Confira as principais declarações do candidato do PL a prefeito do Rio O candidato do PL a prefeito do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, foi entrevistado pelo programa “Central das Eleições”, da GloboNews, nesta terça-feira. Foram convidados os candidatos que tivessem pelo menos 5% de intenção de voto e que estivessem entre os cinco primeiros colocados na última pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta. Rio: veja o que é #FACT ou #FAKE na entrevista de Tarcísio Motta para a GloboNews São Paulo: veja o que é #FACT ou #FAKE na entrevista de Ricardo Nunes para a GloboNews Mais SP: veja o que é #FACT ou #FAKE na entrevista de Pablo Marçal para GloboNews A ordem das entrevistas foi definida em sorteio realizado na sexta-feira com a presença de representantes partidários. O candidato do PSOL, Tarcísio Motta, foi o primeiro a ser questionado: confira aqui o que é #FACT ou #FAKE em sua entrevista. Na quarta, a entrevista será com Eduardo Paes (PSD), candidato à reeleição. A equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de Alexandre Ramagem. Leia abaixo: “Na esfera federal, constatou-se que houve redução orçamentária [para segurança pública].” Selo Falso Selo Falso A afirmação é #FALSA: Veja por quê: De acordo com a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, o orçamento destinado à área de segurança pública gira em torno de R$ 15,4 bilhões, valor superior ao orçamento de 2023, que foi de R$ 13,7 bilhões , e superior ao valor comprometido em 2022, de R$ 12,6 bilhões. A LOA deste ano também indica que houve aumento de recursos para o policiamento: em 2024, o orçamento reservado para a área é de R$ 5 bilhões, enquanto no ano passado foi de R$ 4 bilhões. Em 2022, o valor comprometido com o policiamento foi de R$ 3,3 bilhões. O Fundo Nacional de Segurança Pública, que tem como objetivo apoiar projetos na área, também teve um aumento, ainda que pequeno, segundo a LOA deste ano. Dos R$ 2,25 bilhões destinados ao fundo em 2023, passaram para R$ 2,26 bilhões neste ano. Mesmo assim, o aumento no orçamento do fundo foi maior do que o comprometido em 2022, quando o valor foi de R$ 2 bilhões. “Houve um enorme escândalo de corrupção, houve despesas enormes. Cada uma das quatro rotas do BRT custou R$ 2 bilhões, sendo uma delas R$ 800 milhões.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: Existem quatro corredores BRT no Rio de Janeiro: Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil. As três últimas custaram cerca de R$ 2 bilhões para serem construídas, enquanto a primeira custou R$ 800 milhões. No total, o valor gasto foi de pouco menos de R$ 7 bilhões. Os números foram divulgados pela própria prefeitura e pelo Portal da Transparência, conforme consta na reportagem da época. No corredor inaugurado mais recentemente, o Transbrasil, por exemplo, o investimento para conclusão da obra foi dividido em R$ 1,1 bilhão financiado pela Caixa Econômica, com recursos do FGTS, R$ 97 milhões do BNDES e outros R$ 838 milhões do município em si. Além disso, as obras do BRT também foram marcadas por atrasos e denúncias de corrupção. Em um dos casos, o ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto foi acusado de cobrar propina de 1% nas obras da Transcarioca; Ele foi condenado a mais de 30 anos por corrupção passiva. Quanto aos atrasos na abertura dos corredores, a Transbrasil só começou a operar em fevereiro deste ano, 7 anos após o prazo inicial. A Transcarioca também demorou para decolar. Previsto para ser entregue em maio de 2023, o corredor só ficou pronto em junho de 2024. “O Favela-Bairro foi abandonado. projeto de urbanismo de Medellín tem características semelhantes às do Rio de Janeiro.