O mercado permaneceu alheio aos números sobre os danos causados pelo incêndio nas áreas produtoras, especialmente em São Paulo. As queimadas nos canaviais de São Paulo sustentaram os preços do açúcar demerara na Bolsa de Nova York. Porém, nesta quinta-feira (09/05), os títulos outubro, os mais negociados, ficaram praticamente estáveis, com queda de 0,02%, a 19,22 centavos de dólar por libra-peso. Leia também Incêndios em SP geraram prejuízo de R$ 2 bilhões ao agronegócio Indenizações por queimadas em canaviais não são altas, mas reclamações aumentam Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, os incêndios afetaram quase 480 mil hectares em 8.049 propriedades rurais. Só no setor sucroenergético foram afetados cerca de 240 mil hectares. As perdas deverão ultrapassar R$ 2 bilhões, sendo o setor sucroenergético o mais afetado. Por conta das queimadas, a consultoria Datagro revisou a estimativa de processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul do país, de 602 milhões para 593 milhões de toneladas para o ciclo 2024/25. Em 2023/24, a região colheu 654,43 milhões de toneladas. No que diz respeito à produção de açúcar, a consultoria reduziu a estimativa de 40,03 milhões para 39,30 milhões de toneladas. No último ciclo, a produção foi de 42,43 milhões de toneladas. Em contraste com a situação no Brasil, as fortes chuvas de monções e as elevadas reservas de açúcar deverão aumentar a disponibilidade do produto na Índia, embora ainda existam restrições às exportações para satisfazer a procura local. Algodão Em meio a um cenário de oferta robusta e demanda em queda, o algodão continua sendo negociado nos níveis mais baixos em quatro anos na Bolsa de Valores de Nova York. Os contratos pena para entrega em dezembro caíram 0,53% na sessão de hoje, a 69,44 centavos de dólar por libra-peso. O momento de queda do algodão no mercado internacional tem impactos diretos na renda dos produtores do Brasil, destaca Haroldo Cunha, presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa). “O produtor investiu para ter um rendimento de 300 arrobas, e um valor abaixo de 70 centavos prejudica a margem. Acredito que o preço teria que ser, no mínimo, 80 centavos para dar tranquilidade ao produtor e não ter que ser segurado refém de uma produtividade altíssima para cobrir seu custo”, afirma. Texto inicial do plugin Para o diretor da Agopa, as perspectivas continuam negativas para os preços, já que a pluma ainda depende de uma melhora no consumo para reverter a tendência atual. “Se o consumo aumenta, o preço sobe, mas não é isso que está acontecendo. A economia mundial inteira está desacelerando, e o algodão sente isso imediatamente, então não vejo cenário positivo para os preços no curto prazo”, projetou Cunha. Ainda para ele, mesmo com o cenário de desvalorização da commodity, Mato Grosso, maior produtor nacional de fibra, pode aumentar a área de plantio. “Um fator preocupante é o potencial da colheita em Mato Grosso, que pode afetar o mercado de forma assustadora. Com o preço do milho muito baixo na segunda safra, produtores bem estruturados podem facilmente ampliar a área de algodão em 100 mil hectares , ignorando a tendência de queda, e focando apenas na perda de competitividade do milho em relação à fibra”, finaliza. Cacau Os lotes de cacau com vencimento em dezembro fecharam nesta quinta-feira cotados a US$ 7,159 a tonelada, alta de 4,02%. A reação do mercado à queda da véspera ficou evidente nos contratos em aberto que ficaram pouco acima de 69 mil. De acordo com a Trading Economics, apesar da subida de hoje, as amêndoas enfrentam a queda de valor mais acentuada desde o início de agosto. A explicação é a melhor perspectiva de colheita na África Ocidental, devido às chuvas previstas para Setembro e Outubro, beneficiando a produção. “Entretanto, os agricultores da Costa do Marfim afirmaram que as recentes fortes chuvas na maioria das principais regiões produtoras de cacau do país aceleraram o desenvolvimento da principal colheita de Outubro-Março, que deverá começar cedo e ser mais longa e maior do que a época. anterior”, nota a consultoria financeira. Espera-se ampla oferta nos primeiros três meses da safra 2024/25, embora ainda haja incerteza sobre o resultado geral da nova temporada. Suco de laranja Também foi registrado forte aumento nos contratos futuros de suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ). Os papéis para novembro subiram 4,26% (19,95 pontos), cotados a US$ 4,9175 por libra-peso. Assim como aconteceu com o açúcar, os investidores na commodity acompanham as informações sobre as queimadas em São Paulo. Embora não haja notícias de perdas nos laranjais, os focos estão próximos a importantes áreas produtoras. Café Os preços do café arábica fecharam o pregão desta quinta-feira em Nova York cotados a US$ 2,4420 (0,50 ponto) por libra-peso, leve alta de 0,21. Recentemente, foram abertos mais de 102 mil contratos. O analista Marcus Magalhães, sócio da MM Cafés, disse que já esperava essa “lateralização do mercado”, com certa solidez nos preços, sem picos elevados significativos ou quedas preocupantes, o clima será o que norteará as negociações, segundo ele. A Tranding Economics analisou que, embora os preços atuais reflitam o enfraquecimento do real brasileiro, há um aumento histórico que impulsiona as negociações em Nova York, também sob a influência dos altos preços dos Robustas em Londres. À medida que as condições climáticas adversas continuam a ameaçar as colheitas de café, os fundamentos restritivos pesam sobre os preços, afirma o boletim da consultora. “Crescem as preocupações de que a seca prolongada possa levar ao florescimento prematuro dos cafeeiros, reduzindo potencialmente a produtividade da colheita de café 2024/25 do Brasil”, alertou a Trading Economics.
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