Um dos eventos mais importantes da ONU em 2024 acontece dentro de alguns meses, mas a cidade-sede ainda luta com sua própria tradição. Baku, capital do Azerbaijãoserá ao mesmo tempo um centro para a indústria petrolífera e um palco para discussões sobre energias renováveis.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024, ou COP29, acontece em novembro deste ano na região, uma das maiores referências mundiais em petróleo. E embora não esteja totalmente disposta a abrir mão desta fonte de energia, a região começa a olhar com bons olhos outras alternativas.
Baku e petróleo: casamento duradouro
Baku tornou-se um centro de extração de petróleo a partir de 1840, quando foram cavados os primeiros poços. A família Nobel, depois mais famoso pelo prêmio dado aos cientistasfoi um dos primeiros a estabelecer a indústria local e daí obteve sua principal fonte de renda.
Os bairros da zona sudeste da cidade já foram até chamados Cidade Negra, devido à fuligem e fumaça que cobriam os telhados devido à proximidade das refinarias. E a dependência continua a existir: segundo o The Guardian, Os combustíveis fósseis ainda representam até 90% das exportações do Azerbaijão.
A moderna Baku, capital do Azerbaijão.Fonte: GettyImages
A economia local continua muito dependente dos gigantes petrolíferos, considerados orgulho nacional e muito influentes politicamente. Uma das provas é a própria escolha de sediar uma COP — incluindo um presidente de empresa petrolífera na organização.
Além disso, ela agora está se tornando uma nação gigante em gás natural. Aproveitando o vácuo da Rússia, agora quase isolada na Europa após a invasão da Ucrânia, tem exportado cada vez mais esta fonte de energia. Isso se afasta um pouco da dependência do petróleo, mas não exatamente em direção à energia limpa.
Baku na COP29
A escolha de Baku para sediar o evento da ONU ainda é considerada controversa, mas parece ser uma tendência. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, acolheu a conferência no ano passado e foi praticamente construída com o dinheiro do petróleo.
Nos últimos anos, porém, a pressão internacional e as percepções internas estão a mudar a estratégia do Azerbaijão. Ó Mar Cáspioque faz fronteira com a costa leste do país, está mais poluído e até perdeu volume — e esse foi um dos fatores que levou o governo a ligar o sinal de alerta para crises climáticas.
A cidade ainda possui uma estrutura de extração de petróleo, mas parece disposta a mudar.Fonte: GettyImages
O Azerbaijão quer gerar 30% da sua própria energia até 2030 utilizando fontes renováveis — o que seria mais do que o quádruplo da quota atual, que é de 7%. Grandes “fazendas” de painéis solares estão em construção nos arredores de Baku e o presidente do país, Ilham Aliyev, já fala em exportar esta energia para nações vizinhas.
A expectativa é que Baku não use o evento apenas como uma promessa ou para encobrir planos não tão ousados em direção à energia sustentável. Porém, a própria ONU já parece entender que não será possível desvincular de forma tão radical uma cidade que se desenvolveu tão intensamente a partir de uma fonte de renda e trabalha para efeitos graduais e de longo prazo.
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