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: Criado em 1993, no governo César Maia, o programa Favela-Bairro levou a urbanização a mais de 150 comunidades localizadas na cidade do Rio. Formalmente, o programa terminou em 2008. A partir de 2010, foi lançado o Morar Carioca, programa de reurbanização que é considerado uma segunda fase do Favela-Bairro. Considerado inovador, o programa foi apontado pela Organização das Nações Unidas (ONU), no Relatório Cidades Mundiais 2006/07, como exemplo a ser seguido por outros países. O Favela-Bairro também foi escolhido entre os melhores projetos do mundo apresentados na Expo 2000, em Hannover, na Alemanha. “Então, para a Covid, o que vimos? Que a Covid não é fatal para as crianças. Ainda mais crianças de 6 meses a 6 anos. Então, com base em todas essas evidências, e com base nessas evidências, a pessoa pode ter a opção de usar ou não. E não é obrigatório.” Selo Falso Selo Falso A afirmação é #FALSA. Veja por quê: Nota técnica do Ministério da Saúde aponta que, desde o início da pandemia (em março de 2020) até janeiro de 2022, 3.562 crianças e adolescentes cresceram Crianças de até 19 anos morreram por Covid no Brasil, crianças menores de 1 ano foram as maiores vítimas: 1.144 mortes Na faixa etária de 1 a 4 anos, foram 543 mortes por Covid pela Fiocruz, destacou a queda no número de casos. mortes de crianças e adolescentes de até 14 anos por Covid após o início da vacinação Segundo o estudo, foram 326 mortes nas primeiras oito semanas de 2022. No mesmo período de 2023, o número de óbitos caiu para 50. E nas primeiras oito semanas deste ano foram 48 mortes. O estudo citou dados do Ministério da Saúde que mostram que a cobertura vacinal em crianças de 3 a 4 anos foi de 23% para as duas doses e de apenas 7% para o esquema. completar a vacinação com três doses até fevereiro de 2024. Na faixa etária de 5 a 11 anos, 55,9% das crianças receberam duas doses e 12,8% completaram o esquema de três doses. “A baixa cobertura vacinal nesta população pode estar diretamente relacionada à persistência de mortes por COVID-19. Apesar da diminuição observada entre 2022 e 2023, a relativa estabilidade dos números de mortes em 2024 é preocupante, sublinhando a necessidade urgente de esforços concentrados para aumentar a cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, como estratégia fundamental para combater eficazmente a propagação do coronavírus e proteger jovens de formas graves da doença”, finaliza o estudo. Em maio deste ano, o Ministério da Saúde publicou outra nota técnica com posicionamento contrário ao Projeto de Decreto Legislativo que pretendia revogar a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid em crianças de 6 meses a 5 anos. Segundo a nota técnica, “as vacinas contra a Covid-19 estão entre os produtos farmacológicos mais estudados na história recente da humanidade. Além dos ensaios clínicos publicados (fases 1, 2 e 3), vários estudos pós-comercialização (fase 4), incluindo dados de farmacovigilância, comprovaram a segurança da vacinação em crianças e o seu grande e positivo impacto na redução de hospitalizações e mortes. ”. O documento do Ministério da Saúde destaca: “Até o momento, os dados de vigilância não demonstram qualquer aumento significativo de miocardite em crianças menores de 5 anos de idade após vacinação com vacinas de mRNA. É importante destacar também que as chances de desenvolver miocardite são maiores em pessoas que adoecem com Covid-19 em comparação com pessoas vacinadas. Portanto, a vacinação continua a ser a forma mais segura e eficaz de proteger a saúde.” “A Guarda Municipal de São Paulo nasceu armada. A Guarda Municipal do Rio, uma das cidades mais violentas que se conhece no mundo, não pode deixar de estar armada.