Em entrevista à Revista CBN, o professor Roberto Goulart Menezes, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, destacou que a retirada de Biden era esperada, mas a pressão crescente de aliados próximos, incluindo figuras influentes como o ex-presidente Barack Obama, foi decisivo para sua renúncia. “O anúncio de que ele poderia renunciar já havia sido indicado na quinta-feira passada por pessoas próximas a Obama e por grandes financiadores de campanha do Partido Democrata”, explicou Menezes.
A pressão também veio de dentro do próprio partido, com um número crescente de deputados e senadores defendendo a substituição de Biden na corrida presidencial contra Donald Trump. A retirada de Biden não tem precedentes na história democrata recente e coloca o partido numa posição de reorganização urgente. “Agora, temos que ver se Biden manterá seu apoio ou indicará algum dos candidatos. O principal deles seria sua vice-presidente, Kamala Harris, a quem elogiou em seu recente discurso”, acrescentou o professor.
Menezes afirmou que a principal tarefa do Partido Democrata agora é escolher rapidamente um novo nome e garantir que todos os membros demonstrem apoio público à nova candidatura. “É importante que o partido mostre unidade e escolha um nome rapidamente, para que a decisão seja vista como consensual”.
A renúncia de Biden, tão perto das eleições, deixa pouco tempo para a consolidação de um novo candidato. Menezes destacou que Kamala Harris parece ser a candidata natural, especialmente pelo apoio declarado de Biden e pelos seus bons números nas recentes pesquisas de opinião. “Ela teve uma boa pontuação nas pesquisas, empatando com Trump em algumas delas. Esse é um grande trunfo que o Partido Democrata tem.”
Por outro lado, Donald Trump, num comício recente, divulgou uma sondagem provocativa sobre quem os seus eleitores prefeririam enfrentar, Biden ou Harris. Para Menezes, esse tipo de provocação faz parte da estratégia de Trump, mas alerta que o discurso do ex-presidente pode se tornar mais agressivo e focar em aspectos raciais devido à ascendência de Harris. “Trump tende a focar mais nesse aspecto racial, devido aos seus posicionamentos desde 2016.”
Biden, numa rede social, confirmou o seu apoio a Harris, destacando que ela era a sua melhor escolha como vice-presidente. Menezes acredita que esta afirmação pode indicar que o Partido Democrata já chegou a um consenso em torno do seu nome. “O apoio público de Biden a Harris é uma forte indicação de que o partido pode ter aceitado sua renúncia em troca de sua nomeação para vice.”
No entanto, o desempenho de Harris como vice-presidente, considerado tímido por muitos, pode ser um desafio. Menezes destaca que, apesar disso, pode destacar seu papel no Senado e as conquistas do governo Biden, como avanços na agenda climática e na infraestrutura.
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