Funcionários de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no Acre, e Guarajá, no Amazonas, estão sendo treinados por representantes do Ministério da Saúde. Os funcionários da saúde são formados para implementar um novo tratamento contra a malária. do Juruá começou, nesta terça-feira (25), a ser capacitado para usar o medicamento Tafenoquina em pacientes com malária. Considerado um medicamento inovador, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em junho de 2023. O esquema de tratamento consiste na administração de cloroquina por três dias seguida de dose única de tafenoquina. A capacitação é ministrada por equipes do Ministério da Saúde. Na terça-feira, foram treinados funcionários da Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves. Nesta quarta (26), recebem treinamento funcionários de Mâncio Lima e na quinta (28) profissionais de Guajará, cidade vizinha do Amazonas. Participaram da capacitação agentes de endemias, microscopistas, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A malária é uma doença infecciosa febril aguda causada por protozoários do gênero Plasmodium transmitido pela picada de uma fêmea infectada do mosquito do gênero Anopheles, também conhecido como mosquito-prego. O coordenador de ações de eliminação da malária do Ministério da Saúde, Alexandre Vargas, explicou que a ideia é fortalecer o trabalho de prevenção e redução de casos na região. “A tafenoquina visa tratar pessoas positivas para malária com plasmodium vivax. Já fizemos isso em Manaus, Porto Velho, Macapá, na região Yanomami e no Acre, especificamente nesta região de Cruzeiro do Sul, foi escolhido porque tem um número razoável de malária casos”, acrescentou. Em Cruzeiro do Sul, a coordenação do setor de vigilância epidemiológica registrou 1,3 mil casos de malária entre janeiro e junho deste ano. Os estados estão sendo atualizados com informações coletadas pelas equipes às margens dos rios. Os treinamentos começaram nesta terça-feira (25) e seguem até esta quinta-feira (27) Reprodução/Rede Amazônica Tratamento Acre O representante do Ministério da Saúde destaca as vantagens do uso do novo medicamento no combate à doença. “É feito em um único dia, portanto evita que as pessoas não queiram terminar o tratamento e também evita a recaída da malária. Nosso maior objetivo é que com a implementação da tafenoquina, fortalecendo cada vez mais a vigilância e assistência à malária no Brasil, possamos eliminar a malária do o país até 2035″, acrescentou. Com a capacitação, o novo medicamento será utilizado nos municípios de Juruá. O Ministério da Saúde enviará lotes do medicamento para abastecer as unidades municipais. Um dos temas discutidos com os profissionais da região foi a avaliação dos pacientes que podem tomar tafenoquina. Antes de tomar o medicamento, o paciente fará um exame para saber se está ou não apto a tomar tafenoquina. “O teste G6PD é feito para saber se a pessoa pode ou não tomar esse medicamento inovador. Se a pessoa der positivo para plasmodium vivax, ela faz o teste e se for elegível, tomará tafenoquina”, finalizou. Mazinho Rogério, da Rede Amazônica Acre, colaborou. Reveja os noticiários do Acre
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