Anunciada oficialmente no dia 27 de julho pela NetherRealm Studios, a expansão Reina o Kaos promete trazer ainda mais violência e reviravoltas para Mortal Kombat 1. Começando logo após os acontecimentos da história principal do jogo, ela expandirá os conceitos de linha do tempo da série para dar mais destaque para o vilão Havik.
Conforme mostra o trailer divulgado pela desenvolvedora, a nova versão do personagem é bem diferente daquela que já está no jogo. Abraçando o caos como seu estilo de vida de uma vez por todas a encarnação alternativa do lutador promete ser bastante cruel e Seu único objetivo é “ver o mundo queimar”.
Embora isso possa não fazer muito sentido para quem jogou apenas Mortal Kombat 1, o passado da franquia fornece mais explicações sobre esse personagem intrigante. Com ele, podemos entender melhor suas motivações e visualizar o quão temível é o vilão de Reina o Kaos.
Quem é Havik em Mortal Kombat?
A primeira aparição de Havik aconteceu em Mortal Kombat Deception, lançado há quase 20 anos, em 4 de outubro de 2004. Sua principal característica física é a parte inferior do rosto, que parece ter sido arrancada, o personagem é originário do Chaosrealm e se tornou conhecido como Clérigo do Caos.
Havik foi apresentado como um Clérigo do Caos em Mortal Kombat DeceptionFonte: Divulgação/Jogos da Warner Bros.
Vestindo roupas cerimoniais dignas do cargo, seu único objetivo é espalhar a anarquia, a desordem e a ruína por onde passa. Isso não faz dele exatamente uma má figura, já que sua natureza faz com que ele não tenha muitas alianças e se junte aos lados que parecem ser mais eficientes para atingir seus objetivos.
Outra característica marcante do personagem é seu estilo de luta brutal, no qual ele desloca membros e até arranca partes de seu corpo como ferramentas de combate. Isso só é possível graças a um fator de cura aprimorado, aliado ao fato de que o que outras pessoas veem como dor e tortura, ele vivencia como prazer.
Dentro de suas aparições jogáveis em Mortal Kombat Deception e Armageddon, ele sempre tendeu a ficar do lado do mal – mesmo não concordando com Onaga e querendo destruí-lo. Em seu final não canônico, ele usa o poder de Blaze para mudar completamente a realidade, distorcendo-a a ponto de torná-la irreconhecível.
O personagem pós-reinicialização
Após o reboot que a série sofreu em 2011, Havik continuou fazendo parte de seu universo, mas não era mais controlável pelos jogadores. Apareceu no final de alguns personagens e nos quadrinhos, sempre atuando indiretamente como incentivador do caos e grande beneficiário das ações que levaram a ele.
Havik ganhou uma origem diferente em Mortal Kombat 1Fonte: Divulgação/Jogos da Warner Bros.
Em Mortal Kombat 1, ele reaparece como uma figura com origens e objetivos ligeiramente diferentes. Dentro do universo criado pelo Deus do Fogo Liu Kang, o Chaosrealm não existe maistornando o lutador uma pessoa originária do Orderrealm/Seido e que acabou se rebelando contra suas leis.
No universo mais recente da série, ele nasce com o nome de Dairou, que era um personagem à parte em Deception. O que eles têm em comum é o fato de terem sido injustiçados pelos comandantes do reino e acusados de crimes que não cometeram. Tudo isso é fruto de uma vontade exagerada de tentar manter a ordem, independentemente do custo.
Com isso, Havik começou a ficar obcecado em mudar a realidade e despertou dentro de si diversos desejos de anarquia e caos que, nesta realidade, eram um pouco mais direcionados à justiça. No entanto, ele continua a ter uma personalidade mais egocêntrica e não tem problemas em se aliar a Quan Chi ou em manipular outras pessoas para atingir seus objetivos.
Depois de terminar Mortal Kombat 1 com o personagem, os jogadores podem ver como ele manipula Rain para usar seus poderes de água para destruir completamente Seido. O bruxo acaba se arrependendo profundamente dessa decisão, entregando-se posteriormente a Mileena para que ela o julgue por seus crimes.
Titan Havik promete mais caos
Entrando mais no campo dos spoilers do jogo mais recente da série, seu momento final é a grande Batalha do Armagedom. Ele é ainda maior que aquele que dá nome ao game de 2006, reunindo diferentes versões dos diversos personagens que protagonizam a franquia — muitos deles não selecionáveis.
Durante este confronto vemos a primeira aparição do Titan Havik, que será o vilão do DLC Reina o Khaos. Essa aparência alternativa do personagem tem um rosto ainda mais deformado e parece abraçar ainda mais o caos, usando um capacete que mais se aproxima do design original criado pela NetherRealm.
Na cena pós-crédito do jogo, ele se alia a versões alternativas de Shang Tsung, Reiko, Tanya e Quan Chi que pertenciam à linha do tempo sombria, que é destruída. Porém, isso agrada a personagem, cujo plano é provocar mais uma grande batalha entre linhas temporais que, desta vez, terá duração e impacto ainda maiores.
Tudo isto só é possível dado que, na realidade, o Titã Havik foi responsável por derrotar Kronika e assumiu um nível de poder semelhante ao de Liu Kang. Assim, ele promete ter um grande potencial para espalhar o caos pelo multiverso, ou seja, a paz encontrada pelo Deus do Fogo não durará muito.
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