Uma polêmica surgiu nos últimos meses no mercado de arte brasileiro. O aparecimento da tela ‘Paisagem, 1925’, atribuída à artista Tarsila do Amaral, na 20ª edição da SP-Arte chamou a atenção de pessoas ligadas à área, com questionando se realmente era autêntico para o pintor.
Nos últimos dias, a empresa responsável pelo espólio, Tarsila SA, comprovou sua autenticidade após exame de Douglas Quintale, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, coproprietário da Quintale Art Law e presidente do Comitê de Autenticação de Obras de Tarsila do Amaral. Com isso, o A tela hoje custa R$ 60 milhões, valor quase quatro vezes maior do que antes – R$ 16 milhões.
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‘Paisagem, 1925’ é de propriedade do brasileiro-libanês Mikhael Abou Jnaid, e teria sido um presente de seu pai para sua mãe, sendo levado ao Líbano em 1976. Jnaid voltou ao Brasil apenas em dezembro de 2023 e trouxe consigo a pintura.
No entanto, o caso ainda gerou polêmica porque algumas entidades questionaram o laudo de autenticidade, como a Associação das Galerias de Arte do Brasil.
Como funciona a expertise de uma obra de arte?
O trabalho especializado em uma obra de arte é semelhante a outros tipos de especialização. Porém, entre suas particularidades estão uma análise do momento em que a arte foi produzida, a história do possível artista e como sua técnica ali estaria presente.
Além disso, não há regulamentação na área sobre quem está habilitado a realizar trabalhos periciais.
Trabalho de perícia em uma obra de arte. — Foto: Reprodução/Museu de Arte Sacra
Vários ‘exames’ e estudos são necessários para identificar da forma mais correta possível quem é aquele trabalho. Na verdade, a ‘falsa perícia’ é enquadrada como crime no Código Penal – já que a certeza de um autor ou artista pode fazer a produção valer muito mais.
Em entrevista com CBNa historiadora, museóloga e especialista em obras de arte Juliana Carvalho conta um pouco sobre essas etapas. Segundo ela, as diversas investigações são paralelas e não seguem necessariamente uma ordem. Entre os testes realizados estão:
- saber se a obra se relaciona com as características do artista (como pincelada, paleta de cores, caligrafia e mais);
- procedência (compreender o percurso da obra desde a saída do ateliê do artista até onde chegou, com análise de documentação, diários, declaração de imposto de renda e muito mais);
- análise histórica e estilística (combina e relaciona com o que o artista sempre fez);
- análise de material (investigação do material, como madeira ou metal, e entender se houve adulteração da tela através de radiografia, tomografia, fotografia ultravioleta e muito mais)
O especialista afirma, porém, que é necessária uma análise prévia para saber quais recursos serão utilizados:
‘Vai depender muito das perguntas que querem ser respondidas e dos dados que vão contrastar com o que você quer encontrar’, comenta.
As situações mais comuns para fazer uma solicitação de perícia são quando você quer saber se a obra é realmente do artista; se há alguma falsificação; e, em casos mais recentes, quando se deseja aumentar o valor de mercado da obra.
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