A valorização da moeda americana também pesou sobre outras commodities agrícolas negociadas na bolsa. A valorização do dólar acentuou o movimento de queda dos preços futuros do café na Bolsa de Nova York nesta quarta-feira (24/7). Os contratos do Arábica para setembro encerraram a sessão cotados a US$ 2,3115 por libra-peso, ou 3,32% menos que na véspera. Leia mais Preço do café Robusta bate recorde em julho no mercado interno Safra de café no Brasil deve crescer 6,8%, diz Conab “A alta do dólar, que atingiu máxima de R$ 5,60, aumenta a pressão baixista sobre os preços, pois estimula as vendas nos principais países exportadores, como o Brasil”, diz Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café. Por volta das 15h50, a moeda americana ainda estava forte, em alta, a R$ 5,65, atingindo o maior valor em três semanas. Ele também vê aspectos técnicos importantes para a formação de preços no pregão desta quarta. Nesse sentido, caso os valores caiam abaixo de US$ 2,30, poderão encontrar forças para recuar ainda mais. Na Bolsa de Londres, onde as variações do café Robusta impactaram o Arábica, os contratos futuros se afastam do recorde alcançado recentemente, com a Indonésia, momentaneamente, conseguindo abastecer os importadores. Em meio a movimentos técnicos, Pancieri Neto acredita que o café continuará em alta em Nova York, seja por preocupações com a colheita no Vietnã e também por problemas climáticos nas lavouras brasileiras. “As florações do conilon devem acontecer dentro de algumas semanas. Se não chover nos próximos dias poderemos ter prejuízos para a colheita do próximo ano. A falta de chuvas é normal para esta época do ano, mas temperaturas acima da média são prejudiciais às plantas”, finaliza o corretor. Açúcar No negócio de açúcar em Nova York, as ações demerara com entrega em outubro fecharam em queda de 1,38%, cotadas a 17,91 centavos de dólar por libra-peso. A queda do dólar tende a beneficiar as exportações brasileiras, aumentando a oferta no mercado e, consequentemente, provocando queda nos preços futuros. Mas as previsões para a produção brasileira não são favoráveis. Segundo estimativa da StoneX, a produção de açúcar no Centro-Sul deverá totalizar 40,5 milhões de toneladas na temporada 2024/25, uma redução de aproximadamente 2 milhões de toneladas em relação à estimativa anterior, divulgada em maio. Algodão O algodão acentuou o movimento de queda na Bolsa de Nova York, após atingir o menor valor em quase quatro anos na sessão desta terça-feira (23). Os contratos para dezembro caíram 1,19%, para 68,65 centavos de dólar por libra-peso. Além da melhora nas condições das lavouras nos EUA, a alta do dólar hoje favorece a queda da commodity, bem como a demanda por pluma, que ainda está reprimida. Suco de laranja No negócio de suco de laranja, os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ) para setembro fecharam em queda de 2,12%, a US$ 4,2395 por libra-peso. Cacau Após forte volatilidade nos dois primeiros pregões da semana, os preços do cacau se estabilizaram nesta quarta-feira. Os contratos para setembro caíram 0,71%, para US$ 8.227 a tonelada.
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