O apresentador do “BBB” também fala sobre seu retorno ao esporte para comandar a “Central Olímpica”: ‘Agora é uma corrida de 800 metros, enquanto o ‘BBB’ é uma maratona” Quase 100 dias depois de deixar o comando dos 100 dias de O “BBB 24”, Tadeu Schmidt, que completou 50 anos na última quinta-feira, se prepara para um novo confinamento: o das Olimpíadas de Paris. Esse ex-atleta de vôlei e atual golfista retornará a um passado mais recentemente, como jornalista esportivo. Caberá a ele apresentar o “Central Olímpica”, programa da TV Globo, a partir desta sexta-feira, que trará “outro olhar”, diz, aos principais acontecimentos do dia da competição. duas semanas — Ao comparar a “Central Olímpica” com o “BBB”, pode-se dizer que vou passar muito tempo em frente à televisão, mas é uma rotina menos cansativa. Primeiro, pela duração, é mais curta. . Brinco que esse programa agora é uma corrida de 800 metros, enquanto o “BBB” é uma maratona — diz Tadeu, com uma boa analogia esportiva, como você verá outras vezes neste bate-papo. Galerias Relacionadas O apresentador recebeu o Canal Extra em seu novo apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O imóvel foi adquirido no ano passado. Ele, que mora a maior parte do ano no Jardim Botânico, na Zona Sul, com a esposa, Ana Cristina, e as filhas, Laura e Valentina, decidiu ter uma “casa base”, menos distante dos Estúdios Globo, em Curicica, em a Zona Sul. Oeste, para que durante o “BBB” você não perdesse tanto tempo viajando. Mas não pense que por se chamar estepe o local é transitório. Os ambientes são muito bem decorados. Os móveis são de primeira qualidade. Não vale pisar no carpete da sala de TV calçado, nem colocar o pé no sofá, claro. A cadeira de leitura já se tornou uma das preferidas. Há também diversos objetos afetuosos espalhados, como uma miniatura do Tadeu, ao lado dos cavalos do “Fantástico”, em uma prateleira. Ou uma pintura, essa da imagem à esquerda, com uma foto da mata atlântica, que pode ser vista da janela do outro apartamento dele. — Eu não queria algo improvisado. Existem duas casas. Gosto de viajar, de me hospedar em hotéis, mas chega uma hora que tudo que a gente quer é a sensação de ficar no nosso cantinho. Desde que voltei de férias aproveitei para fazer uma pequena reforma no outro apartamento, e toda a família está hospedada aqui na Barra. Texto inicial do plugin O melhor é que sua esposa e filhas não o acompanhem apenas em suas jornadas de moradia aqui e ali. Mas também na paixão pelos programas que apresenta. O “BBB”, por exemplo, é o programa preferido das meninas. Nas Olimpíadas, a sala vira grito, uma multidão enorme. Na entrevista a seguir, Tadeu conta sobre essa intimidade, outras histórias familiares, como a pressão autoimposta de ter crescido como irmão do maior jogador de basquete do Brasil, e como anda sua carreira no entretenimento. Ele teve tempo de sentir falta do jornalismo? Como está indo esse retorno temporário? É como se eu tivesse saído de casa e agora estivesse aqui visitando familiares na minha cidade natal. É um prazer conhecer pessoas com quem trabalhei durante tantos anos. Mas não dá para dizer que é uma volta ao jornalismo “hard news” (como é chamado o noticiário diário), porque o “Centro Olímpico” vai dar uma outra olhada nos jogos, com boas histórias, curiosidades, farei uma crônica diária, e não necessariamente ficar nos noticiários abordados durante a programação. Não sinto falta dessa parte mais jornalística, sabe? Acho que é porque tive um desempenho muito bom no “Fantástico”. E também estou muito realizado fazendo o “Big Brother Brasil”. Antes de ser jornalista, você foi atleta de vôlei. Por que você desistiu da sua carreira? Eu queria estar no vôlei como meu irmão, Oscar, estava no basquete. Aos 17 anos fui cortado da seleção brasileira juvenil e desisti. Eu até era da geração de Nalbert. Vi que não chegaria ao nível do meu irmão. Confira (risos). Ninguém tem que encerrar uma carreira