Utilizando HD de computador e outros componentes eletrônicos, estudantes e professores do Sertão de PE desenvolvem luva que pode ajudar pessoas com Parkinson

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O protótipo ganhou diversos prêmios no Estado e é acessível a pessoas de baixa renda. Alunos do Sertão desenvolvem luvas para portadores de Parkinson Uma equipe de alunos e professores da Escola Técnica Estadual Professor Paulo Freire, no município de Carnaíba, no Sertão de Pernambuco, desenvolveu um projeto que vai contribuir com pessoas que sofrem com o Mal de Parkinson. Utilizando componentes eletrônicos como um HD de computador e um Arduino, foi possível desenvolver uma luva chamada GrovETE. Clique aqui para acompanhar o canal do g1 Caruaru e região no WhatsApp Segundo o professor Gustavo Bezerra, que orientava o grupo de alunos, a origem do projeto veio de uma história pessoal, pois ele havia faltado alguns dias na escola para cuidar sua mãe, que sofre da doença de Parkinson. “Fiquei muito preocupado com a situação dela. Visando esse problema que lhes apresentei, os alunos dentre eles propuseram o desenvolvimento de uma ferramenta utilizando robótica para tentar solucionar essa necessidade. Foi então que nasceu a ideia da luva. […] porque a maioria dos sintomas de quem sofre de Parkinson está nas mãos […] Esse é um dos principais inconvenientes da doença”, disse Gustavo. Durante a pesquisa, o grupo se empenhou e chegou ao estágio em que preparou a luva tecnológica, reaproveitando o motor HD do computador, aliado ao Arduino, plataforma de prototipagem eletrônica programável. Com esses componentes foi possível diminuir os tremores causados ​​pela doença neurodegenerativa. Segundo os autores do projeto, outros protótipos semelhantes estão sendo desenvolvidos em grupos de pesquisa ao redor do mundo, mas a preços elevados. O destinado aos estudantes da ETE de Carnaíba, pelos componentes relativamente simples, torna-se viável e acessível para pessoas com Parkinson, custando em média R$ 92. Elaboração do projeto Foi montado um circuito simples utilizando Arduino, ESC e potenciômetro, acoplado a um motor HD de computador reaproveitado. O papel do motor HD na luva seria fornecer a estabilização necessária para reduzir os tremores nas mãos causados ​​pela doença de Parkinson. Este componente é conhecido por sua capacidade de girar em alta velocidade e ter torque suficiente para criar forças estabilizadoras. É essa alta rotação que controlará os movimentos involuntários, contribuindo para a realização de atividades simples do dia a dia. Divulgação do protótipo digital GrovETE Durante os testes iniciais, foi observado que o equipamento impedia a realização de movimentos bruscos. Para pessoas que têm Parkinson, isso se torna positivo. O protótipo físico dos alunos foi dividido em duas partes, sendo a primeira uma luva de ginástica, na qual foi fixada uma estrutura feita com impressora 3D e o motor HD foi fixado com auxílio de parafusos. A outra parte corresponde a uma pinça de celular usada em corridas, onde foram inseridos o Arduino, ESC, baterias e potenciômetro. É fixado no antebraço do paciente, protegendo os componentes eletrônicos. Segundo Gustavo, o projeto ainda não foi testado em portadores da doença e a equipe busca parcerias com universidades para obter aprovação de um comitê de ética. “Esse comitê de ética é formado por vários pesquisadores, alguns da área e outros de áreas afins, que garantem que testar nosso produto não gerará problemas colaterais. […] precisamos ter muito cuidado com isso”, explicou Gustavo. A expectativa é obter aprovação até o final deste ano. Premiações Em 2023, o projeto se destacou em competições e eventos, obtendo o primeiro lugar tanto na QCiência, feira realizada pela do Departamento de Química da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), bem como no Ciência Jovem, promovido pelo Espaço Ciência. Além disso, o projeto foi reconhecido entre os 50 melhores no ranking do Prêmio Solve For Tomorrow, da Samsung This. ano, o projeto participou do Startup Day criado pelo Sebrae e ficou em segundo lugar.



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