O julgamento foi nesta terça-feira (13). Gabriel Ferreira Mesquita foi condenado por forçar uma mulher a ter relações sexuais; A defesa do empresário esteve em reunião e não se pronunciou até a publicação desta reportagem. Gabriel Ferreira Mesquita, dono de bar em Brasília, condenado por estupro TV Globo/Reprodução A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) restabeleceu a condenação de Gabriel Ferreira Mesquita, dono de bar no bloco 408 da Asa Norte, em Brasília, por estupro. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (13) (saiba mais abaixo). Clique aqui para acompanhar o canal do g1 DF no WhatsApp. O empresário foi acusado de estupro por uma mulher. Na ação, ela disse que inicialmente consentiu com o ato sexual, mas depois recusou e acabou sendo forçada por Gabriel. Em 2022, o empresário foi condenado na Vara Criminal de Brasília, mas a defesa recorreu e, no ano seguinte, o Tribunal de Justiça do DF decidiu absolvê-lo. O Ministério Público interpôs recurso ao Superior Tribunal de Justiça e em maio deste ano o relator do caso, ministro Jesuíno Rissato, votou pela absolvição do dono do bar. Houve pedido de revisão e o julgamento foi retomado nesta terça e resultou na condenação de Gabriel. A defesa do empresário esteve em reunião e não se pronunciou até a publicação desta reportagem. Esta terça-feira, o julgamento contou com a apresentação de voto divergente do ministro Sebastião Reis. Para o magistrado, não há dúvida de que a vítima alertou repetidas vezes que não queria o ato sexual. O ministro afirmou que a vontade da mulher deve ser respeitada durante todo o ato e que o consentimento dado anteriormente não significa que Gabriel possa forçá-la a continuar. A divergência foi acompanhada por outros dois ministros, condenando, por 3 votos a 2, Gabriel Mesquita a seis anos em regime semiaberto. Esta sentença é em relação a uma vítima. Outras 11 mulheres também relataram ter sido abusadas sexualmente pelo dono do bar (saiba mais abaixo). Relembre o caso Mulheres denunciam que foram estupradas por dono de bar no Plano Piloto Dono de bar é acusado de cometer estupros entre 2015 e 2018. Porém, boletins de ocorrência só foram registrados em 2019, depois que uma mulher expôs o caso em uma rede social rede. Na TV Globo, quatro vítimas disseram que pediram a Gabriel Ferreira Mesquita que interrompesse o ato sexual, mas ele continuou mesmo assim. Três deles afirmam ainda que as bebidas preparadas pelo suspeito os deixaram entorpecidos. “Não havia como reagir”, disse uma das vítimas. Na reportagem, uma das mulheres contou que seu primeiro encontro com o empresário foi no bar dele. O caso aconteceu em 2018, quando ela tinha 31 anos. “Depois do bar, fomos para a casa dele. Tomei mais alguns drinks e foi nesse momento que me senti entorpecida, com o corpo pesado”, disse ela. Ela disse que, a princípio, consentiu com o sexo. No entanto, ela então pediu que ele parasse. “Ele me ignorou todas as vezes e foram várias. Meu corpo estava pesado e ele estava em cima de mim. Não consegui reagir”, lembrou ela. A mulher disse ainda que passou mal após beber a bebida feita pelo empresário. “Acho que isso me impediu de ter uma reação, uma reação mais agressiva. Eu estava tendo dificuldade para andar. Tenho certeza absoluta de que havia algo na minha bebida.” O encontro com a segunda vítima foi em 2015, quando ela tinha 24 anos. Eles marcaram uma consulta online e se encontraram na casa do homem. “Eu já tinha gritado. Lembro-me de chorar muito”, disse ela. Ela conta que, além do ato sem consentimento, ele tirou a camisinha sem ela perceber. “Fiquei chocada. Demorei um pouco para processar as coisas”, disse ela ao repórter. A terceira vítima também fez denúncia sobre as bebidas servidas pelo empresário. O caso ocorreu em 2015. Eles se conheceram pela primeira vez em um encontro com amigos em comum, na casa dele. “[Ele] Ele insistiu muito em sair comigo e seus amigos marcaram esse encontro mútuo”, disse ele. “Ele preparou uma bebida para mim, mas eu não gostei. Dei para uma amiga beber e ela adormeceu, rolou”, disse ela. Ela afirma que, naquele dia, não aconteceu nada, mas eles se reencontraram, em um evento pré-carnaval. “Eu já estava um pouco bêbada. , nos beijamos e ele me convidou para ir até a casa dele. Tivemos relação sexual consensual, durante o ato, ele me virou de bruços e me estuprou”, relatou ela. A quarta mulher afirma ter sido abusada aos 26 anos, em 2017. Ela lembra que foi carregada pelo comerciante depois de beber com ele. “Bebi dois ou três drinques, no máximo, e estava muito mais bêbada do que o normal”, disse ela também que perdeu as forças e se lembra da sensação de ser carregada pelo homem até a cama. . LEIA TAMBÉM: ABRAÇOS E TOQUES FORÇADOS: agente socioeducativo é suspeito de assediar sexualmente colega de trabalho há 2 anos PASSAGEIRO DO CARRO MORREU: Justiça do DF diz que motorista que quebrou a parada e teve seu veículo baleado pela Polícia Militar. policiais não tinham intenção de atropelar PM Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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