A melhoria, porém, só será possível com aumento de produtividade, mostra estudo elaborado pela McKinsey. Agricultores brasileiros apostam em um cenário de aumento de lucros daqui a dois anos. Contudo, esta melhoria só será possível com avanços na produtividade, considerando as expectativas de volatilidade dos preços e os riscos associados a eventos climáticos extremos. A conclusão faz parte do estudo “A mente do agricultor brasileiro 2024”, elaborado pela McKinsey. Leia também Margens apertadas não impedirão avanço da agricultura, avalia Bayer Cooperativas agrícolas ‘ignoram’ queda nas commodities e aumentam investimentos Segundo a pesquisa, 37% dos produtores agrícolas brasileiros esperam aumento nos lucros já em 2024. Dos produtores entrevistados , 33% estimam resultados estáveis neste ano e 29% prevêem queda. Numa projeção para daqui a dois anos, 57% esperam aumento dos lucros, 33% prevêem estabilidade e 11% acreditam que os resultados financeiros irão piorar até lá. O otimismo é maior entre os produtores de café: 65% esperam um aumento nos lucros em dois anos. Entre os produtores de grãos do Sul do país, 64% esperam obter mais lucros até 2026. O otimismo também é alto entre os produtores de frutas e hortaliças (61%) e os produtores de grãos que atuam na região do Matopiba (60%), que compreende o Maranhão. , Tocantins, Piauí e Bahia. “Os agricultores viveram uma montanha-russa de preços desde 2022 e ainda esperam volatilidade de preços e eventos climáticos extremos nos próximos anos. Esses fatores aumentam as preocupações com a produtividade”, afirma Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey. Segundo o estudo, 52% dos produtores veem os eventos climáticos extremos como seu principal risco. Em seguida vêm os aumentos nos preços dos insumos (35%) e a escassez de mão de obra (23%). Em relação às oportunidades, 56% acreditam que o aumento dos lucros virá acompanhado de melhorias na produtividade. A queda no preço dos insumos foi citada por 27%, e 24% mencionaram maior previsibilidade no custo dos insumos. Para aumentar os lucros, 47% dos agricultores estão dispostos a testar produtos para aumentar a produtividade; 39% testarão produtos fitofarmacêuticos; 32% investirão em tecnologias inovadoras; e 25% adotarão novas práticas agrícolas. Segundo a pesquisa, 55% dos produtores adotam pelo menos um tipo de tecnologia no campo. Ferreira afirma que a maioria das tecnologias é para controle de pragas, doenças e ervas daninhas (43%) e agricultura de precisão (23%). Saiba mais taboola Para os próximos dois anos, 70% dos agricultores esperam manter ou aumentar os gastos com bioinsumos. “Os insumos biológicos aumentam a produtividade e têm custo menor que os insumos químicos”, afirma Mikael Djanian, sócio de agronegócio da McKinsey. O estudo revela também que os brasileiros investem mais na produção sustentável do que outros países. Do total, 87% adotam a agricultura de precisão — 67% em todo o mundo. Em relação ao manejo do campo, que engloba plantio direto, culturas de cobertura e rotação de culturas, a taxa de adoção no Brasil é de 83% —no mundo é de 80%. Segundo Ferreira, a adoção é maior no Brasil porque o custo no país é menor e porque há um bom retorno de renda. “Uma das principais mudanças é o aumento na contratação de seguros agrícolas”, observa Ferreira. Do total, 51% dos brasileiros afirmaram utilizar seguro agrícola, 2 pontos percentuais acima do indicado em 2022. Outros 15% pretendem utilizar seguro nos próximos dois anos. O seguro de equipamentos é utilizado por 63% dos agricultores, 1 ponto percentual a menos que em 2022. E 9% pretendem adotá-lo no futuro. Outra mudança é a maior utilização de fontes externas para financiar a colheita. Este ano, 38% dos agricultores utilizaram financiamento bancário —em 2022, eram 34%. A modalidade de compra a crédito no varejo era utilizada por 22% dos produtores em 2024 —era 6% há dois anos. A adoção da modalidade “crédito na loja” (com pagamento em parcela única futura) caiu 1 ponto percentual, para 33%, enquanto a adoção do pagamento à vista caiu 15 pontos, para 58%. As operações de escambo (troca de insumos por culturas) caíram pela metade, sendo adotadas por 9% dos produtores em 2024. O financiamento de fornecedores foi utilizado por 17% dos produtores, uma queda de dez pontos percentuais. O estudo é um trecho da pesquisa Global Farmers Insights 2024. Mais de 4.250 agricultores foram entrevistados em nove países (757 no Brasil), de fevereiro a junho.
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