A história de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte foi redescoberta pelos jovens da Geração Z (e eles estão adorando). Venha e entenda! ‘Sex and the City’: como a série gera identificação por meio da moda e do comportamento? “Sex and the City” teve seu último episódio exibido em fevereiro de 2004, ou seja, há mais de 20 anos. Portanto, algumas pessoas consideradas Geração Z (aquelas nascidas entre 1995 e 2010) não conseguiram fazer parte do fenômeno comportamental e fashionista da série. Mas isso não significa que a história de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte tenha sido esquecida. Muito pelo contrário. Sex and the City Getty Images/Richard Corkery/NY Daily News Archive Depois que a série voltou aos serviços de streaming, a produção voltou a fazer parte da conversa, gerando debates, reflexões e, claro, críticas também. Paula Jacob, pesquisadora de cinema e literatura especializada em Semiótica Psicanalítica, explica por que “Sex and The City” permanece tão atual e relevante 20 anos após seu término. Reprodução de ‘Sex and the City’ “É uma das séries mais perturbadoras e atemporais, que trata exclusivamente da vida de quatro mulheres. Fala abertamente sobre assuntos muito importantes no ciclo da amizade feminina, fala sobre trabalho, dinheiro, aborto, sexualidade, amizades tóxicas, descobertas ao longo da vida, maturidade… Enfim, todos esses pratinhos que as mulheres precisam segurar.” “Sex and the City” estreou em 1998, numa altura em que as redes sociais não existiam e as tendências de moda e comportamento eram ditadas, quase exclusivamente, pela televisão. Na época, a série se destacava por ter uma protagonista super fashion e retratar o cotidiano de quatro mulheres em busca do amor, do sucesso na carreira, da família… As quatro protagonistas de ‘Sex and the City’ Getty Images Mas por que isso nova geração de telespectadores que se identifica tanto com a série? Segundo a comunicadora de moda Mari Gallo, em 2024, é a vez da geração Z lidar com as questões que a série aborda: “É a geração dos 20 e poucos, quase 30. Eles estão chegando agora àquela fase da vida em que, na verdade, , enfrentamos conflitos por ser solteiro, casado, ter ou não ter filhos, seguir carreira ou não “É uma série muito inteligente, que usa a moda para fisgar, mas fala de temas que ainda hoje são relevantes. Pode-se dizer que foram as primeiras influenciadoras”, diz Mari. Paula destaca que as mulheres, principalmente aquelas em relacionamentos heteroafetivos, podem se identificar com a série em outro nível: “A vivência desses encontros são experiências que as mulheres têm até hoje. Saia com um homem que fantasma, o homem que trai, o homem que não aceita que você ganhe mais que ele. Enfim, são temas que continuam circulando nas conversas das pessoas na vida real.” Os quatro protagonistas de ‘Sex and the City’ Reprodução A jornalista Taís Brito, 29 anos, mora em São Paulo e começou a série por indicação de um amigo : “Tenho quase 30 anos e comecei a me identificar com tudo, principalmente com a questão dos relacionamentos, da vida sozinha na cidade grande e uma coisa que a série realmente destaca é o quanto as amizades são importantes para nós, mais do que um relacionamento amoroso.” “No final das contas, o que temos são nossos amigos. Eles são a família que escolhemos, acho isso muito bonito. Eles deixam claro que quem está conosco nos piores momentos são nossos amigos.” Os quatro protagonistas de ‘Sex and the City’ Reprodução Ainda assim, Mari garante que esta geração tem um olhar mais “crítico” sobre os personagens e seus comportamentos estereotipados: “O consumismo de Carrie, sua arrogância e o fato de ela perseguir homens como Mr. Big também são vistos como questões tóxicas. “Carrie acaba sendo motivo de discórdia. Ela é muito mais criticada do que admirada”, destaca Mari. “Como é que a Carrie está falida financeiramente, mas consegue comprar uns sapatos caríssimos? Tem um episódio em que ela está quase perdendo o apartamento e percebe que gastou muito com sapatos”, questiona Taís, rindo. Cena da série ‘Sex and the City’ Reprodução Paula defende a complexidade da personagem e destaca que ninguém consegue ser 100% perfeito o tempo todo: “Não podemos gostar de tudo, de todos os personagens que assistimos o tempo todo, porque caso contrário, você também elimina a complexidade das pessoas.” “Você olha para Carrie e diz: ‘Meu Deus, amiga, em que buraco você está se metendo?’. Mas é disso que se trata a arte, é perturbar também.” Assim como Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte também carregam suas bagagens ao longo da série. E Paula ressalta que isso se perdeu nas produções modernas, que apostam cada vez mais em personagens clichês e pasteurizados: “Sex and the City é uma série muito atemporal também por causa disso, pelas camadas de complexidade desses personagens. não é como querer que Carrie seja perfeita. Ela é perfeita precisamente porque é imperfeita. Cena da série ‘Sex and the City’ Reprodução da moda em “Sex and the City” é quase um personagem à parte e serve como ferramenta para representar cada um dos personagens dentro de suas tramas: “Os looks ajudam a entender o comportamento de cada personagem e cada situação que ele passa”, diz Mari. Patrícia Field é a figurinista responsável por criar essa atmosfera e seu trabalho foi tão bem executado que marcas renomadas, como Dior e Fendi, passaram a enviar suas peças exclusivamente para uso em série. Um feito inédito na TV, até então. “Patrícia é um gênio. Ela consegue traçar a personalidade de cada personagem usando apenas roupas, de forma muito intuitiva, natural e despretensiosa”, destaca Paula. Cena da série ‘Sex and the City’ Reprodução Taís, por exemplo, destaca que o aspecto visual que mais chamou sua atenção na série foi a moda: “Vejo quantos looks usados na série são atemporais. muitos looks que eu vejo e falo: ‘Eu visto isso, tenho roupas parecidas com essas’.” Mas quais são as características de moda de cada personagem? Paula define: Carrie é a fashionista, trendsetter do grupo: “Por mais que todos amem moda, é ela quem trabalha com isso, quem escreve textos para a ‘Vogue’, é ela quem vai estar naquele lugar no passarela. É natural, faz parte da personalidade dela.” Samantha é um luxo empoderado e sexy: “ela é uma mulher de muito sucesso e tem dentro de si essa coisa de sensualidade muito forte. Ela usa decotes generosos, fendas, sempre tem um pouco de pele aparecendo ali”. Miranda tem um estilo workaholic chique: “Ela tem os melhores ternos de toda a série. É uma advogada que gosta de moda, que não cai muito nessa estética executiva”. Charlotte tem um toque romântico, usando muitos vestidos: “ela sempre usa roupas consideradas mais tradicionais em um contexto norte-americano de gente muito rica. Ela tem uma herança preppy nas roupas que usa”. “A moda sempre surgirá como forma de protesto e forma de representação de discussões. Todas as discussões universais sobre o empoderamento feminino influenciam a moda.”, destaca Mari. Reproduções mais lidas de ‘Sex and the City’
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