Luciana Nascimento explicou que há seis anos busca uma solução para o comportamento agressivo do gato. Ele foi diagnosticado com transtorno de ansiedade e passará por novo tratamento. Guardião do gato Thor está ‘esperançoso’ com novo tratamento para seu comportamento O dono do gato Thor, que a atacou e fez a família ‘se esconder’ dele dentro da própria casa, está esperançoso com o novo tratamento ao qual o animal irá ser submetido após ser diagnosticado com um transtorno de ansiedade. Ao g1, Luciana Nascimento explicou que o felino já foi medicado e destacou que “sempre foi bem tratado” (assista acima). Clique aqui para acompanhar o canal g1 Santos no WhatsApp. Thor tem sete anos e mora em São Vicente (SP) com Luciana, 49, e suas duas filhas, de 22 e 16. Eles disseram que o animal foi adotado quando tinha apenas 10 dias e apresenta comportamento agressivo desde o primeiro ano. A família também tem uma gata de quatro anos, Nina. A gata foi diagnosticada com transtorno de ansiedade pela veterinária Alessandra Gonçalves, especialista em felinos. Após a primeira consulta, recomendou tratamento médico e comportamental, descartando a possibilidade de eutanásia, já recomendada por outros profissionais. Segundo Luciana, a família busca há seis anos uma solução para o comportamento de Thor e, apesar dos ‘ataques’, amam o animal e desejam o melhor para ele. “Nunca o maltratamos, pelo contrário, ele sempre foi muito bem tratado”, disse ela. “Eu tentei [resolver] ao longo desses sete anos, desde a primeira situação que aconteceu, em 2018. Já procuramos ajuda, mas tudo o que chegou até agora não teve sucesso.” Tratamento Tutor teve braços e pernas ‘rasgados’ durante ‘ataque’ de gato em casa Arquivo pessoal Segundo o veterinário, o tratamento de Thor deve durar entre seis meses e um ano para que ele apresente melhora comportamental. Para isso, o profissional recomendou que ele fizesse um ‘check-up’, com o objetivo de identificar algum tipo. Além disso, o veterinário indicou a necessidade de “enriquecer seu ambiente” com brinquedos e objetos que o acalmem. Luciana está esperançosa após a primeira visita do animal ao veterinário. Ele está bem, comendo, bebendo água, recebendo medicação. e [junto com] caixas de areia”, explicou ela. Por fim, afirmou que ainda não voltou ao mesmo espaço que ele. Thor fica em uma sala separada até que o tratamento comece a dar resultado. “Tenho contato com ele, não próximo, mas ele vê nós todos os dias”, acrescentou. Tutor teve braços e pernas ‘rasgados’ durante ‘ataque’ de gato em casa Arquivo Pessoal Quem é Thor? Idade: 7 anos Adotado: 10 dias Comportamento agressivo: a partir de 1 ano Thor atacou o dono , que teve braços e pernas ‘rasgados’, em São Vicente (SP) Arquivo Pessoal Thor foi adotado pela família em 2017. Segundo o g1, a filha mais nova do dono do animal queria muito um gato na época, Luciana tinha um. amigo que era protetor de animais e conhecia alguém que tinha uma gata que deu à luz. O primeiro ataque ocorreu na Copa do Mundo de 2018. A família acredita que o barulho e a quantidade de pessoas dentro da casa fizeram com que o ataque ocorresse. Na época, assustaram o animal, que antes disso não apresentava nenhum comportamento agressivo. Outras três agressões ocorreram com faxineiras e com a própria Luciana quando usavam cloro para limpar a casa. O proprietário parou de usar o produto, mas os ataques seguintes foram repentinos e sem motivo. Não há precisão de quantos ataques Thor já realizou, pois muitas vezes ele mordia ou agarrava as pernas das pessoas e fugia logo em seguida. O último ataque a Luciana foi o pior, mas não o único. Ele havia sido agressivo de maneira semelhante pelo menos outras 10 vezes. A dona e suas filhas