Com as recentes novidades anunciadas pelo Banco Central (BC), que possibilitarão a oferta do Pix em carteiras digitais e pagamentos contactless, o setor financeiro ganhou destaque com as mudanças que impactarão as transações rotineiras entre pessoas e empresas. .
Segundo o BC, a implantação dessa funcionalidade será obrigatória a partir de novembro de 2024 para as instituições correntistas que movimentaram 99% das operações de iniciação de pagamentos, e a partir de janeiro de 2026 para as demais instituições titulares de contas participantes obrigatórias do Pix. ..
Para Juan Ferrés, CEO da Teros empresa especializada em automação inteligente de processos via Mundo Open, há uma revolução nos pagamentos e estamos no início de um processo que mudará completamente a forma como as pessoas pagam: “O Pix ocupou toda a área de transferência, onde havia uma lacuna de mercado. Antes, na hora de transferir dinheiro, era sempre uma chatice, inserir dados diferentes da conta, juntar tudo, era muito difícil, e o Pix rapidamente ocupou esse espaço.” .
O CEO conta que com o tempo, os jogadores começaram a perceber que havia uma lacuna em outras formas de pagamento, como, por exemplo, o débito automático, o parcelamento e o antigo cheque pré-datado. Com isso, principalmente na integração do Pix e do Open Finance, iniciou-se o forte investimento em jornadas, na melhoria da experiência do usuário, e é isso que será o diferencial dos produtos. .
“O Pix, de fato, também entrou no varejo, seja por iniciativa governamental ou porque os bancos perceberam que antecipar esse processo é rentável, justamente quando percebem que o ganho de fornecer a estrutura de pagamentos e serviços financeiros mais convenientes na hora do consumo e não no banco é muito maior que a perda competitiva. Portanto, como estamos vendo hoje, as empresas começaram a entender que há um negócio nisso”, aponta Juan.
Quando se trata dos novos meios de pagamento apresentados pelos players do mercado, como o Pix perto do Itaú, o pagamento via Pix na carteira digital do Google e as transferências inteligentes no Mercado Pago, Ferrés destaca que o caminho a seguir é que haja um sistema de pagamento por cardápio onde todos pode ter acesso. .
“Antigamente você contratava um cartão e todas as regras e como ele seria utilizado eram definidos pela bandeira. Agora, você pode gerenciar se pode pagar com Pix à vista, Pix recorrente, com Pix agendado, enfim, um grande cardápio está surgindo Com esses exemplos do Itaú, Google e Mercado Pago, fica claro que cada um chegou a uma solução diferente, abrindo realmente esse leque e fazendo com que as empresas aprendam a administrar esse cardápio”, completa o executivo. .
E o que isso realmente impacta no mercado?
Segundo Juan, como existem players desse porte introduzindo essas novas soluções, isso obriga todos os demais a fazerem o mesmo. Consequentemente, o impacto é brutal e muito rápido. .
“O que já estamos testando são varejistas sem caixa, onde podemos fazer uma compra de forma totalmente automatizada. Isso não só reduzirá o custo do pagamento, mas também reduzirá o espaço físico de pagamento na loja, inclusive com alteração no processo de pagamento estou falando do varejo, mas poderia ser na indústria também, porque uma coisa é certa: a revolução e a eficiência financeira das empresas serão enormes, é um novo mundo que está surgindo”, finaliza o CEO. .
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