OMS volta a declarar mpox como ’emergência de saúde global’: Brasil corre risco?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ontem (14) que o A situação atual da mpox foi mais uma vez tratada por especialistas como uma emergência global de saúde pública. O nível de alerta mais elevado para o surto da doença foi declarado pela última vez em julho de 2022.

Anteriormente conhecida como varíola dos macacos, a doença voltou a causar preocupação após o surgimento de uma nova variante que se está a espalhar rapidamente pelo continente africano. A República Democrática do Congo (RDC) foi o país mais afectado.

“Hoje, o Comité de Emergência reuniu-se e informou-me que, na sua opinião, a situação constitui uma emergência de saúde pública de preocupação internacional. Aceitei esse conselho”-@DrTedros #mpox pic.twitter.com/MHx2caxAhd

— Organização Mundial da Saúde (OMS) (@OMS) 14 de agosto de 2024

Dados do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) indicam 14 mil casos registados na RDC em 2024, com 450 mortes. Outros 13 países africanos notificaram pelo menos mais 3.000 casos no total, com 50 mortes, enquanto o surto é considerado como tendo um “baixo nível de transmissão” noutros continentes, segundo a OMS.

“Hoje, o Comité de Emergência reuniu-se e informou-me que, na sua opinião, a situação constitui uma emergência de saúde pública de interesse internacional”, declarou o diretor geral da organização, Tedros Adhanom. Disse ainda que a entidade está prestando apoio às nações mais afetadas, ajudando a prevenir a transmissão do mpox e a tratar os pacientes.

Há riscos para o Brasil?

Embora a nova variante do vírus mpox (clado lb) seja mais fácil de transmitir e mais mortal, o Ministério da Saúde avalia que o risco para o Brasil é baixono momentocomo destacou o g1. Este ano, o país registou 709 casos e nenhuma morte, tendo a última morte ocorrido em 2023 e não relacionada com a estirpe que causou o surto em África.

Causada pelo vírus mpox (MPXV), a doença infecciosa se espalha facilmente pelo contato próximo com pessoas infectadas, incluindo beijo, toque ou sexo, e através de roupas e objetos contaminados com fluidos e secreções corporais. Erupção cutânea dolorosa, febre, dores de cabeça, dores musculares e nas costas e aumento dos gânglios linfáticos são alguns dos sintomas.

Detectado pela primeira vez em humanos na década de 1970, mpox pode ser prevenida com cuidados simples de higienecomo lavar as mãos com água e sabão e evitar contato com pessoas infectadas ou com suspeita de diagnóstico positivo. A vacina é outra forma de prevenção, mas a imunização tem sido priorizada para grupos específicos.