Na última quarta-feira (10), a Câmara dos Deputados aprovou o primeiro projeto regulatório de reforma tributária. O texto agora segue para o Senado, onde deverá tramitar em comissões antes de ir para votação no plenário. Em entrevista ao Estúdio CBN, os especialistas Thais Veiga Shingai, professor do Insper e advogado tributarista, e Melina Rocha, pesquisador do Centro de Estudos Fiscais da FGV, explica as mudanças no cenário econômico do país após a aprovação das novas medidas. Ouça a entrevista completa abaixo:
Para as âncoras Tatiana Vasconcellos e Fernando AndradeMelina Rocha explicou como os tributos serão organizados no país após a aprovação da reforma tributária, que só deverá entrar em vigor em 2026. Segundo Rocha, todos os tributos cobrados atualmente no país serão unificados em três: a Contribuição sobre Mercadorias e Serviços (CBS), o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e o Imposto Seletivo (IS).
“Com a reforma tributária, todos esses tributos serão reunidos em apenas três. Dois deles, que é o CBS, que substituirá o que hoje é PIS e COFINS e o IBS que substituirá o ISS e o ICMS”, explicou.
Além disso, ela explicou como funcionará na prática a aplicação de tributos com a chegada do CBS e do IBS.
‘Todos esses impostos e bases que hoje temos fragmentados em nossa ordem, serão todos reunidos sob esses dois impostos, ou seja, afetará bens, serviços, intangíveis, softwares, todos os tipos de operações que tenham objeto, bens, materiais e materiais ou serviços. Depois simplificamos exponencialmente e principalmente evitamos qualquer tipo de discussão sobre se tal coisa é um produto, um serviço, um intangível e qual o imposto aplicável.’
“Em segundo lugar, este modelo que é o IVA também tem a característica de um crédito amplo no meio da cadeia. equipamentos, ativos fixos, ou qualquer coisa que ele consumir na sua rede, telefone, energia elétrica, ele terá direito ao crédito tributário que paga sobre esses insumos. E isso é muito bom e tem um impacto muito positivo porque o efeito é liberar o. sentença de prisão.”
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O Imposto Seletivo (IS), também conhecido como ‘Imposto sobre o Pecado’, foi amplamente discutido durante a aprovação do texto na Câmara, principalmente pela não inclusão das armas de fogo nesta tributação. Melina Rocha explica em que consiste este imposto e sobre quais produtos os impostos incidirão.
“O Imposto Seletivo também vem para fazer essa diferenciação, mas não é mais baseado na essencialidade. Então não importa se é um produto luxuoso ou não, se é mais importante ou não para o dia a dia. é um produto prejudicial à saúde ou ao meio ambiente. O imposto seletivo é chamado de imposto do pecado justamente porque vai afetar o que é prejudicial à saúde ou ao meio ambiente”, relatou.
“Temos bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, cigarros, produtos de tabaco, minério de ferro, petróleo bruto e, pensando no nosso dia a dia, veículos, carros, barcos e algumas aeronaves estarão sujeitos a imposto seletivo”.
Melina também manifestou a sua opinião pessoal de que a exclusão das armas de fogo do Imposto Seletivo (IS) compromete a eficácia da medida. Para ela, a falta de tributação sobre armas de fogo vai contra o princípio da seletividade que caracteriza o imposto.
“O imposto seletivo vem para fazer essa diferenciação conforme a nocividade, e lembrei das armas e munições que ficaram de fora que, na minha opinião pessoal, pelo menos é muito ruim porque hoje armas e munições, por conta desse critério de seletividade dos impostos atuais , estão sujeitos a uma carga fiscal muito elevada que ultrapassa os 80%. Mas, como as armas e munições não foram incluídas no cabaz fiscal selectivo, vão para a taxa geral de IVA, que é de 26,5%, ou seja, vão para a taxa geral de IVA, que é de 26,5%. terão uma redução de impostos, terão uma redução substancial e poderá até ser pertinente ficar sujeito ao imposto selectivo porque temos provas empíricas de que as armas fazem mal à saúde, penso que isso é muito claro, e até para a saúde. meio ambiente”, explicou.
Impostos da cesta básica
Na reta final da aprovação do projeto, houve intensa discussão sobre os impostos aplicados à cesta básica. Isso ocorreu porque, de última hora, a carne foi incluída na lista de itens da cesta básica isenta de impostos.
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A especialista Thais Veiga Shingai explicou como a reforma tributária impactará os impostos sobre a cesta básica e o que mudará com a nova medida. Ela destacou que a mudança ganhará transparência para os contribuintes, que atualmente consomem produtos no mercado sem ter clareza sobre a carga tributária que incide sobre os itens adquiridos.
“Saímos do mercado com uma nota fiscal que indica o IBPT, que estima a carga tributária em X%. Costumo dizer que essa estimativa, na verdade, é um palpite porque hoje, com essa pilha de impostos, impostos que se afetam , um imposto é baseado no outro, tudo isso faz com que a nossa tributação não seja transparente. Então, um ganho grande da reforma tributária para o cidadão, para o nosso dia a dia, é esse ganho de transparência’”, declarou.
“Vamos ao supermercado, se a carga tributária de uma determinada compra for de 26,5%, será de 26,5% na fatura, que é exatamente o que pagamos naquela compra. , IBS e CBS estamos pagando.”
*Estagiária da CBN sob supervisão de Laura Rocha
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