Duas semanas depois de um incêndio no túnel Covanca, na Linha Amarela, que provocou queimaduras e intoxicações em 110 pessoas, um especialista em gestão de risco consultado pela CBN analisou os túneis do Rio e classificou a situação como ‘preocupante’. Para Gerardo Portela, há necessidade de investimentos para melhorar as estruturas.
Desde o incidente, no dia 8 de agosto, os bombeiros cariocas fiscalizaram 28 túneis da cidade, para identificar as condições de proteção. Vinte e seis falharam nos testes. Apenas dois receberam aprovação dos militares: Marcello Alencar e Rio 450 Anos (Binário), no centro da capital. Os demais têm um prazo entre 30 e 60 dias para fazer ajustes. Caso as modificações não sejam realizadas, os responsáveis poderão ser multados e, em última instância, os túneis poderão ser fechados.
Situação dos túneis do Rio é ‘preocupante’ e exige atenção, diz especialista
Por ser uma cidade de importância geográfica e com muitas elevações, a capital fluminense é hoje a metrópole com maior número de túneis do país. As estruturas são essenciais para conectar regiões mais distantes. Contudo, devem ser garantidas medidas básicas de segurança para estes locais.
O especialista em gestão de riscos Gerardo Portela destaca que a situação é preocupante, principalmente porque acidentes como o de Covanca tendem a ocorrer com maior frequência, devido à intensificação do trânsito:
“É preocupante, como trabalhamos com análise de risco, gestão de risco, trabalhamos muito com a frequência dos cenários. Até então os incêndios, como vimos recentemente, não estavam sendo frequentes, então são cenários que eram menos frequentes, mas obviamente com o crescimento da cidade, com o uso cada vez maior de motocicletas e com a questão mais crítica do trânsito em geral , esse cenário passa a ter uma frequência maior. Nós realmente precisamos fazer um ajuste em nossa trajetória de risco e investimentos em recursos”, disse ele.
A principal preocupação são os túneis mais longos. Quanto maior for o túnel, mais difícil será a evacuação e, consequentemente, maior será o risco. É o caso do túnel Santa Bárbara, com 1.357 metros de extensão, do túnel Rebouças, com 2.040 metros, do túnel Zuzu Angel, com 1.590 metros, do túnel Noel Rosa, com 1.187 metros, e do O próprio túnel de Covanca, que, juntamente com as duas galerias, tem 2.197 metros de comprimento.
Túnel de Santa Bárbara. — Foto: Pedro Bohnenberger/CBN
Foi precisamente nestas estruturas que os bombeiros identificaram problemas como a falta de sinalização de segurança, iluminação de emergência, detecção de incêndios, saídas de emergência e disponibilidade de extintores e bocas de incêndio. Gerardo Portela listou algumas medidas que poderiam ser adotadas mais rapidamente:
“Primeiro, um sistema fixo de combate a incêndio, que seria uma rede com bombas e tubulações. A medida que talvez fosse mais rápida e fácil seria sinalizar melhor uma placa na entrada do túnel como, em caso de incêndio, sair do veículo e assumir sua posição na rota de fuga. Para que isso funcione, é óbvio que tem que haver uma rota de fuga, então tem que haver uma identificação dentro do túnel, qual seria o lado, o local, por onde as pessoas caminhariam em caso de emergência, para que isso o local está bem visto, sinalizado, com setas, com pinturas, para que as pessoas entendam que em caso de emergência, eu já sei, vou adotar essa faixa que está sinalizada aqui”, afirmou.
A CBN entrou em contato com a Prefeitura do Rio sobre a situação dos túneis da cidade, mas não obteve resposta.
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