Veja quais são os bairros na Zona Sul do Rio com mais casos de roubo de celulares e a pedestres

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Botafogo, Flamengo, Laranjeiras, Catete e Gávea, tiveram aumento de ocorrências nos primeiros sete meses do ano. Copacabana e Ipanema apresentaram queda na Rua Bartolomeu Portela, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Noite do dia 19. Três pessoas caminham em direção a um prédio quando dois homens em motocicletas se aproximam. Ao perceberem o perigo, as vítimas tentam abrir o portão do prédio, mas são dominadas por um dos bandidos. Todos são obrigados a entregar seus celulares. Antes de fugir, um dos assaltantes ainda exige a senha de um dos telefones. Não foi um crime isolado. Segundo estatísticas do Instituto de Segurança Pública (ISP), nos primeiros sete meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, os índices de roubo de celulares e pedestres dispararam nas áreas do 10º DP (Botafogo), do 15º DP( Gávea) e o 9º DP (Catete). Maior aumento em Botafogo Coronel reformado da PM e antropólogo do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, Robson Rodrigues destacou que o roubo de celulares é o principal crime cometido entre os chamados assaltos de rua. Segundo o especialista, observa-se um retorno aos índices registrados antes da pandemia de Covid-19. — O indicador estratégico roubos de rua inclui roubos de celulares, de transeuntes e em coletivos. E o roubo de celulares tem aumentado em todo o estado, principalmente nas regiões mais ricas, onde a oferta desse tipo de tecnologia é maior, como é o caso da Zona Sul do Rio. Historicamente, Flamengo e Botafogo, na área do 2º BPM, são os mais atingidos por assaltos nas ruas da região. Principalmente Botafogo, porque é um bairro de trânsito”, disse o antropólogo. Info Arte Na área de responsabilidade da delegacia de Botafogo, que também inclui os bairros de Humaitá e Urca, os roubos de celulares saltaram 94% de julho para janeiro deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. Quanto aos roubos contra transeuntes aumentou 64%. Segundo Regina Chiaradia, presidente da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo (Amab), os assaltos no bairro tendem a acontecer mais em ruas arborizadas e à noite. Ela sugeriu que o policiamento de bairro tenha mais policiais em motocicletas, já que os assaltantes utilizam esse tipo de veículo. — Colocar uma força policial maior em motocicletas e policiais com base em possíveis rotas de fuga poderia ajudar. Os furtos acontecem mais em ruas como Dona Mariana, Eduardo Guinle e Ministro Raul Fernandes, que são mais arborizadas — disse o líder comunitário. Nos bairros vizinhos, como Catete, Laranjeiras, Flamengo e Glória, também foi mais perigoso andar nas ruas nos primeiros sete meses deste ano. A delegacia da região, a 9ª DP (Catete), registrou 297 furtos de celulares (aumento de 38% em relação ao mesmo período de 2023) e 1.121 furtos (aumento de 10,9%). O número de assaltos a pedestres também aumentou: de 341 para 526, 54% a mais. Ontem, a Polícia Militar trocou o comando do 2º BPM (Botafogo). Ainda na Zona Sul, na região do 15º DP (Gávea), os roubos de celulares aumentaram 152,8% de janeiro a julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. Foram feitos 134 registros na delegacia em 2024 , em comparação com 53 nos primeiros sete meses do ano passado. Os roubos de transeuntes também aumentaram. O aumento foi de 46,3% em relação ao mesmo resultado acumulado. Rocinha quase sem assaltos Em outras áreas da Zona Sul, houve altos e baixos. O 14º DP (Leblon) registrou aumento no número de furtos de celulares (16%), em relação aos períodos citados anteriormente. Os roubos contra transeuntes caíram 24%. Na área do 12º DP (Copacabana), patrulhada pelo 19º BPM (Copacabana), houve queda nos furtos de celulares (menos 34%) e nos assaltos a pedestres (menos 24%). A mesma tendência ocorreu na região de abrangência do 13º DP (Ipanema), com 19% menos roubos de celulares e queda de 3% nos casos de roubos contra transeuntes. O 11º DP (Rocinha) registrou números baixos e sem aumentos. Procurada, a Polícia Militar disse que os dados estão sendo estudados para “reajustar as estratégias necessárias para melhorar os indicadores”.



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