tentaram diferentes opções de tratamento para acalmar Thor, inclusive adotar uma fêmea, por recomendação de um dos especialistas, mas ele começou a machucar Nina e foi necessário separá-las para preservar o bem-estar de ambas. Nova tentativa de ataque Thor atacou sua tutora, que ficou com braços e pernas ‘rasgados’, em São Vicente (SP) Arquivo Pessoal Após o último ataque, Thor passou a ficar no maior cômodo da casa, que tem banheiro e uma varanda, sem acesso a outros quartos. Porém, a família sentiu pena e decidiu libertá-lo, e ele tentou um novo ataque. Mãe e filhas conseguiram escapar e se esconder. Agora, o gato está na área de serviço da casa. Ele foi para a sala sozinho após abordar os tutores. No local, colocaram caixas sanitárias e têm dado comida e água por uma janela, enquanto pensam em como resolver a situação. O maior medo da família é que alguém o maltrate. “Apesar de todas as agressões, nunca tocamos nele a não ser por carinho. Nunca sequer o ameaçamos com qualquer tipo de objeto. Não conseguiríamos atacá-lo, mesmo com tudo isso”, disse Luciana. Quadro “É o animal” apresenta projeto que ajuda gatos a encontrar lares novos e seguros Esperança de mudança A dona garantiu que sente amor por Thor, apesar dos ataques. Ela ainda afirmou que espera encontrar um tratamento que ajude a mudar o comportamento do gato, algo diferente da eutanásia. [tirar a vida dele]. “Todo mundo diz que só ajudaria se ele estivesse na rua, o que é um absurdo porque, assim como nós, ele também está sofrendo”, disse Luciana, referindo-se às instituições e órgãos dedicados ao cuidado dos animais. “Queremos ajudá-lo e não temos apoio de ninguém. Nem os veterinários entendem a situação”, finalizou o proprietário. Entenda o caso Gato ‘atacou’ guardião que lhe servia comida em São Vicente (SP) Arquivo Pessoal Ao g1, Luciana relembrou o momento do ataque. “A casa [ficou] sangrenta, e eu estava praticamente desmaiando de dor”, lembrou ela, que mantém as filhas em quartos separados do gato. “Preservação da minha vida e da minha família”, disse ela. Apesar da situação, ela busca um desfecho positivo para o animal “Eu amo Thor. Estamos juntos há sete anos. Estou completamente abalada física e emocionalmente”, disse ela. “Mesmo ele sendo ‘perigoso’, porque me atacou e me machucou algumas vezes, minhas mãos estão atadas”, explicou ela. ele e eu não podemos nem fazer isso porque ninguém ficaria [com o animal]uma vez que soube da agressividade.” Psiquiatra felino Especialista em psiquiatria felina, o veterinário Guilherme Dornellas explicou que, para evitar situações como essa, o dono deve ‘estimular’ o animal desde cedo, criando espaços para que ele brinque, durma e até esconder, para “ter sensação de segurança e reduzir os níveis de estresse”. Dornellas acrescentou que o comportamento felino pode ser estimulado por meio de brincadeiras, “priorizando o uso de objetos, como varinhas, bolas de papel e até laser para pessoas com menor mobilidade”. ” Veterinário de Santos, no litoral de São Paulo, vira ‘terapeuta’ de gatos Arquivo Pessoal O profissional destacou a importância dos ‘almofadas para arranhar’ para esses bichinhos. “Em vez de brigar com o gato que fica afiando as unhas no sofá , fornecer [os itens] que protegem móveis […]. Esse é um comportamento natural que ajuda a aliviar o estresse.” Por fim, afirmou que, antes da eutanásia, o proprietário deve procurar um veterinário especializado em felinos. “Não que os outros sejam ruins, mas assim como a medicina humana, o veterinário também tem muitas especialidades e profissionais qualificados para todos os tipos de casos.” VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos
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