RJ já registra 8,1 mil incêndios em 2024, quase três vezes mais do que no mesmo período de 2023 | Rio de Janeiro

O porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio, major Fábio Contreiras, explica que este ano foi mais seco e quente, o que influenciou no aumento desse tipo de ocorrência:

“Podemos creditar esse aumento justamente às ondas de calor, porque este ano tivemos um grande número de meses que não teve calor, então a umidade foi menor, tivemos menos chuva, e agora, com o fenômeno La Niña, se instalando aqui no estado, sem fim à vista, obviamente esperamos, nos próximos meses, dias mais quentes e secos. Por isso, continuamos monitorando, sempre atentos para evitar que outros incêndios florestais aconteçam, como aconteceu lá em Itatiaia. Parque Nacional.”

A maior prevalência desses incêndios está na capital fluminense, segundo os bombeiros. No entanto, municípios de todo o estado vêm enfrentando incêndios florestais. No Parque Nacional de Itatiaia, na zona sul do Rio de Janeiro, por exemplo, os militares trabalham ininterruptamente há quase dez dias para controlar e evitar o reacender das chamas, iniciadas no último dia 14.

Cerca de 300 hectares de vegetação já foram destruídos devido ao incêndio, segundo a administração do parque. Agora, o incêndio está controlado, mas os bombeiros continuam trabalhando na região com drones e fazendo monitoramento preventivo, como explica Fábio Contreiras.

“Ainda temos um único foco de calor e não há chamas, mas ainda há um pouco de fumaça, num local muito íngreme chamado Serrilha dos Cristais, enviamos alguns especialistas para combater os últimos focos. sob controle, não temos pontos ativos, mas mantemos equipes lá monitorando, fazemos alguns sobrevôos de helicóptero diariamente para realmente confirmar que os focos não retornaram”, detalha.

Desde abril, os bombeiros iniciaram uma operação de reforço contra incêndios florestais no estado. O monitoramento é feito para tentar atuar o mais rápido possível nessas ocorrências, evitando que o fogo se alastre e cause grandes danos. Militares de todas as regiões estão de prontidão para responder em caso de emergência.