Uma equipa de investigadores norte-americanos divulgou recentemente os primeiros resultados da análise de amostras recolhidas no asteroide Bennu pela missão OSIRIS-ReX da NASA. Trazidos à Terra em setembro de 2023, os 120g do regolito carbonáceo original revelaram que o objeto espacial pode ter vindo de um mundo oceânico primitivo.
Um estudo publicado recentemente na revista Meteoritics & Planetary Science revelou as primeiras descobertas e também algumas surpresas. Entre as partículas predominantemente escuras do material analisado, variando em tamanho desde poeira submícron até fragmentos de 3,5 cm, havia algumas partículas mais claras de material brilhante, que formaram veios e crostas.
A surpresa foi a descoberta de fosfato de magnésio-sódio não detectado anteriormente pelos sensores da sonda espacial. A presença destes minerais, geralmente formados em ambientes aquosos, sugere que “o asteróide pode ter se separado de um mundo oceânico minúsculo, primitivo e há muito desaparecido”diz o estudo.
Por que o asteroide Bennu foi selecionado?
A cápsula selada com as amostras de Bennu, lançada pela OSIRIS-ReX para a Terra.Fonte: Imagens Getty
Um asteróide com aproximadamente 500 m de diâmetro, cuja órbita cruza a da Terra (e é, portanto, potencialmente perigoso), Bennu foi escolhido como alvo do OSIRIS-ReX principalmente porque observações telescópicas sugeriram uma composição carbonácea primitiva e minerais contendo água. Em outras palavras, sinais de moléculas precursoras da vida.
Segundo o analista de amostras Nick Timms, professor da Curtin University, na Austrália, o grande diferencial desse método de coleta é que, diferentemente da análise de meteoritos que caíram na Terra, O material coletado diretamente de Bennu foi mantido em suas condições originais, ou seja, não contaminado pela atmosfera ou biosfera terrestre.
Em comunicado à imprensa, Timms garantiu que as análises colocam “Bennu entre os materiais quimicamente mais primitivos conhecidos, com composição semelhante à superfície visível do Sol”. Esta é uma evidência de que o asteroide preserva materiais primordiais que, ao contrário dos planetas, datam da composição inicial do Sistema Solar, há 4,5 mil milhões de anos.
Mais descobertas sobre Bennu
Amostras de Bennu no recipiente científico.Fonte: Dante Lauretta
Além da presença inesperada de fosfatos ricos em magnésio e sódio, alguns minerais também foram detectados entre as amostras que ajudaram a “pintar um quadro da evolução de Bennu e também oferecer insights sobre o início do Sistema Solar e como seus diferentes corpos planetários foram criado”, explicou Timms.
Análises mais aprofundadas podem oferecer uma melhor compreensão do nosso sistema planetário. Mas a abordagem pode ir ainda mais longe, pois a amostra também revelou a presença de grãos pré-solares, ou seja, elementos condensados de gases interestelares antes da formação do Sol e dos planetas.
Finalmente, também podem ser mencionadas algumas implicações práticas para a análise da composição dos asteróides, como detectar áreas potenciais para exploração mineral no espaço. Sem contar que conhecer a constituição de rochas espaciais potencialmente perigosas pode ser útil em ameaças de colisão com a Terra.
Mantenha-se atualizado com os últimos estudos astronômicos aqui no TecMundo e não esqueça de compartilhar o artigo com seus amigos nas redes sociais. Até tarde!
empréstimo consignado descontado em folha de pagamento
zap empréstimo
simular empréstimo fgts bradesco
empréstimo auxílio brasil 2023
limite para empréstimo consignado
nova margem consignavel
empréstimo em belo horizonte