Neste domingo, Dia Internacional da Mulher na Engenharia, o g1 reflete pesquisa do Portal AECweb e do Sienge Comunidade, e destaca experiências de quem, em meio à sobrecarga, se destacou no setor. Maria Natalia Villagran de Dios, Paula Lunardelli e Patricia Manske são engenheiras em SC Arquivo pessoal Uma pesquisa nacional do Portal AECweb e Sienge Comunidade, divulgada em 2024, revela que o preconceito ainda limita o papel da mulher na construção civil, apesar dos avanços percebidos (leia mais abaixo ). Na perspectiva dos profissionais do setor ouvidos pelo g1, engenheiras, arquitetas e demais mulheres que atuam na área precisam de muito mais tempo de estudo e dedicação, em comparação aos colegas homens, para alcançar cargos de destaque na área. Clique e siga o canal g1 SC no WhatsApp Eles também atendem mais consultas externas. “Precisamos sempre estar 110% em tudo que fazemos, caso contrário não chegaremos na posição que desejamos. Não basta ser bom, é preciso ser muito bom”, afirma a engenheira civil Patrícia Manske. Por outro lado, afirmam que o associativismo e o apoio entre as próprias mulheres reforçaram a presença feminina no sector. Uma pesquisa recente do IBGE também mostra que a construção é um dos três grupos em que as mulheres recebem salários médios mais elevados do que os homens (ver abaixo). Neste domingo (23), Dia Internacional da Mulher na Engenharia, o g1 reflete a pesquisa e traz à tona as experiências de quem, em meio à sobrecarga, se destacou no setor – seja no escritório, em uma obra ou no empreendedorismo. O que você precisa saber primeiro… A reportagem ouviu os seguintes especialistas: Paula Lunardelli, engenheira civil e diretora executiva e fundadora da Prevision. Maria Natalia Villagran de Dios, engenheira de produção civil e gerente de processos e qualidade. Patricia Manske, engenheira civil e coordenadora de projetos da Première Engenharia. Ana Rita Vieira, arquiteta e urbanista e presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville (a primeira mulher!). Em comum, acreditam que entre os principais desafios estão: a sobrecarga e a necessidade de estar sempre bem acima da média sensação de ter o conhecimento constantemente colocado “à prova” questões externas referentes às características pessoais Por outro lado, também veem melhorias em do setor, como: mais mulheres se apoiando mais empreendedoras e mulheres em cargos de liderança mulheres deixando suas marcas e personalidade em projetos Engenheiros de SC falam sobre o papel da mulher na construção civil Sem erros Segundo a engenheira civil Patrícia Manske, coordenadora de projetos de uma empresa em Florianópolis, é evidente o fardo enfrentado pelas mulheres para ganhar visibilidade no setor. “Não podemos errar”, avalia. Ela é embaixadora de um grupo focado em unir mulheres da região, onde acontecem encontros mensais para falar de experiências na área sob a perspectiva feminina. “Precisamos estar sempre 110% em tudo que fazemos. Não basta ser bom, é preciso ser muito bom”, afirma. Paula Lunardelli, diretora executiva e fundadora da Prevision, plataforma criada para otimizar o planejamento de obras, garantindo também mais sustentabilidade às mesmas, acrescenta que “normalmente as mulheres precisam entregar muito mais para poder ter aquele momento de visibilidade”. “Falando em gestão, as mulheres que vi se desenvolverem, e até me conecto com o meu caso, estudaram muito mais que os homens. Elas se aprofundaram, se dedicaram, se dedicaram e conseguiram comprovar, através do seu trabalho e dos seus resultados, que conseguem teve capacidade. Até esse momento chegar, a viagem fica muito mais longa”, destaca. Lunardelli, que já integrou a diretoria da Associação Catarinense de Tecnologia (Acate), diz que mesmo na faculdade, onde foi uma das três mulheres de sua turma a se formar em engenharia civil, precisou provar, mais do que seus colegas homens , que ela tinha competência para ocupar aquele espaço. “Eu tinha passado para a segunda turma e me levaram para a primeira. Então, na primeira prova, eu não tinha tido nenhuma aula sobre o assunto. Lembro que tirei dois ou três na prova, eu acho, alguma coisa isso não acontecia no ensino médio, era o CDF que fui tirar a nota, o professor virou para mim e disse ‘nem sei por que você faz engenharia'”, comenta. “Estudei muito para a segunda prova! Tirei 9,5 numa prova onde todos tiraram 6, 7. Então, houve um preconceito e um distanciamento”, completa. No dia a dia, o executivo lida com diversas empresas, e diz que também é difícil ver mulheres em suas gestões e diretorias. Para 67% dos entrevistados da pesquisa AECweb e Sienge Comunidade, é mais difícil para as mulheres obterem uma posição de destaque no setor. “Mas quando a gente vê elas são mulheres incríveis, sensíveis, que estão percebendo as pessoas de uma forma diferente. E, com essa diferença de perfil, estão tendo resultados muitas vezes ainda mais relevantes”, garante. A pesquisa, que entrevistou 619 profissionais entre 20 de fevereiro e 6 de março de 2024, revela ainda que: Para 77% dos profissionais, o preconceito continua sendo um problema para as mulheres na construção. Mas, para 73%, as mulheres estão a ganhar mais espaço em posições de liderança. 