VÍDEO: Na fronteira do Acre com o Peru, seca extrema possibilita atravessar rio a pé

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Mais de 4 mil moradores de Assis Brasil sofrem com a seca dos rios Acre e Iaco. A Prefeitura declarou situação de emergência nesta segunda-feira (19). Com o rio praticamente seco, o coordenador da Defesa Civil caminha a pé em plena nascente. Com mais de 4 mil moradores afetados pela seca dos rios Acre e Iaco, a cidade de Assis Brasil, que faz fronteira com o Peru, declarou estado de emergência nesta segunda-feira. justo (19). O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE). Em vídeo, o coordenador da Defesa Civil do município, Jonata Albuquerque, mostra que já é possível atravessar a nascente a pé. Entre no canal g1 AC no WhatsApp “Essa é a condição do Rio Acre, estou andando nele, mal cobre meu tornozelo. Tem partes muito secas que cobrem basicamente o pé, formando todas as partes do nosso rio. É intransitável de Assis Brasil até as cabeceiras, podemos navegá-lo”, detalha. Segundo a Defesa Civil Municipal, o Rio Acre banha a zona urbana da cidade e o Rio Iaco a zona rural, na outra extremidade. Albuquerque, explicou que não existem dados oficiais sobre a medição dos mananciais devido a problemas de leitura. “As medições que temos não são reais porque medem na região da ponte, que é baseada na distância da enchente. Porém, hoje o rio está assoreamento, seu leito está cheio, então, automaticamente, essa linha métrica passa a ser comprometido”, destacou. Outro vídeo feito pelo coordenador na Ponte da Integração, que liga o lado brasileiro ao lado peruano, revela um cenário preocupante com o manancial praticamente seco. “Basicamente sem condições de trânsito, não há água para transitar, completamente seco. A parte mais profunda não tem um metro de largura”, afirma o sargento no vídeo. Assis Brasil, no interior do Acre, declara situação de emergência devido à seca No início do ano, o rio Acre, em Assis Brasil, atingiu 13,36 metros e a enchente afetou mais de 3,5 mil moradores de áreas urbanas e rurais. A cidade chegou a ficar isolada por terra devido ao fechamento da Ponte Metálica José Augusto, que liga Brasiléia a Epitaciolândia e dá acesso a Assis Brasil pela BR-364. “Foi a segunda maior enchente em Assis Brasil [este ano]perdendo apenas para a enchente de 2012. As mesmas pessoas que sofreram com as cheias sofrem agora com a seca. Além dos ribeirinhos, a seca atinge também os produtores rurais”, lamentou. Mais de 4 mil afetados. Segundo o coordenador, a seca atinge moradores da zona urbana e indígenas e ribeirinhos da zona rural, mas o pior cenário está no áreas rurais, que são banhadas pelo Rio Iaco Ele destacou que é quase impossível navegar até algumas aldeias mais distantes “O pessoal do ICMBio até interrompeu alguns serviços que realizam periodicamente porque não tem mais como navegar”, disse. disse que as equipes estão preparando o plano de ação de trabalho para poder solicitar recursos ao governo federal, comprar cestas básicas e distribuí-las nas áreas rurais. O planejamento também inclui a distribuição de água potável em caminhões-pipa. metade da nossa população afetada. Temos 8,1 mil pessoas em Assis Brasil, porém, hoje atendemos mais de 10 mil pessoas porque grande parte dos moradores do Rio Iaco, que estão geograficamente em Sena Madureira, são atendidos por nós”, ressaltou. em Assis Brasil está praticamente seco Arquivo/Defesa Civil de Assis Brasil LEIA TAMBÉM: Após fechar passarela, Defesa Civil fecha parte do calçadão do Mercado Velho em Rio Branco Com rio abaixo de 1 metro, barco com equipe da Luz para Todos programa encalha no interior do Acre Depois de passar por enchente, Xapuri, no interior do Acre, enfrenta a segunda maior seca da história Quais efeitos o El Niño trouxe e o que esperar do La Niña nos próximos meses O número de cidades do Acre em situação de emergência devido à seca extrema sobe para sete dificuldades de navegação, o sargento afirmou ainda que ribeirinhos e indígenas não têm condições de sair de suas comunidades e ir para a zona urbana arrecadar benefícios e fazer compras. “Eles não têm como se locomover porque o rio não permite. O segundo problema é que as plantações, como mandioca, banana, entre outras, são prejudicadas pela seca. O poder público entra nessa parte”, concluiu. . Rio Acre em Assis Brasil, divisa com Peru Arquivo/Defesa Civil de Assis Brasil Emergência no Acre No dia 16, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) reconheceu situação de emergência em todos os 22 municípios do Acre devido à forte seca. Além de Rio Branco, que já estava nessa condição desde 24 de julho, o ministério publicou portaria anunciando outras 21 cidades. e assinado pelo secretário nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff Barreiros. Segundo o governo federal, o reconhecimento permite a solicitação de recursos para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, entre outras. O Acre está em alerta máximo por causa da estiagem, agravada pela falta de chuvas na região. Esta situação generalizada já dura pelo menos um mês. No dia 11 de junho, o Acre declarou situação de emergência devido à seca. emergência ambiental devido à redução da quantidade de chuvas e dos riscos de incêndios florestais. Duas semanas depois, foi criado um gabinete de crise para discutir e tomar medidas adequadas para reduzir as chuvas e os cursos de água, bem como o risco de incêndios florestais. O decreto que cria esse grupo foi publicado no dia 26 de junho, em edição do Diário Oficial do Estado (DOE), e vigora até 31 de dezembro deste ano. No ano passado, o decreto de emergência foi publicado em outubro. O coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista, disse que o plano de contingência estadual já foi elaborado. Reveja os noticiários do Acre



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