TecMundo e #AstroMiniBR, semanalmente, reúnem as melhores curiosidades astronômicas produzidas por colaboradores perfil no X para compartilhar com vocês um pouco mais do fantástico universo da astronomia. Confira abaixo!
#1: Um observatório astronômico em Minas Gerais
O Observatório Pico dos Dias (OPD), localizado em Brazópolis, Minas Gerais, é o maior observatório astronômico profissional do Brasil e um dos principais da América Latina. Operado pelo Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA), o OPD desempenha um papel crucial em diversas pesquisas astronômicas.
Entre os instrumentos de destaque está o telescópio Perkin-Elmer de 1,60 metros (na imagem acima), o maior do observatório. Este telescópio é utilizado em observações que vão desde o estudo de estrelas e planetas até a análise de galáxias distantes. Com sua capacidade de capturar detalhes impressionantes do céu, a Perkin-Elmer tem sido uma ferramenta essencial para a astrofísica brasileira, permitindo aos cientistas realizar pesquisas fundamentais para o desenvolvimento científico nacional e internacional.
Se você tem interesse em visitar o OPD e observar as maravilhas do cosmos, saiba que o observatório oferece visitas em dias abertos ao público. Estas visitas são uma oportunidade única para explorar as instalações, conhecer as pesquisas que estão sendo realizadas e, claro, observar o céu através dos telescópios do observatório, incluindo o Perkin-Elmer, quando disponível. As visitas ocorrem geralmente em datas específicas, publicadas no site do LNA, sendo necessária marcação prévia.
Para além da experiência científica, uma visita ao OPD proporciona uma ligação direta com o fascinante mundo da astronomia, num local onde a ciência e a beleza da natureza se encontram!
#2: O lado não tão escuro da Lua
O “lado oculto” da Lua, muitas vezes erroneamente chamado de “lado escuro”, é a face da Lua que nunca é visível da Terra devido ao fenômeno conhecido como rotação síncrona. A Lua leva o mesmo tempo para girar em torno de seu eixo e para completar uma órbita ao redor da Terra, cerca de 27,3 dias.
Como resultado, vemos sempre o mesmo lado da Lua, enquanto o outro lado permanece oculto aos observadores terrestres. O interesse científico por este lado oculto é enorme, pois apresenta características geológicas diferentes, como crosta mais espessa e maior número de crateras, em comparação com o lado voltado para a Terra.
Explorações espaciais como a missão chinesa Chang’e 4 têm sido cruciais para revelar os segredos do outro lado da Lua: em 2019, a Chang’e 4 fez a primeira aterragem suave neste lado, abrindo uma nova era na exploração lunar. A missão trouxe descobertas importantes, como informações sobre a composição do solo lunar e a presença de minerais que não são tão abundantes no lado visível.
#3: Encontrando moléculas exóticas em galáxias distantes!
A detecção de moléculas em galáxias distantes é um processo complexo que envolve a observação de sinais fracos vindos de regiões muito distantes do Universo. Os astrónomos utilizam telescópios e radiotelescópios avançados, como o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), para capturar emissões de radiação específicas em comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos.
Estas emissões são características de certas moléculas, permitindo aos cientistas identificar a sua presença em nuvens de gás interestelares, mesmo a milhares de milhões de anos-luz de distância. A análise espectroscópica de emissão ajuda a distinguir diferentes moléculas com base em suas assinaturas espectrais únicas, revelando insights sobre a composição química das galáxias e o ambiente cósmico em que essas moléculas se formam.
Entre as moléculas detectadas, algumas podem se assemelhar às substâncias que compõem a gasolina na Terra, como os hidrocarbonetos complexos. Por exemplo, moléculas como o benzeno e outros compostos aromáticos foram identificadas em nuvens de gás interestelar em regiões de formação estelar em galáxias distantes.
Esses compostos são importantes porque são precursores de moléculas orgânicas mais complexas, essenciais para a formação de planetas e, potencialmente, de vida.
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