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: A Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade de São Paulo foi criada em 1986 pelo então prefeito, Jânio Quadros. No artigo 1º da Lei nº 10.115, assinada em 15 de setembro daquele ano, a pessoa jurídica é definida como “fardada e armada”. Segundo a Prefeitura de São Paulo, em maio de 2024 a Guarda Civil Metropolitana contava com 7.039 agentes, que utilizam pistolas como arma funcional. “Chegou 2024, houve uma inundação [no Rio Acari]pessoas perderam suas casas, 20 mil ficaram desabrigadas.” Selo Não É Bem Assim Selo Não é Bem Assim #NOÉBEMASSIM. Veja por quê: Uma enchente que atingiu o rio Acari em janeiro deste ano causou danos (como perda de móveis, eletrodomésticos e documentos) a 20 mil pessoas no bairro de Acari, atravessado pelo rio de mesmo nome. Esse número se refere aos atingidos. Porém, a estimativa de pessoas desabrigadas ou deslocadas na época era de 600 em todos os municípios atingidos. tempestades: Paracambi, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana —metade delas só em Nova Iguaçu “O Rio de Janeiro é a quarta cidade com pior momento. gastamos no trânsito temos um terço dos veículos em relação a São Paulo.” Selo não é bem assim Selo não é bem assim #NÃOÉ ISSO Veja por quê: O último levantamento feito pelo Ministério dos Transportes, atualizado em julho passado, mostra que a capital paulista tem 9.688.975 veículos cadastrados, pouco mais de três vezes. o valor da cidade do Rio, que tem 3.184.115 – o que representa, na verdade, um terço em relação a SP. Porém, uma pesquisa divulgada este mês pela Confederação Nacional do Transporte mostrou que a cidade do Rio tem apenas o sétimo pior número”. tempo diário de viagem”, sendo que um percurso de 10 km é feito em 24 minutos em boas condições de trânsito e em 45 minutos em congestionamentos. Como exemplo, o líder do ranking é Recife, onde um veículo espera, em média, até 58 minutos durante o trânsito. congestionamento e 27 minutos com trânsito fluindo normalmente, a cidade de São Paulo fica em quinto lugar (29 minutos em boas condições de trânsito e 57 minutos em congestionamento “São 77 pontos críticos de declives e deslizamentos, risco). áreas, que têm sido uma área de risco durante uma década. Eles não foram atendidos, os R$ 85 milhões previstos não foram investidos, e isso pode afetar, num estudo da Defesa Civil e do GeoRio, 100 mil pessoas.” selo fato g1 A afirmação é #FACT. Veja por quê: Na cidade do Rio, existem 77 locais com alto risco de deslizamentos que ainda não foram resolvidos. Em dois deles, os relatórios são de 2009 —ou seja, a espera por uma solução já é de 15 anos. Os dados são do relatório do Tribunal de Contas Municipal (TCM), aprovado por unanimidade em 2022. O documento do TCM analisou ações do Instituto Geotécnico Municipal (Geo-Rio) desenvolvidas desde o ano passado. Técnicos afirmam que faltou recursos para programas de contenção, problema que remonta à gestão anterior. A estimativa é que, entre 2018 e 2021, deixaram de ser gastos R$ 83,6 milhões, valor que ajudaria a reduzir os riscos enfrentados por 99.171 pessoas. A equipe do TCM destacou no documento que há riscos, por exemplo, na saída sul do Túnel Rebouças (sentido Centro-Lagoa) e na Rua Maria Luiza Pitanga, na Barra da Tijuca, bem como em quatro pontos da Rocinha, cinco no Vidigal, sete no Complexo do Alemão e nove na Tijuca. “50% [dos alunos] chegar ao início do 3º ano [do Ensino Fundamental] não alfabetizado. Ele [Eduardo Paes] está entregando ao Ensino Fundamental II alunos analfabetos funcionais, que não sabem fazer as quatro operações.” Selo É Não Bem Assim Selo É Não Bem Assim #NOÉBEMASSIM. Veja por quê: Dados do Indicador Criança Alfabetizada, divulgado pelo Instituto Nacional do Departamento de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em junho deste ano, mostram que o percentual de alunos alfabetizados na cidade do Rio de Janeiro era de 56,2% em 2023 – ou seja, 43,8% não são alfabetizados, e não 50%, como afirma o candidato A definição de alfabetização está correta: segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), do Ministério da Educação (MEC), criança alfabetizada é aquela que aprende a ler e escrever no 1º e 2º anos do ensino fundamental. O Ensino Fundamental e, portanto, chega ao 3º ano com esse domínio Os analfabetos funcionais não conseguem interpretar textos e realizar operações matemáticas, apesar de reconhecerem letras e números: Camila Zarur, Giovanna Durães, Luciano Ferreira, Marcelo Gomes,. Mariene. Lino e Marco Antônio Martins.
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