Ex-diretores da Americanas, acusados de ações fraudulentas, “empurraram” despesas de um trimestre para outro, desrespeitando critérios contábeis, com o objetivo de reduzir despesas em determinado período, e com isso melhorar os resultados da empresa.
Os executivos também impulsionaram o chamado GMV, que envolve a venda integral da empresa e dos parceiros do “marketplace”, para mostrar ao mercado um cenário mais positivo para a empresa, aumentar o valor da rede na bolsa e obter melhores resultados anuais. bônus.
As informações constam de investigação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, e estão descritas em pedido de busca e apreensão de documentos dos investigados, enviado à Justiça.
Num determinado trimestre em que determinadas despesas operacionais foram superiores, a empresa “guardou” esses valores e não os registou no período correto, mas “jogou-os” para o trimestre seguinte, para evitar que os números pesassem mais na balança folha.
Além disso, a empresa registrou despesas em regime de caixa e não em fatura.
Pelo regime de competência, as receitas ou despesas são registradas no balanço patrimonial na data em que ocorrem. No caso em que o critério é o dinheiro, o dinheiro é registado na data do pagamento ou recebimento.
Segundo os denunciantes que prestaram informações às autoridades, em acordo de delação premiada, esse dispositivo supostamente fraudulento foi implementado por meio do bloqueio do sistema de pagamentos da empresa.
Isso impedia que os gestores das áreas registrassem as faturas a pagar, impedindo que elas fossem registradas no período correto, o que poderia piorar o resultado de determinado período.
A outra forma foi “empurrar” despesas, diz o MPF à Justiça, no pedido de busca e apreensão de documentos de investigados, tornado público ontem.
As despesas de determinado período eram contabilizadas para o mês ou trimestre seguinte, para melhorar os resultados, e isso ocorria quando se constatava que era necessário melhorar determinado desempenho em determinado período.
Ainda havia uma terceira forma de alterar os números, contabilizando as despesas como investimentos. Existem normas contábeis que norteiam os critérios de classificação e que devem ser seguidas pelas empresas.
A questão é que a empresa considerou um investimento uma despesa e isso melhorou o resultado do balanço, segundo declarações de ex-executivos do grupo.
Na operação de Lojas Americanas, os gastos com frete, pessoal, “cashback” aos clientes, gastos com lojas e tecnologia, principalmente, foram contabilizados como investimentos, e não como despesas, como deveria ser feito, segundo critérios contábeis.
Na antiga B2W Digital (hoje operação integrada com a Americanas) os ex-diretores Anna Saicali, Timotheo Barros, Marcio Cruz e Carlos Padilha deveriam participar desse procedimento, segundo o MPF à Justiça.
Nas Lojas Americanas, os participantes seriam o ex-presidente Miguel Gutierrez, e os ex-diretores Timotheo Barros e Carlos Padilha e Márcio Cruz.
Outra medida tomada envolveu aumentar ainda mais o faturamento bruto total da empresa, conhecida no mercado pela sigla em inglês “GMV”.
Segundo o denunciante Marcelo Nunes, ex-diretor da empresa, isso ocorreu na empresa B2W, braço digital do grupo, e ele e Márcio Cruz, CEO do braço digital, foram tratados, e quem seria o responsável por validar o “fator multiplicativo ”para aumentar o GMV, diz o MPF.
Os denunciantes relataram que essas supostas fraudes tinham como objetivo apresentar uma imagem econômico-financeira mais saudável da empresa.
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