Propriedade produz cerca de 300 mil toneladas de milho por safra, parte das quais abastece a fábrica da ALD Paulo Sérgio de Assunção, do Paraná, colhe três safras de soja, milho e feijão em uma área de 2 mil hectares na Fazenda São Paulo, em Nova Marilândia (MT). Ele diz que ganha de R$ 5 a R$ 6 a mais por saca por ter uma estrutura de armazenamento em sua propriedade. Saiba mais taboola “Para ter lucro, o agricultor precisa tapar buracos. Tampei os buracos de armazenamento e transporte dos grãos”, conta o produtor, natural de Alvorada do Sul (PR), e um dos acionistas da ALD Bioenergia. Para não perder vantagem competitiva, Assunção investiu R$ 8 milhões no ano passado para renovar os equipamentos e a estrutura de armazenamento que possuía há 20 anos. Este ano, ele está investindo R$ 6 milhões em novos silos, que vão aumentar a capacidade estática de armazenamento de 160 mil sacas para 360 mil sacas. Outra vantagem, diz ele, é ter uma área de 50 hectares em sua fazenda como estação de pesquisa própria que atende também terceiros, como a multinacional Syngenta. No local são realizados testes de lavouras, fertilização, eficiência de agrotóxicos, estratégia de manejo, entre outros. No ano passado, foram realizados 3,2 mil experimentos na área. Ele diz que já investiu R$ 2,5 milhões em pesquisas para aumentar a produtividade das lavouras. A produtividade média nas últimas safras em sua fazenda foi de 75 sacas para 76 sacas de soja por hectare, 160 sacas para 165 sacas de milho e 45 sacas para 50 sacas de feijão. Isso gera uma receita de aproximadamente R$ 30 mil por hectare, segundo ele. Além das contribuições para armazenamento, Assunção também investe em irrigação. A propriedade já possui um pivô e está sendo instalado um segundo pivô que irá duplicar a área de cobertura, para 800 hectares. O produtor tem outorga e pretende atingir 1,2 mil hectares irrigados. A única cultura que já é totalmente irrigada é o feijão. Segundo ele, a fazenda produz cerca de 300 mil toneladas de milho por safra, parte das quais abastece a fábrica da ALD. Na temporada passada, quando choveu menos, ele colheu 140 sacas de milho por hectare. “Foi a safra em que menos choveu na região desde que chegamos aqui, há 30 anos. Reduziu a média em 10 sacas por hectare”, afirma. Neste ciclo, ele prevê uma produtividade de 166 sacas por hectare. Porém, a área cultivada com milho safrinha foi reduzida em 25% devido aos custos de produção. Mesmo assim, Assunção manteve investimentos em sementes, adubação e manejo, que inclui o plantio consorciado de braquiária entre as lavouras para aumentar a massa seca do solo e aumentar o sequestro de carbono. “Nunca cortei tecnologia, mas área de plantio. O que diminui a produtividade é plantar fora da janela ideal”, diz Assunção, que também é dono de uma empresa agronômica que atende produtores de soja, milho, algodão, girassol, arroz e outras culturas. O jornalista viajou a convite da União Nacional do Etanol de Milho (Unem)
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