80% dos entrevistados disseram que enchentes e inundações já afetaram suas casas. No total, 2,3 milhões de pessoas foram afetadas em todo o Rio Grande do Sul. Casas em Picada Mariante, no município de Venâncio Aires, foram atingidas pela enchente Fábio Tito/g1 A realidade das enchentes, enchentes e secas fez com que 30% dos moradores do Rio Grande do Sul pensassem em mudar de casa, segundo estudo realizado pela startup Loft, em parceria com a Offerwise. 80% dos entrevistados revelaram que eventos climáticos extremos afetaram as suas casas. Acesse o canal g1 RS no WhatsApp Mil adultos foram entrevistados entre os dias 4 e 7 de junho, após o forte impacto causado pelas enchentes e tempestades, que já deixaram 177 mortos em todo o estado. Para 41% deles, a tragédia afetou o desejo de mudar de local. “Em todas as seleções que fizemos, inclusive de classe social, mais da metade dos brasileiros disseram já ter sentido o efeito de algum evento climático extremo”, afirma Fábio Takahashi, gerente de dados da Loft. Para o pesquisador, o percentual também chama a atenção de moradores que não pensam em se mudar, pois este é um número superior ao observado em estados que não foram atingidos por enchentes recentemente. Existem duas possíveis explicações para justificar a permanência: a sensação de que o estado se recuperará após a tragédia e também. classe A, que seria mais representativa no estado, e mostrou menos interesse em sair de casa LEIA TAMBÉM Empresa é investigada por retirar 65 vezes água de hidrantes e vendê-la para condomínios durante enchentes em Porto Alegre, diz polícia do Aeroporto Salgado Filho. volta a embarcar e desembarcar em julho, diz que voos do governo continuam em Canoas VÍDEO: Ponte é arrastada pela água uma semana após ser instalada por militares no RS “Não vamos voltar” Uma das pessoas que, além de pensar Sobre sair de casa, também se desloca a empresária Camila Portela, moradora de Venâncio Aires, município do Vale do Rio Pardo, a 133 km de Porto Alegre. “Nem pensamos duas vezes, realmente nos olhamos e falamos, ah, não vamos voltar, não vamos voltar”, revela. Moradora de Venâncio Aires mostra estado de sua antiga residência durante a enchente Camila Portela/Arquivo pessoal Na cidade, cinco pessoas morreram em decorrência das enchentes e uma morreu de leptospirose, após contato com água contaminada. O distrito de Mariante, arrastado pela enchente, faz parte do município. A empresária mudou-se do bairro União, atingido pelas enchentes, para a região central da cidade depois que a água atingiu 1,70 metro na residência onde ela morava. A decisão foi imediata e considerou que a situação poderia repetir-se, como aconteceu em 2014, quando uma inundação atingiu 40 centímetros em algumas casas da localidade. Mariante: o que o rio não levou No bairro Sarandi, o mais atingido pela enchente em Porto Alegre, quem abandonou definitivamente sua casa foi o aposentado Eloir Loreto, 79 anos. Após a enchente, a idosa decidiu morar com o filho, por tempo indeterminado, até encontrar um novo lar. “Parecia uma cachoeira lá dentro. Bateu na metade da janela, assim. Achei que não ia encher de água. Você pode imaginar uma casa grande com três quartos, sala, cozinha, sala de jantar, lavanderia. para guardar, tirar”, revela. No local, a água atingiu 1,77 metros – o suficiente para deixar marcas e permear o cheiro, que permaneceu. As consequências levaram seus familiares a retirarem todos os imóveis, que ficaram inutilizáveis. Futuramente, a família tem planos de vender a residência. Casa no bairro Sarandi foi atingida por enchente Marcantonio Loreto/Arquivo pessoal VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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