Através do cruzamento de informações, Deivid Nascimento Santana foi preso em Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio. As investigações apontaram que ele se apresentou pelo nome de outra pessoa ao levar a bebida para a ex-companheira. A Polícia Civil investiga a morte de Vitória, que teria morrido após beber um milk-shake para fazer greve. A busca envolveu uma foto enviada via Whatsapp e até uma viagem realizada por aplicativo de mensagens. O nome era de um amigo com quem foi ao refeitório onde a vítima tomou um milk-shake que se acreditava estar envenenado. O homem disse aos agentes da 82ª DP (Maricá) que não sabia que seu nome era divulgado por outra pessoa e colaborou com as investigações. Ele foi levado à delegacia e disse que conhecia Deivid pelo apelido de “Baiano”. “No decorrer da investigação, tentamos saber se o nome que ele se apresentou era de pessoa real ou inventado. E descobrimos que ele era uma pessoa real, morador de Maricá. Deivid usava o nome dele sem saber para praticar os golpes”, disse o delegado Bruno Gilaberte. A polícia afirmou que Deivid chegou a praticar outros golpes, como a venda ilegal de terrenos para diversas pessoas. Os investigadores o descrevem como uma pessoa simples que teve documentos levados pelo suspeito para que ele pudesse ser cadastrado em programas sociais no CRAS mais próximo. Localização Partículas granuladas foram encontradas no fundo do copo de milk-shake Divulgação/Polícia Civil O homem cuja identidade foi divulgada contou à polícia que Deivid dormia em seu terreno, próximo de onde mora. Após a morte de Vitória, Deivid desapareceu da região. Após o crime, o amigo recebeu via Whatsapp a foto de um bar com a legenda “malícia”. Os agentes interpretaram como uma grafia incorreta da palavra “milícia”. No celular, analisado com autorização do proprietário, a polícia encontrou instalado um aplicativo de transporte que tinha apenas uma carona cujo destino era Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. “Pedimos para ele mostrar a mensagem, ele autorizou, inclusive por escrito, para mostrar que não teve nada a ver com a história”, disse o delegado. A foto do perfil do Whatsapp que enviou a mensagem foi encaminhada ao Instituto Félix Pacheco, que identificou o dono do celular, que na verdade morava em Rio das Pedras. Os policiais revistaram o endereço e encontraram Deivid sozinho no local. Ele foi preso na terça-feira (6) e não resistiu. O amigo que o abrigou na Zona Oeste do Rio será investigado. Em depoimento à polícia, Deivid permaneceu em silêncio. O crime passo a passo Polícia Civil investiga morte de jovem por milk-shake envenenado; ex-namorado é o principal suspeito Segundo os investigadores, primeiro Deivid chegou sozinho na lanchonete e depois conheceu o homem, a quem pediu para entregar o lanche em Vitória. Como a bebida ficou pronta primeiro, ele deixou o homem esperando pelas batatas fritas e saiu do estabelecimento com o milk-shake na mão. Naquele momento, ele foi sozinho até uma casa com a bebida e voltou cinco minutos depois. A testemunha disse à polícia que o viu entrar naquele imóvel. A polícia está investigando se Deivid colocou veneno de rato neste momento. Segundo a investigação, como tinha medida protetiva e não podia abordar a vítima, Deivid utilizou outras duas pessoas para entregar a bebida envenenada. Um deles era dono de uma casa onde foi contratado um serviço de limpeza para ser realizado pela vítima. Outro fez a ponte entre a vítima e o dono da casa. Vítima pediu socorro A menina entrou em contato com a polícia há pouco mais de uma semana dizendo que, no dia 28 de julho, Deivid invadiu sua casa em Maricá, na Região Metropolitana do Rio, armado com uma faca. Em depoimento, ela disse que estava com o atual namorado dormindo na residência e que o homem acabou ferido no braço, mas que a faca quebrou. Naquele momento, Deivid teria ido até um vizinho e procurado uma foice, mas foi assustado pelo homem, que entrou na briga. Na época, ela solicitou medidas protetivas – que foram concedidas pela Justiça. Porém, ela acreditava que ele não havia recebido o oficial de justiça para informá-lo das medidas cautelares e, por telefone, disse que estava na Bahia. Três dias depois, em 31 de julho – cinco dias antes de sua morte – ela voltou à delegacia para denunciar perseguição. A jovem disse que recebia mensagens de vários números e que acreditava ser o ex, que não aceitava o fim do relacionamento.
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