nesta idade, tem que começar. Mas fiquei muito decepcionado. Depressão total. Por outro lado, desistir ali me levou a uma profissão que me deu muito mais sucesso, mais felicidade do que eu teria de outra forma. Como você lidou com essa primeira frustração? Lembro que já trabalhando na Globo, com esporte, quando tive que fazer uma matéria com o time de vôlei, vi o Nalbert, já estava sofrendo, tipo “poderia ser eu lá”. No jornalismo, quando vim para o Rio (Tadeu começou na Globo em Brasília), eu tinha aquele foco de querer escrever todos os dias a melhor história da minha vida, tinha que trazer algo revolucionário, mas não pode ser assim. Fazer arroz com feijão também é uma delícia. Fazer terapia me ajudou. Comecei em 2004, e o analista me fez chegar à conclusão de que eu tinha que fazer bem o que me foi proposto, e não ser o melhor do mundo. O que aconteceu? Comecei a fazer reportagens melhores, fui chamado para o Fantástico… Mas claro que foi um processo lento e doloroso. Você era conhecido como “irmão do Oscar”, hoje chamam o ex-atleta de “irmão do Tadeu”. Vocês brincam com essa mudança? Tadeu Schmidt, do Canal Extra; e com o irmão, Oscar, nos bastidores do “Fantástico”, em 2008, Vinicius Mochizuki e TV Globo/Divulgação (Tadeu dá boas risadas) Sim. Agora, Oscar dá uma palestra e começa mostrando minha foto para dizer: “Eu sou o irmão dele”. Claro que é uma piada, e sempre foi motivo de orgulho ser irmão do Oscar. sofri um pouco com a comparação. O que eu fiz foi cruel. Qualquer coisa que fiz que estivesse abaixo do nível do Oscar não foi boa. Ninguém consegue viver com essa obrigação. para ser o melhor do mundo. Você vai viver uma vida de frustração E eu propus essa vida por muito tempo. A régua era muito rígida. .Você já contou ao Oscar sobre esse dilema que você estava vivendo? Não, nós nunca tivemos essa conversa. O Oscar é palestrante e está entrando na sua área, a comunicação. O Oscar tem um mega talento para a comunicação. irmãos, têm muito orgulho um do outro. Luiz Felipe (o irmão do meio), por exemplo, é prático (responsável por “estacionar” os navios), ficou em quarto lugar na competição, é uma fera. Você também comparou sua vida financeira com a do Oscar? Sinceramente, também não sei se alguma vez me comparei nesse aspecto. Claro, Oscar sempre foi o irmão rico. Temos 16 anos de diferença. Cresci com meu irmão sendo um mega astro do esporte, com um salário enorme, um patrimônio enorme… Agora, você é o irmão rico, imagino… Tadeu Schmidt abre sua casa no Rio e posa para o Canal Extra Vinícius Mochizuki (Tadeu ri novamente, sentindo-se envergonhado). A vida de palestrante rende muito dinheiro, sabia? E você já viu quanto ganha um piloto? É o melhor concurso que existe. Antes da entrevista, conversamos sobre seu lado atleta de golfe. Você ainda parece obcecado pela técnica. Gostei que você voltou ao golfe (risos). Descobri esse esporte aos 40 anos e todos os outros ficaram em segundo plano. É o esporte mais legal que já pratiquei na vida. Antes eu mal conseguia acertar a bola. Hoje me dedico a aprender a técnica, que é sofisticada. Isso me deixou louco. Eu falei: “Tenho que dominar esse negócio”. Quando você faz a bola voar é um prazer indescritível. Quando começo a falar de golfe, minha esposa diz que sou chato, tentando converter todo mundo para esse esporte. O sistema de pontuação depende do seu nível, você joga com adversários de diferentes idades. Você está sempre tentando se superar. Você ainda está tentando relaxar enquanto joga golfe? Deixar as coisas fluírem, como você dizia antes? Antes de iniciar o “BBB 22”, meu índice de jogo era 4,1 (quanto mais próximo de 0, melhor). É o melhor que eu poderia imaginar. Com o programa parei, por causa da rotina. Resolvi continuar jogando na próxima edição, minha nota passou para 6. Então prometi a mim mesmo: “Assim que o programa terminar vou jogar todos os dias e reduzir minha nota novamente”. Quando mantive essa ideia, minha nota piorou