Luis Arce assumiu a presidência da Bolívia em 2020, com o apoio de Evo Morales. Apesar disso, a amizade entre os políticos rompeu-se e ele foi expulso do partido Movimento ao Socialismo (MAS). Luis Arce e Evo Morales em reunião em Buenos Aires Agustin Marcarian/Reuters Luis Arce, presidente da Bolívia, denunciou nesta quarta-feira (26) uma tentativa de golpe de Estado depois que tanques do exército e soldados armados invadiram o palácio presidencial em La Paz, o antigo sede do governo que ainda funciona para atos protocolares. Em nota, o político demitiu o comandante do Exército, Juan José Zuñiga, preso sob suspeita de ser o mentor das ações golpistas. Leia também O general apontado como responsável pela tentativa de golpe AO VIVO: acompanhe os últimos acontecimentos na Bolívia Antes de assumir a presidência do país em 2020, Arce tornou-se ministro da Economia e Finanças durante o governo de Evo Morales, com quem mantinha relações de amizade. Como ministro, conseguiu não só reduzir a inflação e experimentar um boom económico, mas também reduzir significativamente a pobreza. O político era considerado “aluno” do ex-presidente boliviano, mas a aliança entre eles foi rompida por causa das eleições presidenciais de 2025. Morales será o candidato do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do qual Arce era membro antes de ser expulso. O partido do governo liderado por Morales destituiu o atual presidente boliviano porque ele se recusou a participar do congresso (MAS), reunião em que foi proclamado o novo candidato à presidência. A caminho do governo Nascido em La Paz em 1963, Arce estudou economia na Bolívia e fez mestrado no Reino Unido. Ao retornar ao país de origem, passou a trabalhar no Banco Central da Bolívia (BCP), segundo a BBC. O presidente boliviano também se dedicou ao ensino e ministrou diversos cursos em universidades como Harvard, Columbia e Universidade de Buenos Aires. Entre as décadas de 1980 e 1990, Arce manteve suas ideias socialistas, apesar do consenso neoliberal prevalecente na política e na academia bolivianas. Por isso, o académico integrou grupos de análise política, com diversas publicações em revistas especializadas, aponta a BBC. Embora na época se declarasse de esquerda, não era considerado um marxista ortodoxo ou um militante comunista tradicional. Durante esses anos, deu cada vez mais importância ao estudo da macroeconomia. Em 2006, durante o governo Morales, Arce assumiu pela primeira vez a pasta da economia. Leia mais
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