Eu gosto de todos os meus personagens. Tem algumas que gosto nela como se ela fosse uma pessoa que existisse, tem outras que gosto muito de ter vivido, e tem algumas que gosto de ter vivido e não gosto de quem ela é. Costumo dizer que personagens são pessoas que irei conhecer. Caso você já tenha interpretado, que conheci. Porque eu crio o personagem com base no que é escrito pelo autor. A minha descoberta acontece primeiro através do que ouço sobre esta “pessoa”, através do que está escrito e através das coisas que ela diz e faz. À medida que vou conhecendo o texto ou roteiro, descubro quem é essa pessoa e por onde vou caminhar. Não julgo o personagem, eu vivo, eu entendo. Porque dependendo do personagem, se eu julgar, não vou viver bem, na minha opinião. Então, depois de saber o que o autor da personagem escreve sobre ela, irei contribuir com essa criação, que inicialmente não é minha, irei colorir uma tela que já foi desenhada por outra pessoa, que foi quem a criou. Sendo mais objetivo e menos poético, falarei de alguns. Cira obviamente porque ela é a personagem que estou interpretando atualmente, e ela tem essa coisa de ser uma personagem que estou revivendo, acho que é um super privilégio, é como receber uma segunda chance, e receber uma segunda chance de viver algo que foi já é legal ter experimentado é maravilhoso! Ao mesmo tempo que o revivo, volto a ele, invento novas camadas. Tem sido incrível! Ela é a minha personagem mais conhecida, aquela que o público mais fala, é a personagem que me deu um bordão no país: “É fogo no xique-xique”. Gosto muito da Alice, que interpretei no filme “Fim de festa”, de Hilton Lacerda, porque ela é uma personagem muito complexa. Mas existe uma empatia que vejo em uma camada da sociedade brasileira, e que quase me faz acreditar que ela existe mesmo. No teatro está a Mercedes, que interpretei na peça de mesmo título, que foi escrita para mim por Paulo Vieira de Melo. Esse show durou cinco ou seis anos, e foi mudando com o tempo, e afetou muito a minha personalidade, acho que de todos os personagens que interpretei, foi o que mais me marcou no sentido de que me acompanhou por muitos anos, então moramos muito juntos. Pensando nisso agora, era como um delírio, no sentido de que era como se ela existisse, como se fosse uma amiga que estava sempre comigo. Essa coisa de criar personas é muito maluca. Você se apega, falando em Mercedes agora, sinto muita falta dela. Luciene, minha personagem de “Bacurau” (de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dorneles), gosto muito da transformação que ela passa, além do filme em si, que adoro e teve uma repercussão maravilhosa, o filme é um acontecimento no vida de todos que participaram. Em “Era uma vez eu, Verônica”, do Marcelo Gomes, tem uma cena que fiz com a Hermila Guedes, passamos por um processo muito forte na construção dela e acho que está entre as minhas melhores cenas no cinema. Principalmente porque foi meu primeiro longa-metragem, realmente me marcou. Bom, vocês podem ver que se eu continuar vou falar de todos eles, certo? Melhor ficar aqui, porque eu realmente amo todos os meus personagens.
taxa de juro para empréstimo consignado
emprestimo simulador online
itaú empréstimo consignado
refinanciamento para representante legal
empréstimo consignado taxas
emprestimo loas bradesco
zap pan