para 10. Em vez de bater na bola e relaxar, pensei demais em cada detalhe que precisava alcançar em dois segundos. Piorei porque estava pensando demais. Eu sou um “pensador excessivo”. Voltei a relaxar agora e estou melhorando novamente. Como é em casa? Você saiu de um confinamento, o “BBB”, e está entrando em outro, com as Olimpíadas. Sua esposa já precisou pedir sua atenção? Tadeu Schmidt com sua esposa, Ana Cristina Reprodução/Instagram Tenho até que agradecer a Ana, porque ela é muito compreensiva. Durante o “BBB 24”, tivemos até um momento para discutir, porque tinha dias que eu estava de folga e acompanhava o programa. Ela disse: “Você está de folga e não está prestando atenção em mim”. E era minha obrigação assistir. Foi até engraçado, porque, quando discutimos, era dia de “choro, bonequinha” (briga entre Fernanda e Alane). Eu tinha deixado o programa de quarta pré-gravado, mas neste dia precisei editá-lo ao vivo, pois as coisas estavam piorando. Minha esposa e eu gostamos muito de passar tempo na companhia um do outro. Às vezes ela está ali bordando, eu só fico do lado dela e faço carinho nela. Ela vai jogar golfe comigo só para podermos sentar no carrinho e conversar durante os intervalos. Eu sei que é desagradável ficar o tempo todo no celular, como acontece com o “BBB”. Assim, assim que o programa terminou, ficamos três dias em um hotel bacana, só nós dois, sem celular, apenas comendo, bebendo e nos divertindo. Você combinou a mesma coisa com ela para o pós-olimpíadas? Bem lembrado (risos). Eu não falei. É bom avisar com antecedência. É mais barato. Desta vez são apenas duas semanas, bae vai ficar bem com isso. Em entrevista, Valentina (filha de Tadeu é atriz e tem 22 anos) disse que se preocupa com o que posta na web para que não volte para você. Essa conversa é comum em casa? Laura, Valentina, Ana Cristina e Tadeu Schmidt Reprodução/Instagram Nunca tivemos problemas, mas sempre conversamos sobre isso. Valentina tem opiniões completamente diferentes das minhas, mas sabemos que se ela publicar algo, todos verão como minha opinião e não como dela. No entretenimento eu poderia declarar meu voto, minha equipe, ou qualquer outro cargo, ao contrário do jornalismo, mas evito falar porque acho que as pessoas ainda têm dificuldade em aceitar opiniões contrárias. Estamos melhorando na sociedade, mas estamos longe de chegar ao lugar ideal para o debate. Das notícias sobre a filha, a que mais repercutiu foi quando ela se declarou “pessoa queer”. Como você reagiu? O que estou prestes a dizer pode ser frustrante, mas não mudou nada. Não houve uma conversa. Ela postou nas redes sociais, eu vi e falei: “ok, posso ficar com o prato de batata frita?” Não houve tempo para precisar recebê-la. É claro que estamos aqui para apoiar as nossas filhas no que for necessário, e a orientação sexual nunca deve ser um assunto a ser discutido. Mas sei que isso ainda é necessário porque as pessoas sofrem preconceito. Mas você teve que estudar o que é “queer”? Claro. A Valentina explicou para a gente, mas de vez em quando me pego estudando de novo para não falar besteira (risos). Esse termo não existia na minha geração, como tantas outras coisas que discutimos hoje, que antes eram normalizadas. Quando tenho dúvidas, discuto com minhas filhas: “Isso é sexismo? Isso é homofobia?” O problema é sempre a falta de informação e caminhamos para a evolução. Já mudei de ideia diversas vezes na vida e me orgulho de estar aberto a mudar quantas vezes forem necessárias. Tadeu Schmidt inaugura sua casa no Rio e posa para o Canal Extra Equipe Vinícius Mochizuki Texto e produção executiva: Leonardo Ribeiro. Fotos: Vinícius Mochizuki. Assistentes de fotografia: Rodrigo Rodrigues e Josias Vieira. Styling: Paulo Zelenka. Assistente de estilo: Rodrigo Costa. Beleza: Ronald Perega. Tadeu usou o Fórum; Hangar; Iódice; JAB; Rei e Joe; Pedro Corula; Under armour Saiba mais taboola
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