No mundo contemporâneo, marcado pela intensa conectividade e pelo crescente uso da Inteligência Artificial (IA), a demanda por data centers e capacidade de processamento atingiu níveis sem precedentes. Estes centros tecnológicos são a espinha dorsal da infraestrutura digital que suporta tudo, desde redes sociais até operações críticas de empresas globais.
A expansão da Internet das Coisas (IoT), o desenvolvimento de tecnologias autónomas, como carros e drones, e a proliferação de dispositivos móveis inteligentes são alguns dos principais impulsionadores desta procura crescente. Cada dispositivo conectado gera e consome dados em taxas surpreendentes, alimentando um ciclo de necessidade contínua de poder de processamento.
A IA, em particular, desempenha um papel crucial neste cenário. De algoritmos de aprendizado de máquina a redes neurais complexas, o poder de processamento necessário para treinar e executar esses modelos é colossal. Grandes empresas tecnológicas como Google, Amazon, Microsoft, IBM e outras investem milhares de milhões na expansão dos seus centros de dados para suportar estas cargas de trabalho intensivas.
Você Os data centers modernos não são mais apenas salas cheias de servidores que nunca são desligados; eles evoluíram para megacomplexos altamente sofisticados, distribuído globalmente para garantir baixa latência e alta disponibilidade. O consumo eficiente de energia é um desafio significativo, impulsionando a busca por soluções mais produtivas, como refrigeração líquida e energias renováveis.
Por exemplo, uma consulta no ChatGPT consome em média 15 vezes mais energia do que uma simples busca no Google. Dados de março de 2024 mostram que ChatGPT já conta com mais de 180 milhões de usuários ativoso que representa um consumo diário de energia equivalente ao de mais de 60 mil residências, superior ao consumido pela cidade de Itu, em São Paulo.
O acesso à energia renovável tornou-se um caminho crítico para todas as indústrias. éDe acordo com um estudo da McKinsey & Company, o mercado de data centers deverá duplicar até 2030. Grandes fornecedores como Apple, Google e Meta já compensam o carbono e estão comprometidos em consumir energia 100% limpa até 2030.
A inserção do ESG na infraestrutura digital
À medida que a procura por capacidade de processamento continua a crescer, novas tecnologias, como a computação quântica, prometem revolucionar ainda mais o cenário dos data centers. Esta evolução não só aumentará a capacidade de processamento, mas também apresentará novos desafios no consumo de energia. Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo de eletricidade nos data centers poderá duplicar até 2026 e ultrapassar os 1.000 TWh, o equivalente ao consumo de eletricidade de todo o Japão.
Neste contexto, a implementação de práticas ESG (Ambientais, Sociais e de Governança) torna-se essencial. A sustentabilidade envolve a adoção de energias renováveis, a redução das emissões de carbono e a utilização de tecnologias verdes. Socialmente, as empresas devem considerar o impacto das suas operações nas comunidades locais e no bem-estar dos trabalhadores. A governança exige transparência, responsabilidade corporativa e práticas éticas na gestão de dados.
Por conta disso, vivemos uma corrida contra o tempo para gerar energia limpa. Segundo a AIE, a energia renovável no mundo será maior que a energia fóssil até 2026. No Brasil, a energia solar e eólica deverá crescer cerca de 50% até 2026, atingindo um total de 95% da matriz energética do país, um muito acima de 35% da média mundial. Este é um grande impulso para a criação de infraestruturas digitais e, consequentemente, para satisfazer a procura acelerada de tecnologias emergentes como Cloud, IA e IoT.
A esse respeito, O Brasil está em uma posição muito favorável para melhorar a produtividade nas empresas brasileiras. Um estudo sobre produtividade, publicado pela FGV, mostra que um trabalhador brasileiro leva uma hora para fazer o que um trabalhador americano faz em 15 minutos. Desconsiderando a lacuna educacional existente entre os países, que levará algumas gerações para ser corrigida, a adoção dessas tecnologias poderia ajudar muito a competitividade das empresas brasileiras.
Num mundo ultraconectado, onde os dados e as tecnologias emergentes como a IA e a IoT se tornaram fatores críticos de sucesso e competitividade para as empresas, os data centers são as estruturas fundamentais para apoiar esta nova era.
O desafio atual não é apenas acompanhar a procura exponencial de capacidade de processamento, mas também fazê-lo de forma sustentável e segura para o nosso planeta, alinhando-se com os princípios ESG para garantir um futuro mais equilibrado e responsável.
Serafim Abreu é vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP). Foi presidente da Diretoria Executiva do IBEF-SP e possui mais de 25 anos de experiência no mercado de tecnologia e serviços, onde ocupou cargos de CEO, COO e CFO em empresas como IBM, Scala Data Centers e Time for Diversão. É formado em administração de empresas pela Universidade Cândido Mendes, com MBA em gestão pela Fundação Dom Cabral e formação executiva pela Universidade de Harvard.
Serafim Abreu é vice-presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP) — Foto: IBEF-SP/ Divulgação
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