O evento acontecerá entre os dias 25 e 26 de setembro, em São Paulo (SP). Projeto realiza encontros coletivos com crianças e adolescentes, em Iepê (SP) Cras ‘João Fabricio dos Santos’ Criado em junho deste ano e com título que chama a atenção de quem o lê pela primeira vez, o projeto “Criança não namora , nem brincadeira”, da Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê (SP), foi uma das 28 obras selecionadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo para participar da 1ª Mostra de Experiências de Serviço Social com Famílias de Proteção Social Básica. Será a única iniciativa da região de Presidente Prudente (SP) no evento que acontecerá entre os dias 25 e 26 de setembro, na capital paulista. Participe do Canal g1 Presidente Prudente e Região no WhatsApp Com o objetivo de proporcionar um espaço de conhecimento e debate sobre o estupro de pessoas vulneráveis, o secretário municipal Marcelo Linhares de Souza Júnior disse ao g1 que a ideia por trás do nome do projeto era “ criar um título simples, mas que resumisse o objetivo da campanha de atrair a atenção da população, dos pais e das próprias crianças”. Dessa forma, a iniciativa surgiu a partir de uma articulação com o Poder Judiciário da Comarca de Iepê e de um levantamento da equipe de Proteção Social Básica, tendo em vista a sistematização do fluxo de trabalho, para abordar famílias identificadas por meio de alguns números de encaminhamento da rede socioassistencial do município. O projeto atende mais de 300 pessoas, entre crianças e jovens, de 6 a 29 anos, além de idosos e participantes dos grupos Serviço de Proteção e Atenção Integral à Família e Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Ainda segundo Souza Júnior, a iniciativa realiza atividades socioeducativas e recreativas, encontros coletivos, além da criação de banners e folders, com os objetivos de viabilizar o acesso da população às políticas públicas e aos serviços oferecidos pela Proteção Social Básica, além de toda a área intersetorial da rede do município. “Além disso, o projeto visa estimular a população a não ficar calada e a ter conhecimento da lei sobre estupro de pessoas vulneráveis, e das consequências emocionais e sociais desse crime”, disse Souza Júnior ao g1. Projeto realiza encontros coletivos com crianças e adolescentes, no Cras de Iepê (SP) João Fabricio dos Santos Segundo o secretário, um dos principais motivos da existência da iniciativa é a busca de políticas públicas assistenciais como ferramentas para a construção de um mundo mais justo realidade para as pessoas. “O projeto já está dando frutos. Isso porque, por meio desses encontros, os jovens participantes dos grupos demonstraram grande curiosidade sobre o tema e alguns deles relataram que conheciam amigos que cometeram o crime ou sofreram o estupro de uma pessoa vulnerável. Após tomar conhecimento da lei, houve um usuário que procurou a equipe para fazer denúncias”, apontou a assistente social. Além disso, Souza Júnior destacou que o projeto é de extrema importância, dada a realidade do município, que mostra “números preocupantes de crianças que namoram”. “O objetivo é levar informações técnicas, sociais e jurídicas de forma simples a toda a população e conscientizar sobre as consequências que uma relação tão amorosa pode trazer na vida e nas famílias dessas crianças”, finalizou ao g1. Cartilha produzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê (SP) Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê ‘Crianças não namoram, nem de brincadeira’ A cartilha do projeto faz uma comparação com o filme “Meu Primeiro Amor” (1991) ), de Howard Zieff, dizendo que esse sentimento pode deixar impressões duradouras, e que as crianças deveriam ser livres para brincar. Segundo a cartilha, não existe uma regra específica que estabeleça uma idade exata em que o namoro seja legalmente permitido. Contudo, com base no artigo 217.º-A do Código Penal, o documento assume que os menores de 14 anos não têm “a capacidade de consentir na sua interação sexual”, mas também que a lei não se limita apenas ao ato em si, mas a qualquer e todos os atos libidinosos com crianças ou adolescentes menores de 14 anos. O documento também aponta casos em que ambos são menores de idade. “Em situações como essa, os adolescentes não poderão responder pelo crime, tendo em vista que o Código Penal não se aplica a menores de 18 anos, porém, ambos poderão responder por infração equivalente ao estupro de um pessoa vulnerável e, ao mesmo tempo, serão perpetradores e vítimas”, afirma a cartilha. Além disso, conforme indicado no folheto, os pais também podem enfrentar acusações criminais. Cartilha produzida pela Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê (SP) Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê O documento também descreve alguns motivos e consequências que podem ocorrer caso um menor decida se relacionar com alguém mais velho. Consequências emocionais: confusão emocional; ansiedade; afeta a autoestima; e desenvolvimento prematuro. Consequências sociais: interação com pares; pressão dos colegas; influência na identidade social; e gera ciúmes e conflitos. Projeto realiza encontros coletivos com crianças e adolescentes, em Iepê (SP) Mostra de Experiências de Serviço Social do Cras ‘João Fabricio dos Santos’ A 1ª Mostra de Experiências de Serviço Social com Famílias da Proteção Social Básica do Estado de São Paulo é uma iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio da Coordenadoria de Assistência Social e da equipe de Proteção Social Básica (PSB). Segundo a diretora estadual de Proteção Social Básica para o Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Fernanda Varandas, o evento acontecerá nos dias 25 e 26 de setembro e apresentará experiências de trabalho realizadas nos três serviços de Proteção Social Básica, a saber : experiências em Serviço de Proteção e Assistência Integral à Família (Paif) realizadas em Centro de Referência de Assistência Social (Cras); experiências em Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos ao longo dos ciclos de vida e/ou intergeracionais, realizadas em Cras ou por Organizações da Sociedade Civil, articuladas com o Paif; e experiências de atendimento domiciliar para pessoas com deficiência e idosos, realizadas nos Cras ou por Organizações da Sociedade Civil, vinculadas ao Paif. Além disso, Fernanda afirma que os projetos foram escolhidos segundo os critérios de: diversidade: experiências de Serviço Social com Famílias (TSF) que incluam em seus temas e metodologia expressões da diversidade social, cultural, linguística, étnica, racial, religiosa, biológica, sexual, idade, gênero, territorial e regional; intergeracionalidade: experiências TSF que prevêem ações intergeracionais, com foco na convivência entre grupos de diferentes ciclos de vida e suas experiências; inovação: experiências TSF que apresentam a utilização de recursos inovadores relacionados com formato, estética, linguagem, materiais socioeducativos, espaços físicos, registos, apresentação, partilha e metodologia; e abrangência: experiências da TSF que apresentam ações focadas no diálogo e na atuação integrada com outros serviços de assistência social, outras políticas públicas e diversos atores do território. “As experiências selecionadas serão divulgadas e publicadas em revista específica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social, a ser enviada para todo o Estado de São Paulo”, disse Fernanda ao g1. Projeto realiza reuniões coletivas e debates no Cras de Iepê (SP) Serviço João Fabricio dos Santos Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social de Iepê, para denunciar casos de estupro de pessoa em situação de vulnerabilidade é possível utilizar os telefones 100 e 180. Ou por órgãos públicos municipais e estaduais, como: Conselho Tutelar, pelo (18) 3264-1662; Cras “João Fabricio dos Santos”, no (18) 3264-1183; o Ministério Público, pelo telefone (18) 3264-1111; e a Polícia Militar, na 190. VÍDEOS: Tudo sobre a região de Presidente Prudente Veja mais notícias no g1 Presidente Prudente e Região.
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