Por Carolina Cabral.
A jornada única em compras é uma tendência que está se consolidando e, em pouco tempo, será uma realidade na maioria das organizações. Não há para onde fugir: a tecnologia caminha no sentido de desburocratizar os processos e atender às expectativas de todos os públicos — internos e externos.
Em breve teremos novos cenários quanto à utilização do e-procurement.
Na parte de criação do documento veremos diversas solicitações (de propostas, orçamentos, etc.) sendo geradas automaticamente com base nos requisitos técnicos e na política de compras de cada empresa. Assistentes de IA estarão prontos para esclarecer todos os processos e políticas referentes a aquisições e compras, além de facilitar buscas por processos específicos e fornecer o status de cada um por meio de uma simples conversa por chat. Aliás, na Nimbi já implementamos o chatbot com impacto significativo: 76% das dúvidas foram respondidas diretamente por esse canal, com respostas mais assertivas.
As vantagens da jornada única são inúmeras e, no caso dos aprovadores, observamos que o compliance é uma das principais. Todos os processos ligados à validação de compras ficam muito mais consistentes em todas as etapas, desde o cadastro do fornecedor até o mapa de comparação de cotações. São etapas fundamentais que exigem cautela e visibilidade, pois definem se o fornecedor é adequado para sua empresa, inclusive considerando seu comportamento em uma cotação — além de aprovação e avaliação de riscos.
Com a jornada única, a visibilidade de todos os processos de aprovação fica muito mais clara e concisa, o que garante muito mais praticidade e segurança ao aprovador.
Por exemplo: durante a fase de homologação é necessário realizar uma série de pesquisas sobre o fornecedor para saber se ele atende aos pré-requisitos esperados pela empresa contratante. Nesta fase, a empresa deve ter muito cuidado ao verificar os documentos, certificações do fornecedor e verificar os riscos a que está exposto (financeiro, ambiental, jurídico). A partir desta base é possível negociar de forma estruturada, sabendo equilibrar qualidade e custos.
A expectativa é que uma jornada única permita às empresas total controle e segurança dessas informações, com fluxos muito mais fluidos e ágeis, o que inclui também a tomada de decisões.
Isso porque o mapa de equalização das cotações recebidas será facilitado com tanta inteligência tecnológica envolvida; as análises tornar-se-ão mais abrangentes e, ao mesmo tempo, mais práticas; Portanto, selecionar um fornecedor e justificar essa escolha será uma tarefa simples, descomplicada e totalmente baseada em dados concretos.
Há alguns anos, essa realidade seria impensável: ter uma plataforma que orquestrasse todas as demandas que passavam pela área de Compras. Mas isso já é real.
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*Carolina Cabral tem mais de 15 anos de carreira em Compras, é CEO da Nimbi, mãe de Gustavo e esposa de Patrícia
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