Os eventos internos de inovação permitem a criação de soluções “produtizadas”, o que não só acelera a implementação de inovações, mas garante a manutenção de um ambiente empreendedor e criativo Getty Images Nas minhas duas últimas colunas, escrevi principalmente sobre a importância da liderança abrir espaço em a agenda para participar de eventos e outros compromissos externos, e o valor de ter a mente aberta para aproveitar ao máximo esses momentos de conexão e inspiração. Conhecer pessoas que não fazem parte do nosso círculo de trabalho ou de amizade, ouvir diferentes pontos de vista e entender como outros players e startups, mesmo de outros mercados, estão abordando reais dores do mercado e do consumidor são ações fundamentais para continuarmos evoluindo como profissionais e líderes. Mas e as provocações internas e os momentos de inspiração? No início deste mês, com menos de 10 dias de intervalo, participei de dois eventos internos que me fizeram refletir sobre como essas agendas são igualmente importantes. O primeiro, nos primeiros dias de junho, foi um workshop de inovação que reuniu líderes de empresas, parceiros e consultores externos, inclusive de outros mercados que não o imobiliário. Uma combinação potente. Foram dois dias e meio de muita discussão, com metodologia para ajudar na fluidez, claro, e um resultado muito interessante. Imagino que, para muitos vice-presidentes, diretores, etc., a simples ideia de passar quase três dias “fora” da operação seja inimaginável. Na verdade, ninguém que participou da agenda que mencionei tinha agenda livre quando recebeu o convite, mas todos se reorganizaram para estarem presentes pessoalmente nas discussões. Momentos como estes são essenciais para pensar no futuro. Algo muito fácil de esquecer ou simplesmente deixar para depois, quando estivermos imersos no dia a dia. Mas não vejo como construir algo duradouro e sustentável sem um equilíbrio entre as horas dedicadas ao presente e ao futuro, aos projetos de curto e longo prazo. Menos de uma semana depois, Hack Days, o sexto do Loft e o meu segundo na casa. Mais uma vez, temos pessoas imersas em uma maratona criativa, afastadas de suas tarefas rotineiras, integradas a outras equipes, testando hipóteses, tomando decisões e executando projetos no curtíssimo prazo – 3 dias. Esta experimentação – rápida, imprevisível – tem muito valor. E claro, esses eventos internos exigem infraestrutura e um verdadeiro investimento de tempo e recursos financeiros. Mas é algo que traz muito retorno. No Hack Days, por exemplo, as ideias já são “produtizadas”, o que não só agiliza a execução, mas garante que o todo funcione melhor. Internamente, também gera engajamento, sentimento de pertencimento e manutenção de um ambiente empreendedor e criativo. Na busca contínua por inspiração, a participação da liderança em eventos externos e internos é uma ferramenta poderosa, capaz de potencializar qualquer startup ou empresa já estabelecida. *Formado em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de Salvador, com mestrado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas e São Paulo Business School, Marcel Regis é Diretor de Operações do Grupo Loft. Anteriormente, fez parte da equipe da AB-InBev por mais de 24 anos e ocupou diversos cargos de gestão ao redor do mundo, incluindo a Vice-Presidência de Bebidas Não Alcoólicas no Brasil, a Vice-Presidência de Integração Comercial Global no Reino Unido, a Presidência da The Cervejarias Sul-Africanas e a Presidência da Baviera na Colômbia. Mais Lidos
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