Um integrante do programa é indígena da etnia Kariri-Xocó/Fulni-ô e mora em uma aldeia às margens do rio São Francisco. Heloísa Araújo e Ramalho são participantes do Estrela da Casa “A música é o lugar onde posso unir meus dois mundos”. Aos 23 anos, Heloísa Araújo tem uma certeza na vida: desde que entenda as pessoas, saberá qual é o seu destino: cantar. Seja na aldeia onde vive, seja no “mundo branco”, como ela diz. Quem apresentou a chamada do participante foi Simone Mendes. Ela dá play no vídeo acima e entende! Indígena da etnia Kariri-Xodó/Fulni-ô, ela mora em uma reserva localizada no interior de Alagoas, às margens do rio São Francisco. Ao contrário do que se pensa, as residências ali são de alvenaria e, se não fossem as portas que indicam a aldeia, qualquer um diria que se trata de uma típica vila ribeirinha. “A população da cidade pensa que vivemos num buraco e que não temos o direito de usufruir dos benefícios da tecnologia. Não é todo mundo, mas ainda é a maioria”, disse a jovem, que sofreu muito bullying na escola por causa da origem: “Eles zombavam da gente porque éramos muito humildes e tínhamos uma cultura diferente. Hoje esse cenário mudou, mas sempre há uma expressão de surpresa quando digo que moro em uma aldeia, mas tenho celular”. O aparelho, na verdade, é sua ferramenta de trabalho. Seja para divulgar seu trabalho como artesão ou como cantor: “Atualmente não consigo viver da música. Faço artesanato para vendas online. Mas sempre posto vídeos meus cantando.” Foi assim que recebeu o convite para cantar canções indígenas na Dinamarca. Heloísa Araújo, da Estrela da Casa, tem 23 anos, é artesã e mora em Alagoas Globo Heloísa cresceu em um ambiente onde a música tem papel central no dia a dia: “Em casa todo mundo é muito musical”. Aos seis anos, chamou a atenção da mãe – que já foi vocalista de uma banda de forró local, ao mostrar seu dom: “Desde pequeno me dediquei à música e queria mostrar para minha mãe que eu poderia cantar. Quando finalmente tive a oportunidade de me apresentar no ensaio da banda dela, a reação das pessoas me fez perceber que eu tinha talento”, lembra ele. Fã de Marília Mendonça, ela explica que a influência da música sertaneja surgiu organicamente pela semelhança com as tradições locais do canto em dupla, conhecido como “rojão”: “É um ritmo que combina muito com o nosso jeito de cantar e, por isso, acabou se tornando uma grande paixão. Lá costumamos cantar em dupla.” Em sintonia, Heloísa afirma viver numa profunda dualidade cultural. A alagoana, que já tentou entrar no BBB e é viciada em dramas, se desconecta do mundo cerca de três dias, duas vezes por mês, por causa de um ritual chamado Ouricuri, uma das tradições de seu povo que se mantém há gerações. O encontro acontece em uma aldeia mais afastada da cidade onde está preservada a origem do Kariri Chocó/Fulni-ô. “É um lugar sagrado para nós. Não podemos levar celular, beber álcool, nem namorar com três dias de antecedência. para nos reconectarmos com nossas origens e mantermos nossa cultura viva. Nunca devemos esquecer quem somos.” O maior desafio dela é conseguir conciliar essas duas realidades: os shows da mulher indígena e da cantora de sucesso estão lotados, sempre vou me organizar para passar um tempo na aldeia e participar dos meus rituais. Sentimos falta quando estamos fora”. admite a participante, que explica o que pode levá-la a sério no confinamento: “Estou muito estressada e não tenho vergonha do meu lado feirante”. Curiosa, Heloísa acredita, porém, que sua inocência e jeito fácil de viver podem compensar a falta de paciência em casa: “Por causa dessa curiosidade, faço amizade rapidamente com as pessoas” Com o prêmio Estrela da Casa, ela pretende investir em sua carreira e comprar uma casa na reserva onde mora: “Vou para o mundo, mas ciente de que meu mundo real está aí”. Ler
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