Teresina registra ‘chuva do caju’ após 70 dias; fenômeno é considerado excepcional, diz climatologista

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A chuva foi causada por um fenômeno que gerou uma nuvem localizada sobre a capital, causando precipitação, segundo especialista. Apesar disso, o Piauí continua apresentando temperaturas de até 40°C e umidade relativa de até 15%. Climatologista fala sobre chuva no BRO-Bró e alerta para baixa umidade no Piauí A “chuva de caju” registrada na noite de segunda-feira (16) em Teresina, em pleno BRO Bró, foi um fenômeno excepcional, diz especialista. Antes da segunda, a capital piauiense não registrava chuvas há 70 dias, aponta a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh-PI). Acompanhe o canal g1 Piauí no WhatsApp. Alguns dos bairros da capital onde choveu foram Mocambinho, na Zona Norte; Cristo Rei, na Zona Sul; São João, na Zona Leste; e Renascença, na Zona Sudeste. Segundo a climatologista Sara Cardoso, coordenadora da Sala de Monitoramento e Prevenção de Eventos Climáticos Extremos da Semarh, a chuva foi causada pela interação entre dois sistemas meteorológicos: célula de alta pressão e “calha”. Teresina registra ‘chuva de caju’ após 70 dias; fenômeno excepcional, diz climatologista Arquivo pessoal Compartilhe esta notícia no WhatsApp Compartilhe esta notícia no Telegram A célula de alta pressão, atualmente presente em território brasileiro, inibe a umidade e provoca altas temperaturas. “Dig” é o nome dado às correntes de vento formadas em altos níveis da troposfera. “O encontro entre os dois sistemas atraiu ocasionalmente umidade residual para Teresina, o que costumamos chamar de ‘chuva de caju’. Não é comum nesta época do ano e nem era esperado para este mês”, disse o climatologista. Nuvem formada sobre Teresina foi produzida por interação entre sistemas meteorológicos Divulgação/Inmet LEIA TAMBÉM: BH é a capital brasileira com maior número de dias sem chuva, segundo o Inmet; veja ranking Previsão indica temperatura máxima acima de 40°C no Brasil; veja lista das capitais mais quentes Segundo o especialista, os sistemas não produzem chuvas significativas. A maior precipitação, 2,6 mm, foi registrada no bairro Renascença, Zona Sudeste da capital. Não há previsão de mais chuvas até pelo menos novembro. Clima quente e seco Apesar da chuva imprevista, 145 municípios piauienses precisarão enfrentar clima quente e seco. Segundo a Semarh, até o próximo domingo (22), as temperaturas máximas devem atingir valores entre 38°C e 40°C. A umidade relativa do ar permanece em níveis críticos, entre 25% e 15%. O extremo sudoeste do estado poderá apresentar taxas abaixo de 12%, e os ventos ficarão mais intensos e com rajadas de até 60 km/h. “A chuva alterou a questão da humidade apenas momentaneamente, mas os valores baixos continuam ao longo desta semana”, alertou Sara Cardoso. Índices de temperaturas máximas, à esquerda, e umidade relativa, à direita Divulgação/Semarh Confira as últimas notícias do g1 Piauí Acompanhe o g1 Piauí no Facebook e Instagram VÍDEOS: Assista às notícias mais vistas da Rede Clube



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