A manutenção frequente também agrega valor às vendas futuras. A disparada do preço dos carros novos não é novidade para o consumidor brasileiro. O Volkswagen Polo — um dos veículos mais vendidos do país no primeiro semestre, que é o modelo de entrada da montadora alemã no Brasil — tem preço médio de R$ 89.290, em sua versão mais básica, o 1.0 Track, segundo dados um relatório da Jato Dynamics (fornecedor global de business intelligence automotivo). O valor está 16,37% acima dos R$ 74.672 cobrados no mesmo período do ano passado. Por isso, cada vez mais proprietários investem na manutenção de seus carros usados. Sem alarde: Rioprevidência cria conselho que visa redistribuir locações de agências Justiça: TCE determina que Estado do Rio conte com estágios experimentais para fins previdenciários Com a Reforma Tributária, a tendência é que os preços dos modelos 0km continuem elevados. Carros a combustão e veículos elétricos estão na lista de itens que terão alíquota acrescida do Imposto Seletivo — ou “imposto do pecado”, como é popularmente conhecido —, que incidirá sobre produtos ou atividades prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente . Nesse cenário, os motoristas estão recorrendo mais aos carros usados (carros com até cinco anos de fabricação) ou usados (mais antigos). Por isso, manter o carro já pago, aumentando sua vida útil com manutenções regulares, tornou-se a melhor opção para a maioria dos proprietários. — É possível aumentar a vida útil de um carro. Com bons cuidados, é possível manter o veículo por dez anos ou mais e até transformá-lo em um “membro da família” — diz Dilson Redinger, dono da Oficina do Izak, referência em manutenção de carros antigos, em Niterói, em Região Metropolitana do Rio. Ele lembra que a maioria das montadoras oferece entre três e cinco anos de garantia, o que faz o motorista pensar que esse é o momento ideal para trocar de veículo. Mas não precisa ser assim. Redinger compara hoje o custo de manter um carro quitado na garagem com o valor de um modelo novo: Canal EXTRA no WhatsApp: Cadastre-se no canal Servidor Público e não perca as principais novidades — Realizando inspeções regulares, geralmente a cada 10 mil km, você vai trocar o óleo, o filtro de óleo e o filtro do ar condicionado, além de observar o óleo de câmbio, pastilhas de freio, correias dentadas, aditivos e outros itens do veículo. Durante o ano, o gasto previsto é de R$ 2 mil a R$ 4 mil. Não é tão caro comparado ao custo de um carro novo. Tomando como referência o Volkswagen Polo, sem dar entrada, com financiamento em 60 meses (cinco anos), sem juros, o motorista gastaria R$ 1.466,50 por mês, apenas com a parcela do veículo 0km —valor superior do que a média de preço de R$ 250 mensais esperada com a manutenção do usado já paga. Redinger alerta, porém, que o baixo custo só ocorre se aliado a bons hábitos de condução. O modo de condução influencia na vida útil Além das inspeções, a frequência de uso e a forma como o motorista dirige podem impactar no estado do veículo. Seja em uma cidade grande ou pequena, não é incomum ouvir a história de uma família que há décadas tem o mesmo carro na garagem, passando o imóvel de geração em geração. Isso comprova que a longevidade de um carro depende do proprietário e dos cuidados tomados, afirma Rodrigo Ferreira, gerente de Comunicação e Marketing do portal Webmotors. — O veículo é um equipamento, portanto, a forma como você cuida dele afeta sua vida útil. Você pode ampliar com as medidas certas ou reduzir com descuido — diz Ferreira. Para ele, há um conjunto de fatores fundamentais para um bom aproveitamento e aumento da vida útil de um automóvel. Antes de mais nada, é preciso estar com a manutenção em dia, não necessariamente feita na concessionária, mas com um mecânico de confiança. Além disso, o motorista deve manter o hábito de monitorar os níveis de fluidos, como óleo do motor (sempre com o carro frio), aditivos e óleo de freio. Dependendo do estilo de condução, é preciso calibrar os pneus no tamanho correto uma vez por semana, além de ficar atento ao tempo de alinhamento e balanceamento, acompanhado do rodízio dos pneus, para evitar desgastes