23% dos entrevistados indicam que há menos de 5 mulheres trabalhando na mesma empresa. 21% indicam que há mais de 50 mulheres trabalhando na mesma empresa. 17% afirmam que há entre 5 e 10 mulheres trabalhando na mesma empresa. 41% dos entrevistados afirmam que a minoria dos cargos de liderança são ocupados por mulheres. Engenheira acredita que ainda há preconceito contra as mulheres na construção Elas se ajudam A gerente de processos e qualidade Maria Natalia Villagran de Dios, que atua diretamente nas obras, diz que “teve que provar muito” para chegar à posição de liderança que ocupa tem hoje. No entanto, ela acredita que as gerações mais jovens de engenheiras estão alcançando essas funções mais rapidamente. Isso ocorre, segundo ela, principalmente pelo apoio e pelas oportunidades que as mulheres líderes dão aos novos profissionais do mercado. A empresa onde atua se diferencia das demais por ter 100% dos cargos de liderança ocupados por mulheres. Isto só aconteceu, segundo Natália, porque “permitiram que mostrassem a sua competência”. “Acho que quanto mais mulheres na liderança abrirem espaço para as novas gerações, mais poderemos mudar o jogo de uma vez por todas. Mas acho que realmente tem que começar de cima, precisamos continuar avançando juntos”, diz ela. O que também fortalece, segundo ela, é o networking entre os profissionais. “Temos alguns grupos de mulheres na engenharia aqui em Santa Catarina e eles servem justamente para continuarmos crescendo”. A engenheira civil Patrícia Mansk, 34, que coordena projetos em uma empresa de Florianópolis, conta que já existem eventos internacionais voltados, por exemplo, para mulheres que, como ela, utilizam a tecnologia BIM (Building Information Modeling) da Construção) no trabalho. “Também estamos chegando mais a lugares, nos movimentando, nos fortalecendo, nos puxando. Estamos aparecendo mais onde não aparecíamos antes”. Ela não vê distinções de gênero em sua empresa, onde assumiu a função de liderança há dois anos, mas afirma que o preconceito pode ser percebido em outros contextos de trabalho, como nas contratações. Ainda na faculdade, ouviu de uma professora que o curso de engenharia civil não era lugar para mulheres. “Hoje existe um preconceito contra designers e engenheiros mais jovens em geral, não só contra mulheres. E aí quando você é jovem e mulher, naturalmente a gente passa por alguns constrangimentos no dia a dia. estados. Como presidente do sindicato, a arquiteta e urbanista Ana Rita Vieira tornou-se a primeira mulher presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Joinville, cidade mais populosa de Santa Catarina, no início de junho. Ela diz que se tornar presidente foi um caminho natural, pois foi apresentada à realidade ainda criança. Filha de engenheiro civil, costumava ir com a mãe às obras durante a infância. “Costumo dizer que nasci num canteiro de obras”, diz ela. “Ser presidente hoje me deixa muito lisonjeada porque é um reconhecimento dos pares, e também consolida a participação das mulheres na construção. Acho que é um passo importante que o sindicato também demonstra ao me escolher como presidente”, comenta. Ela avalia que o setor tem abraçado mais mulheres nos últimos anos, como indicam pesquisas realizadas pelas duas iniciativas. Para ela, diferentemente do que revela o estudo, porém, o principal preconceito relacionado às mulheres na construção não está mais em cargos de liderança, mas em cargos operacionais no canteiro de obras, que ainda tendem a optar por serviços masculinos. “Temos uma construção civil cada vez mais industrializada, que já conta com maquinário avançado, o que permitiria às mulheres trabalhar como eletricistas, pintoras, telhadeiras. Já não é um trabalho tão pesado e teríamos muito a ganhar, porque as mulheres são muito detalhista, a qualidade do serviço tenderia a melhorar. Além disso, temos um grande desafio no setor, que é a falta de mão de obra”, afirma. Empreendedorismo Ao g1, os profissionais também falaram sobre a percepção de crescimento de mulheres empreendendo na construção civil. A designer Patricia Manske acredita que é também por isso que as mulheres têm se envolvido mais no setor. “Às vezes, você não consegue chegar lá por ‘N’ motivos. Acho que eles também decidem contornar o sistema, desistir e empreender, e chegar lá por mérito próprio.” Envolvida com empreendedorismo e mentoria de startups, Paula Lunardelli vê com bons olhos a possibilidade de criar uma empresa com a cultura que seu sócio acredita. E isso também é positivo para as mulheres. “É muito difícil para as mulheres conseguirem trabalhar sem propósito. Sempre temos uma razão maior por trás disso. dias difíceis para acordar, eu falei: ‘Vou fazer isso porque vou transformar o setor que trabalho'”. Clique e acompanhe o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: g1 SC mais assistidos nos últimos 7 dias
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