás, que têm capacidade de produção de 38 mil toneladas de níquel por ano. Sanches disse que a Anglo American possui outras áreas de exploração de níquel que podem ou não entrar em processo de venda.

Por enquanto, a empresa continua operando normalmente em Goiás. Sanches disse que os funcionários serão comunicados em tempo hábil sobre a venda da operação, à medida que as negociações avançam. A expectativa da empresa é chegar a um acordo de vendas até 2026.

Em relação às operações de minério de ferro, a Anglo American informou que aguarda aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Mineração (ANM) em relação ao acordo com a Vale sobre a operação do complexo Minas-Rio para aumentar capacidade de produção de 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano para 50 milhões de toneladas por ano.

Em fevereiro, Vale e Anglo American anunciaram um acordo, no qual a Vale paga US$ 157,5 milhões e fica com 15% do Minas-Rio. A Vale também transferirá a Mina Serra da Serpentina para Minas-Rio. Essa mina é vizinha à mina Serra do Sapo, que faz parte do complexo Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG).

“O acordo com a Vale nos dará acesso a minério de ferro de alta qualidade por muitos anos. Olhando para frente, vejo um futuro muito positivo”, afirmou Sanches.

No ano passado, o sistema Minas-Rio atingiu a produção de 24,2 milhões de toneladas, um aumento de 12% em relação a 2022. Para 2024, a previsão da Anglo American é produzir entre 23 milhões e 25 milhões de toneladas.

Sanches disse que aguarda aprovação do Cade para iniciar estudos de viabilidade de aumento da capacidade de produção. A empresa também avalia opções logísticas para escoamento dessa produção.

Relativamente ao mercado de minério de ferro, Sanches disse esperar um mercado lento até ao próximo ano, devido ao atraso da China em reanimar a procura no sector imobiliário.