As ações da Americanas (AMER3) fecharam em forte queda nesta quinta e ainda subiram para leilão, recurso acionado na B3 quando há volatilidade excessiva ou falta de liquidez. No fechamento, as ações caíram 57,6%, a R$ 0,14, liderando as quedas na B3.
Segundo analistas, dois fatores levaram à queda acentuada. Em fato relevante na noite desta quarta-feira, a empresa informou que não divulgará mais suas projeções de resultados (“guidance”). “Tal decisão foi tomada com o objetivo de permitir à companhia reavaliar a expectativa de desempenho futuro em função da divulgação, na data de hoje, dos seus resultados do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023 e dos trimestres encerrados em 31 de março de 2024 e 30 de junho. , 2024″, afirma a empresa.
“Sem orientação, os investidores ficam ainda mais no escuro, o que compromete o processo de recuperação da confiança diante do histórico de fraudes”, comenta um deles, que pediu para não ser identificado. “Então, o mercado está exigindo mais prêmio de risco”, acrescentou.
Além da situação específica de Americanas, o setor varejista vem enfrentando dificuldades para aumentar as margens, sofrendo pressões inflacionárias e de juros. “Numa análise relativa, o mercado acionário tem alternativas melhores no setor, menos arriscadas, mais seguras e mais claras para investir”, acrescenta.
Além disso, com o fim do “lock-up” de R$ 18,8 bilhões em ações nas mãos dos credores que concordaram em trocar a dívida que tinham de receber por essas ações, houve um grande aumento de ações em circulação. O “lock-up” é uma cláusula contratual que estipula um prazo dentro do qual o investidor não pode vender ações de uma empresa, sob pena de multa.
A expectativa era que esses credores despejassem suas ações no mercado, pois se tornassem acionistas à força e, dessa forma, pudessem recuperar parte do que perderam por dívidas não pagas.
Contribuindo também para a desvalorização está um forte movimento de aposta na queda das ações, com grande procura por aluguel de ações que começou em julho e aumentou o preço em até 129%, mas a partir do dia 5 a pressão dos “shorts” , ou seja, de quem apostou na queda, ela foi mais forte.
A operação de aluguel ocorre quando o investidor acredita que o preço de uma ação vai cair, mas não possui a ação. Então ele aluga e paga uma taxa por isso. No final do contrato ele deverá devolver as ações ao proprietário original. Como ele espera que o preço caia, o lucro vem quando ele compra o papel mais barato do que vendeu, para devolvê-lo.
No caso da Americanas, o volume financeiro dos contratos de aluguel de ações passou de R$ 80 milhões em junho para R$ 161 milhões em julho e, de agosto até o dia 12, para R$ 164,8 milhões, segundo levantamento feito por Einar Rivero, fundador sócio da Elos Ayta Consultoria, a pedido do Valor. Cerca de 4% das ações da Americanas em circulação no mercado estão envolvidas nessas operações, o que é relevante dado o baixo volume negociado das ações.
A taxa da operação passou de uma média em torno de 30% ao ano em 2024 até maio, para 84% em junho, 240,73% em julho e 419% em agosto (até o dia 12). Com isso, o volume médio diário negociado passou de R$ 7,3 milhões em maio e R$ 7,4 milhões em junho para R$ 28 milhões em julho. De agosto até o dia 12, a média é de R$ 20 milhões.
No dia 26 de agosto, as ações da empresa serão agrupadas na proporção de 100 para 1, o que aumentaria o preço das ações para R$ 11, se considerado o preço atual das ações.
Na noite de quarta-feira, a varejista reportou prejuízo de R$ 2,27 bilhões em 2023, ante resultado negativo de R$ 13,2 bilhões no ano anterior. No segundo trimestre, o prejuízo atingiu R$ 1,86 bilhão, 48,1% maior em relação ao mesmo período de 2023.
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