O presidente brasileiro expressou preocupação com os discursos de Maduro sobre as eleições. Nesta terça-feira (23), sem citar Lula, o venezuelano disse que não mentiu e que refletiu. ‘Tome um chá de camomila’, diz Maduro após os comentários de Lula “Tome um chá de camomila”. Foi assim que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu aos comentários daqueles que se diziam assustados com um discurso que ele fez sobre um “banho de sangue” caso não ganhasse as eleições. Clique aqui para acompanhar o canal de notícias internacionais g1 no WhatsApp O comunicado desta terça-feira (23) ocorre um dia depois de o presidente Lula (PT) manifestar preocupação com o discurso de Maduro. “Fiquei assustado com a declaração de Maduro dizendo que se perder as eleições haverá um banho de sangue. Quem perder as eleições terá um voto, não um banho de sangue”, disse Lula. “Maduro tem que aprender: quando você ganha, você fica, quando você perde, você vai embora. Vá embora e se prepare para disputar outra eleição”, continuou o presidente brasileiro. Esta terça-feira, Maduro respondeu. Sem mencionar Lula, o presidente venezuelano disse prever para “quem estava assustado” a sua maior vitória eleitoral da história. Sobre o “banho de sangue”, Maduro disse que não mentiu, apenas fez uma reflexão. “Quem tem medo deve tomar chá de camomila”, declarou. O Itamaraty disse que não comentará. Lula recebe Maduro para reunião bilateral no Palácio do Planalto Ueslei Marcelino/Reuters ‘Banho de sangue’ e ‘guerra civil’ Na semana passada, Maduro, que busca o terceiro mandato consecutivo como presidente, afirmou que poderia haver um “banho de sangue” e “guerra civil” ” na Venezuela se não vencer as eleições. Ao falar sobre o banho de sangue, Maduro explicou que fazia referência ao levante popular de 1989, conhecido como “Caracaço”. Na época, dezenas de pessoas morreram. O acontecimento provocou uma mudança política na Venezuela nos anos seguintes, além do aumento da popularidade de Hugo Chávez. “Eu disse que se, negada e transmutada, a direita extremista (…) chegasse ao poder político na Venezuela haveria um banho de sangue. banho de sangue”, disse Maduro. LEIA TAMBÉM Maduro acusa mídia internacional na Venezuela de ser ‘assassinos de aluguel’ Maduro diz que vencerá as eleições e que a oposição terá que respeitar o resultado: ‘Não quero show nem choro’ Principal adversário de Nicolás Maduro denuncia ataque: ‘cortaram a mangueira do freio’; VÍDEO Às vésperas das eleições na Venezuela, Maduro fala em ‘banho de sangue’ Eleições na Venezuela A Venezuela realiza eleições sob a suspeita da comunidade internacional de que o regime de Nicolás Maduro não garante o voto livre e democrático. A eleição está marcada para domingo (28). O principal concorrente do atual presidente, escolhido entre uma coalizão de partidos adversários, é o ex-diplomata Edmundo González. González foi anunciado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) depois que Corina Yoris foi impedida de concorrer às eleições presidenciais. Em março, o PUD declarou que não tinha sido permitido o “acesso ao sistema de inscrição” do candidato. O governo brasileiro manifestou apoio a Yoris afirmando que não havia motivos para bloquear a candidatura. O regime de Maduro reagiu dizendo que a nota brasileira parecia ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. Anteriormente, a opositora María Corina Machado, uma das favoritas para destituir Maduro, havia sido afastada da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista. Em Outubro de 2023, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, segundo o qual haveria eleições democráticas na Venezuela. VÍDEOS: mais assistidos no g1
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