Em entrevista com CBN São Paulo, Marianne Pinotti, ginecologista e colaboradora do programa de governo de Guilherme Boulos, detalha as principais propostas para melhorar a saúde da cidade em um possível novo mandato nos próximos quatro anos. Ouça a entrevista completa e confira os destaques abaixo:
Sobre a questão das longas filas para atendimento, o representante de Boulos diz que é preciso pensar o sistema de saúde paulista como parte do SUS, e destaca o papel da atenção básica na garantia da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento de doenças crônicas. :
“O SUS está organizado nos três níveis de governo, seja municipal, estadual e federal. Então, sem esse diálogo e essa relação, ele não pode funcionar bem. E também está organizado nas suas diferentes complexidades. Pensando na cidade de São Paulo , atenção básica, atenção especializada e secundária com hospitais que resolvem problemas mais simples e atenção terciária, que é uma atenção superespecializada Então, além de aumentar a demanda, trazer mais médicos, médicos mais especializados, policlínicas, cobrindo também as lacunas de atendimento que. existe que temos na cidade de São Paulo, precisamos começar a cumprir a missão que o SUS nos propõe cumprir, que é a missão de promover saúde, realizar diagnóstico precoce, realizar prevenção básica. nunca fechará.”
Desigualdade regional na cidade
Segundo dados da Rede Nossa São Paulo, a idade média de morte de um morador do Jardim Paulista ou do Itaim Bibi é de 82 anos. No bairro da Anhanguera, que fica no extremo Norte, são 59. O tempo médio para agendamento, na Cidade Líder, na Zona Leste, é de 39 dias. Na República não se espera nenhum dia. Sobre este tema, a representante de Boulos afirma que colocar médicos nas zonas mais remotas da cidade é uma questão complexa e transdisciplinar e detalha as medidas que defende serem necessárias:
“Essa questão de colocar médicos em locais mais distantes do centro da cidade envolve uma questão de salário, mas também envolve uma questão de qualidade de trabalho, de segurança. Então, eu acho que tem que ser um esforço muito conjunto aí, com o organizações sociais, para que possamos garantir esses médicos e utilizar os programas federais que estão sendo implementados hoje, com mais médicos para a atenção básica e mais médicos especializados, o que talvez seja o gargalo mais importante do país hoje. […] Vamos aproveitar essa possibilidade de relação de parceria com o governo federal, aliás, a ideia é aproveitar todas as relações de parceria. Mais da metade dos equipamentos de saúde da cidade de São Paulo pertencem ao governo do Estado. E também precisamos nos unir ao governo do Estado, para aumentar a oferta de exames, consultas de especialidades, cirurgias, porque temos essa máquina aqui na cidade que faz parte da prefeitura e faz parte do Estado. Então, também, isso precisa ser mais, digamos, uma questão com o Estado, para que possamos lidar com essa demanda reprimida.”
Marianne Pinotti fala sobre a importância da tecnologia que atua para melhorar a prestação de cuidados de saúde e tornar os sistemas digitais da Prefeitura mais eficientes:
“Não tem questão de prevenção, não tem atendimento para a população próxima de onde mora. Imagine uma mulher que mora em Guaianazes, vai ao posto de saúde, indica consulta com o otorrinolaringologista, e o CROSS marca consulta para ela no no centro ou até mais longe. Aí ela vai nessa consulta, o médico pede um exame, marcam para ela em um lugar mais distante, como uma mulher trabalhadora, que tem que cuidar da família, sair de casa. quatro, cinco vezes desperdiçar um dia inteiro, para resolver um problema simples Essa organização precisa fazer melhor E eu confio na saúde digital para nos ajudar hoje, a regulamentação feita pelo município e pelo Estado, de exames e consultas, é. muito precário, é muito ruim, acho que todo mundo já ouviu falar do sistema SIGA, que é da prefeitura, do sistema CROSS, que é do Estado, tudo isso pode ser melhor organizado com a saúde digital hoje, e é. um objetivo importante do Grupo de Saúde e do candidato a prefeito Boulos, candidata Marta Suplicy, trazer com força esta organização digital de saúde para a cidade.”
Marianne Pinotti defende que, em relação aos problemas da região da Cracolândia, o que está sendo feito não funciona e só aumenta a deterioração da vida. Ela diz que o programa de candidatura de Boulos tem quatro frentes.
“A ideia do programa é atuar em quatro frentes na Cracolândia, sendo uma delas a saúde, da qual falarei por último, mas também a segurança no combate ao tráfico. oferecer apoio, uma moradia para as pessoas que saem da Cracolândia para terem uma casa, mesmo que seja apenas um quarto, mas um lugar próprio para recomeçar a vida. E a quarta frente, uma frente de oportunidades de emprego educacional para que haja. é uma visão de saúde de futuro, a ideia é que tenhamos uma estratégia de ambulatório móvel com a estratégia de saúde da família para convencer e tentar tirar essas pessoas desse momento, com tratamento de saúde muitas que estão na Cracolândia, de fato. a grande maioria tem a questão da dependência química, que é uma doença e muitas pessoas também têm doenças mentais associadas, esquizofrenia não tratada, depressão que precisa de tratamento médico de suporte. Quanto à internação compulsória, é um tema muito difícil. quem vai coordenar o programa, mas basicamente, principalmente aquelas pessoas que representam risco para a própria vida, ou para a vida das pessoas que convivem com elas, talvez esse seja o caminho a seguir, mas aí contaremos com a experiência e o profissionalismo de uma equipe psiquiátrica que decidirá sobre esta questão da política de redução de danos faria parte da estratégia da campanha.”
Os serviços de aborto legal para mulheres que se enquadram nos casos definidos em lei precisam ser de fácil acesso, defende o médico:
“É sempre um tema muito difícil, e também é uma pena que esse tema sempre apareça às vésperas de uma eleição e que não seja discutido pela sociedade em outros momentos de forma contínua. Acho que o Brasil precisa discutir essas questões e precisamos avançar na defesa dos direitos das mulheres, sempre que falamos das questões da interrupção da gravidez do ponto de vista jurídico, precisamos cumprir a lei. Hospitais que estejam preparados e tenham uma equipe montada para essa necessidade. ser ágil, ter resolução e parar com essas questões de prevenção e redução, precisamos ter essa oferta rápida para essas mulheres que estão incluídas na legislação que permite interromper a gravidez seja por risco à vida materna ou por gravidezes decorrentes. de estupro ou para fetos anencefálicos de forma rápida e simples e resolutiva, porque o sofrimento dessas famílias, o sofrimento dessas mulheres é indescritível, e precisamos resolvê-lo como autoridades públicas”.
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