O voo que transportou o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, foi o mais monitorados do mundo nesta terça-feira (25) na plataforma FlightRadar24. O aplicativo permite acompanhar voos em tempo real de qualquer lugar do mundo, fornecendo dados como altitude, velocidade e posição, entre outros.
A aeronave que partiu do Reino Unido em direção às Ilhas Marianas do Norte, no Pacífico, foi monitorado por aproximadamente 6 mil usuários no final da manhã, durante escala em Bangkok, Tailândia. Às 17h (horário de Brasília), quando o avião se aproximava do destino, mais de 4.600 pessoas acompanharam a viagem onlinede acordo com g1.
Nosso voo mais rastreado hoje: Fundador da @wikileaksJulian Assange está a caminho de Saipan antes de retornar à sua terra natal, a Austrália. pic.twitter.com/1yIfiB3FAv
-Flightradar24 (@flightradar24) 25 de junho de 2024
Para voar de Londres para Saipan, a maior ilha do arquipélago, o ativista fretou um Aeronave Bombardier Global 6000 da VistaJet que fez escala na capital tailandesa para reabastecer. Os custos da viagem serão cobertos por meio de uma arrecadação online organizada pelo WikiLeaks para arrecadar o equivalente a R$ 3,5 milhões.
Na ilha, Assange comparecerá a uma audiência na qual deverá se declarar culpado de violação da lei de espionagem dos EUA. O local foi escolhido por questões de segurança, além da proximidade com a Austrália.país de origem do jornalista, que irá para lá nos próximos dias.
Por que Julian Assange foi preso?
A plataforma fundada pelo australiano em 2006 foi responsável por vazar milhares de documentos secretos do governo dos EUA, nos anos seguintes, revelando abusos cometidos por militares e autoridades norte-americanas. Entre outras coisas, os conteúdos disponíveis na Internet destacavam os assassinatos de civis cometidos na guerra do Afeganistão.
Desde então, ele enfrenta uma longa batalha contra a justiça americana, que tenta extraditá-lo desde sua prisão em Londres, em 2019. Caso ele fosse transferido do território britânico para os EUA, o ativista pode pegar até 175 anos de prisão.
Mas o surpreendente acordo entre Assange e o sistema de justiça dos EUA, revelado nesta segunda-feira (24), permitiu que ele fosse libertado depois de passar 1.901 dias na prisão. Agora o jornalista deve pedir desculpas ao governo americano e assumir a culpa pelo vazamento de documentos confidenciaiscrime pelo qual será condenado a 62 meses de prisão, já cumpridos no Reino Unido.
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