Como o consumidor brasileiro mudou seu comportamento nas últimas três décadas com a estabilização econômica do país Pixabay Reais Trinta anos após a estabilização econômica com o Plano Real, o consumidor brasileiro, que buscou frango, iogurte e dentadura nos primeiros anos de inflação controlada, tornou-se se muito mais complexo. Ele já está preocupado com as mudanças climáticas e admite mudar seus hábitos por conta desse fator. Atualmente, e especialmente depois da pandemia, são permitidos pequenos luxos de consumo, como creme de avelã ou cervejas premium, mas reequilibre o orçamento procurando marcas mais baratas de produtos de limpeza ou de higiene. E este é um consumidor altamente influenciado pela viralização de produtos nas redes sociais. Leia também: Como ensinar as crianças sobre gestão de dinheiro e alfabetização financeira? Leia mais: O dinheiro é a principal preocupação dos jovens da geração Z e da geração Y e um motivo para não irem para a faculdade, mostra a pesquisa — Atualmente, as marcas precisam considerar uma combinação de vários fatores para terem sucesso. Há momentos em que esse consumidor busca um preço menor ao acordar, mas à tarde pode buscar a indulgência, um pequeno luxo, em uma mercearia ou em um produto de autocuidado. Ou seja, o consumo brasileiro atualmente não é linear, o que traz mais desafios — afirma Alfredo Costa, diretor-geral da NielsenIQ, empresa que monitora o comportamento de compra do consumidor e acaba de divulgar uma pesquisa sobre as mudanças nos hábitos dos brasileiros desde a implantação do Plano Real . Na última década, sobretudo desde 2013, ano de protestos nas ruas do país, lembra Costa, o regresso da inflação, as crises económicas e políticas e o elevado endividamento impactaram o poder de compra deste consumidor, provocando mudanças de hábitos. Além da primeira redução no volume de vendas de alimentos, bebidas, produtos de beleza ou limpeza em uma década (0,4% naquele ano) e de um cenário mais restritivo ao consumo, iniciou-se uma busca por produtos mais baratos. Atacarejos em ascensão Esse foi o impulso inicial para o atacado, um modelo de negócio que combina características do atacado e do varejo e que oferece preços mais baixos. Sem os luxos dos supermercados, as lojas de cash and carry são semelhantes a grandes armazéns. Atualmente, mais de 72% dos domicílios do país utilizam o cash and carry como canal de compras e no ano passado geraram R$ 234 bilhões, um aumento de 14% em relação ao ano anterior. — O consumidor se acostumou com alguma estabilidade, passou a buscar preços mais baixos, provocando o primeiro grande salto no cash and carry — explica Costa. Com o avanço da tecnologia, o comércio eletrônico cresceu e chamou a atenção dos brasileiros, também como canal de compra de alimentos e bebidas, com preços mais baixos e pesquisa mais fácil. Uma pesquisa da NielsenIQ, realizada nos primeiros quatro meses deste ano, mostrou que alimentos e bebidas aparecem em primeiro lugar nas intenções de compra online dos brasileiros, seguidos por cosméticos e perfumaria e moda e acessórios. Atualmente, a chamada geração Z (pessoas nascidas entre a segunda metade da década de 1990 e 2010) passa mais de três horas pesquisando online, inclusive nas redes sociais, e 56% afirmam ser influenciados nas suas decisões de compra pelas redes sociais. No ano passado, o comércio eletrônico movimentou R$ 255 bilhões no país, perdendo apenas para as vendas nos supermercados. A pesquisa mostrou que hoje redes sociais como o TikTok competem diretamente com o varejo físico em termos de vendas, explica Costa. E se durante a pandemia os brasileiros buscaram indulgência (luxos de pequeno consumo) com predileção por mercearias (leia-se consumo de doces) e produtos de autocuidado, esse comportamento continuou até agora. Pequenos luxos Mas para ter esse prazer, os brasileiros estão reequilibrando o orçamento procurando produtos de limpeza de marcas mais baratas, por exemplo. E a escolha de pequenos luxos é largamente influenciada pela viralidade online destes produtos. — Nesse cenário, os segmentos de produtos premium se destacam, mas os itens de menor preço também ganham participação na cesta de compras. Houve crescimento nos dois extremos — explica Costa, lembrando que a receita nos mercados premium cresceu mais de 10%, enquanto em média nos demais a expansão foi de 3,9%. A pesquisa NielsenIQ mostrou que há preocupação com as mudanças climáticas, principalmente entre a geração Z. Foi a primeira vez que esse tipo de medo apareceu em pesquisas com consumidores. Embora admitam mudar os hábitos de consumo para evitar estes fenómenos, ainda não está claro como é que este consumidor fará esta mudança de comportamento.
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