As expectativas estão crescendo para o lançamento do GPT-5, o novo modelo de linguagem principal (LLM) da OpenAI. Desde maio, a empresa liderada por Sam Altman prepara a nova tecnologia, mais uma vez com o foco de dar mais um passo em direção à hipotética Inteligência Artificial Geral (AGI).
Uma evolução direta do GPT-4o, o GPT-5 deve trazer capacidades de compreensão e resposta muito mais robustas e ágeis. O novo modelo deverá ter uma base de dados mais ampla, ser menos propenso a alucinações e gerar resultados ainda mais precisos com base nas descrições dos usuários.
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Uma das melhorias diretas do GPT-5 deve ser a janela de contexto maior — ou seja, o tamanho das solicitações de entrada. A expectativa é que a nova versão seja capaz de receber prompts ainda maiores, possibilitando interações mais complexas e específicas.
Com uma janela de contexto maior, o GPT-5 poderia compreender blocos maiores de texto de uma só vez. Isso dá espaço para solicitar resumos e resenhas de documentos mais longos, ou mesmo de livros inteiros, por exemplo.
Também são esperadas melhorias significativas nas capacidades multimodais do GPT-5. O modelo deve ser mais eficiente na compreensão de áudio, vídeos e fotos para produzir respostas.
Porém, há quem acredite que a evolução não será tão óbvia. Jake Heller, CEO e cofundador da Casetext, que desenvolve um assistente virtual jurídico que usa GPT-4, disse não acreditar que os avanços do GPT-5 não serão tão perceptíveis.
Ele afirma que a evolução do GPT-3 para o GPT-4 foi significativa, como se a IA evoluísse a partir das capacidades de alguém com apenas o ensino fundamental — portanto, significativa e perceptível. Para o GPT-5, Heller espera que o modelo atinja o nível de doutorado, então será melhor, mas não necessariamente bombástico.
IA mais autônoma e útil
Uma das esperanças de Heller é que o GPT-5 esteja mais bem preparado para lidar com a sucessão de ações, ou seja, seja capaz de concluir tarefas que envolvam múltiplas etapas complexas, mas sem se perder no caminho. A partir disso, os prompts poderiam ser mais robustos, enquanto o modelo seria capaz de passar por cada etapa da solicitação, assim como um humano faria.
“Atualmente, eu diria que os modelos não são tão inteligentes”, disse Heller. “Você percebe que eles ficam presos ou desviam e acabam na direção errada”, ela continuou.
Existe também a preocupação de que os avanços no modelo de próxima geração da OpenAI não justifiquem o preço cobrado para operá-lo. “Não quero fazer um investimento a menos que me sinta muito confortável de que a parte financeira fará sentido”, disse Hooman Radfar, CEO da Collective, uma plataforma de IA para empreendedores autônomos.
O custo de implementação e manutenção de grandes modelos de linguagem em aplicativos é alto e o GPT-4 atualmente atende a uma infinidade de plataformas e serviços. Nessa briga também entra em questão o preço de soluções concorrentes, como modelos da Meta ou Gemini, do Google.
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