Quando falamos em vinícolas, a primeira imagem que vem à cabeça é a de grandes propriedades rurais com seus vinhedos. Mas isso mudou recentemente no Brasil com o conceito de Vinícola Urbana, em que a produção de vinho é realizada em estabelecimentos dentro das cidades, aproximando ainda mais os produtores dos clientes.
Em São Paulo, esse tipo de estabelecimento também começou a chamar a atenção. No ano passado, foram inauguradas a Alma Gêmea, na Vila Sônia, e a Vinícola Urbana, em Pinheiros.
Existe uma vinha no meio da cidade com um metro quadrado tão valorizado?
Não. Na Vinícola Urbana, por exemplo, eles têm uma plantação de uva própria em Cunha, cidade localizada entre a Serra do Mar e a Serra da Bocaina. Além disso, as uvas também chegam de regiões completamente opostas do Brasil: de Petrolina, em Pernambuco, e de cidades do Rio Grande do Sul.
Segundo o proprietário Daniel Colli, essa variedade de matéria-prima é um dos pontos fortes desse modelo de negócio.
A equipe da Vinícola Urbana, em Pinheiros, disse que as frutas chegam intactas porque viajam em caminhão refrigerado e em caixas que as protegem de impactos.
Esta vinícola também funciona como wine bar, aberto de quarta a sábado, e os visitantes que solicitarem podem visitar a parte da propriedade que concentra os cilindros e barris.
As vinícolas urbanas estão intimamente associadas a propriedades que surgiram na década de 1980 na Califórnia e posteriormente em outras capitais como Londres e Paris.
Mas em São Paulo, em 1987, foi inaugurada a pioneira Vinícola Lucano, na Penha, que até hoje recebe clientes em um imóvel de fachada discreta na Rua Mirandinha. Um negócio que surgiu da paixão de Rocco Lence.
O físico deixou a profissão docente para se dedicar à produção de vinho. Ele argumenta que os vinhos também deveriam ser uma bebida popular. No Lucano as garrafas custam de 25 reais a até 120 reais.
Diferentemente da Vinícola Urbana de Pinheiros, a esmagamento e fermentação das uvas é feita no Rio Grande do Sul. O novo vinho chega para ser envelhecido e engarrafado, conforme explica o proprietário.
Conversando com Rocco, ele relembra uma história interessante sobre a cidade: as primeiras plantações de uva no Brasil foram no Tatuapé. Os portugueses, assim que chegaram à região, trouxeram uvas nos anos 1500. Em 1920, o bairro ficou ainda mais conhecido por essa vocação com os negócios do italiano Benedetto Marengo.
Com o desenvolvimento da cidade, os vinhedos acabaram e os nomes das ruas permaneceram na região como lembrança daquela época. Será que São Paulo retomará essa tradição com a volta das vinícolas, agora urbanas?
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