desequilibrados. No caso de carros manuais, também é necessário observar o disco de embreagem. Ferreira explica ainda que a frequência de uso impacta no bom estado do veículo: — Se o carro ficar muito tempo parado, o combustível envelhece e o ressecamento da borracha acelera, entre outros problemas. O carro está vivo, precisa ser usado. Mas dirigir muitos quilômetros por dia, passar por muitos buracos e dirigir agressivamente também reduz sua vida útil. As dicas valem para proprietários de carros usados, mas também para quem deseja adquirir um veículo com muitos anos de uso. Só na plataforma Webmotors são cerca de 440 mil veículos em estoque e mil novos anúncios. Por isso, além de ficar atento à vida útil, saber como se comportar em uma negociação desse tipo é fundamental para fazer boas escolhas. Confira abaixo. Saiba como reduzir riscos na hora de comprar e vender Para adquirir um veículo Segundo Flávio Passos, vice-presidente de Automóveis e Bens de Consumo do Grupo OLX, quem quiser adquirir um carro usado deve agendar uma visita presencial, de preferência acompanhado e durante o dia. “Além de ser mais segura, a iluminação natural permite visualizar detalhes do carro, como amassados e arranhões na carroceria e no interior”, explica. Também é preciso sentar em todas as posições, testar os cintos, som, ar condicionado e funcionalidades. Na parte mecânica, ao dar a partida, é importante verificar se há vazamentos ou ruídos anormais. Por fim, um test drive é sempre obrigatório. Nele são testados freios, faróis e outros pontos de dirigibilidade. Cuidado com golpes Antes de fechar o negócio, vale solicitar uma Fiscalização Precaucional em uma empresa credenciada pelo Detran, na qual o comprador vai junto com o dono do carro. A fiscalização cautelar serve para verificar a autenticidade das informações prestadas pelo proprietário do carro. Com ele é possível verificar a origem do veículo, saber se foi resultado de leilão, se houve sinistro e se há registro de furto, impedimentos ou dívidas pendentes. Também são verificados chassis, numeração de motores, etiquetas e lacres, além de análise de carroceria e pintura e verificação de pontos estruturais do veículo (longarinas, colunas e painéis). Vender carro Quem quer vender um veículo usado precisa cuidar do acabamento, além da tradicional limpeza e lavagem técnica do motor. Investir em procedimentos estéticos como polimento e cristalização também pode aumentar o valor do veículo em até 8%. Essas etapas podem ser realizadas em oficinas especializadas. Ter o carro o mais original possível, sem reparos e com a documentação em dia reduz a depreciação. Cuidado com golpes Em 2023, os brasileiros sofreram mais de 91 mil golpes na compra e venda de veículos online, com prejuízo estimado em R$ 2,7 bilhões. É o que aponta um estudo realizado pela OLX. O golpe mais comum é o do falso intermediário, quando os criminosos enganam ambas as partes, ficando com o dinheiro da negociação. Como funciona O criminoso começa se passando por comprador e assim obtém detalhes da negociação e do vendedor. Em seguida, ele copia as fotos do veículo e cria uma publicação falsa, com preço menor para atrair a vítima. Depois, ele se torna um intermediário “fantasma” e intercepta os interessados no anúncio falso, que acreditam estar conversando com o verdadeiro anunciante do carro. Depositando o dinheiro Negociando com as duas partes ao mesmo tempo, o criminoso pede ao comprador que deposite o dinheiro em uma conta que não tem ligação com o verdadeiro vendedor. Então, ele desaparece e o verdadeiro anunciante e comprador tornam-se suspeitos do golpe na web. Para evitar transtornos, algumas medidas são necessárias, como ter certeza de que está negociando com a pessoa certa e, caso esteja negociando em uma plataforma, pesquisar o perfil do vendedor e observar seus cheques. Concluindo o negócio Se a negociação avançar, o vendedor e o comprador deverão comparecer juntos ao cartório para fazer a transferência. E o pagamento só deve ser feito após o término da transação. Walter Farias, sob supervisão de Mônica Pereira. Saiba mais taboola
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